sexta-feira, 25 de abril de 2008

Calendário 2008

Com um grande atraso estamos publicando o calendário da temporada de 2008 da Fórmula Indy. O motivo é que somente na semana passada finalmente foi definido as datas das corridas de GP de Edmonton (Canadá) e Surfer's Paradise (Austrália).

Confira o calendário da temporada 2008:
29/03 - GP de Miami (EUA), oval, noturna
06/04 - GP de São Petersburgo (EUA), rua
20/04 - GP de Motegi (JAP), oval
20/04 - GP de Long Beach (EUA), rua
27/04 - GP do Kansas (EUA), oval
25/05 - 500 milhas de Indianápolis (EUA), oval
01/06 - GP de Milwaukee (EUA), oval
07/06 - GP do Texas (EUA), oval, noturna
22/06 - GP de Iowa (EUA), oval
28/06 - GP de Richmond (EUA), oval, noturna
06/07 - GP de Watkins Glen (EUA), misto
12/07 - GP de Nashville (EUA), oval, noturna
20/07 - GP de Mid-Ohio (AUS), misto
26/07 - GP de Edmonton (CAN), misto
09/08 - GP de Kentucky (EUA), oval, noturna
24/08 - GP de Sonoma (EUA), misto
31/08 - GP de Detroit (EUA), rua
07/09 - GP de Chicago (EUA), oval
26/10 - GP de Surfer's Paradise (AUS), rua

Indy 2008: 3ª etapa - Motegi e Long Beach


Will Power entra para a história como o último vitorioso da Champ Car.

Danica Patrick vence e faz história na Indy.

3ª etapa - GP de Motegi
Danica Patrick vence GP do Japão e entra para a história
Norte-americana é a 1.ª mulher a vencer uma prova de automobilismo em circuito fechado

Em uma corrida monótona, decidida na estratégia de pits, Danica Patrick, disputando sua 50ª prova na Indy, se tornou a primeira mulher a ganhar uma corrida de nível internacional em uma grande categoria do automobilismo. Seu feito é comparável ao da alemã Jutta Kleinschmidt, vencedora do Rali Paris-Dakar em 2001, outro tipo de competição no mundo do esporte a motor.

Para conseguir a primeira vitória na categoria, Danica contou com a estratégia da equipe Andretti Green. O líder Scott Dixon e o segundo colocado Dan Wheldon tiveram de fazer um pit a poucas voltas do fim. Assim, o brasileiro Hélio Castro Neves (Penske) assumiu a ponta, mas teve que diminuir o ritmo para economizar combustível e foi ultrapassado por Danica faltando duas voltas para o final.

"Finalmente", diz Danica entre lágrimas no círculo da vitória ao tentar ordenar suas emoções. "Parece que demorou muito tempo. Tive algumas oportunidades no ano passado que foram perdidas por azar e só posso dizer que estou satisfeita por isso ter acabado. Foi uma corrida de estratégia de combustível, mas minha equipe foi perfeita. Sei que estava na mesma estratégia que o Hélio (Castro Neves) e quando o passei pela liderança, não conseguia acreditar. Isso é fabuloso".

Alguns minutos depois os fãs japoneses foram correndo das arquibancadas, para tentar tirar uma foto com a vencedora, como prova de que tinham presenciando um momento histórico que valia a pena ser eternizado e que valeu a pena esperar por 22 horas e retornar ao circuito depois do cancelamento do sábado, quando a pista não apresentava condições de segurança para a realização do evento naquele dia.

"Sempre havia dito que não iria chorar", diz Danica. "Porém a última volta me emocionou demais", confessava Patrick de 26 anos. "Sempre havia dito que não iria chorar", diz Danica. "Quando falei com a equipe no rádio, as emoções afloraram. Não pude articular mais palavras do que obrigado. E depois me lembrei como imaginava anos atrás o que faria quando ganhasse a minha primeira corrida".

Danica já havia estado próxima da vitória antes, inclusive quando partiu da primeira fila ali mesmo em Motegi em sua quarta participação na Fórmula Indy em 2005. Terminou em quarto na ocasião e realmente achou a atenção do público um mês depois, quando se tornou a primeira mulher a liderar as 500 milhas de Indianápolis. Na última temporada, a esperada vitória não ocorreu, mas a piloto ficou na sétima colocação do geral. Ela já havia feito três poles e conquistado como melhor resultado o segundo lugar no GP de Detroit, no ano passado.

Agora, a espera acabou assim como as perguntas sobre isso. "Fui questionada muitas vezes sobre quando venceria pela primeira vez e finalmente não haverá mais essas perguntas", afirmou. Na verdade não, agora a pergunta será "quando vencerá novamente?", a partir da próxima etapa que será realizada no oval de Kansas. "Parece que demorou muito tempo. Tive algumas oportunidades no ano passado que foram perdidas por azar e só posso dizer que estou satisfeita por isso ter acabado".

Hélio Castro Neves que largou na pole, acabou em segundo, a 5s8594 atrás de Danica e Scott Dixon foi o terceiro. O companheiro de Dixon na Ganassi, Dan Wheldon, terminou quarto e Tony Kanaan (Andretti Green) foi o quinto. Ed Carpenter (Vision), que tentou fazer a mesma estratégia de Danica e Castro Neves, teve de entrar nos pits e ficou em sexto. Ryan Hunter-Reay da Rahal Letterman, concluiu em sétimo e Darren Manning (Foyt), avançou quatro posições para terminar em oitavo. Vítor Meira (Panther) abandonou na 92ª volta, depois de se enroscar com Jay Howard, indo de encontro ao muro da pista de Motegi.

Castro Neves diz que sofreu problemas no fim
O segundo lugar em Motegi teve um gosto amarago para Hélio Castro Neves. O brasileiro largou na pole position e estava na frente até a 198ª das 200 voltas da corrida, quando foi ultrapassado por Danica Patrick. O piloto da Penske explicou o que aconteceu no final da prova. "Na minha parada nos boxes, algo deu errado e eu demorei muito tempo para sair. Com isso, não consegui completar a carga de combustível e acabei perdendo muitas posições na volta à pista. No fim, tive que tirar o pé para economizar combustível, e foi aí que a Danica me ultrapassou", disse Castro Neves. O piloto revelou que não sabia que estava na liderança do GP até aquele momento. "Na hora em que cruzamos a linha para a última volta, vi que o número 3, do meu carro, caiu do primeiro para o segundo lugar. Antes disso, não fazia idéia de que era o líder". Hélio contou também que o carro ficou quase inguiável nas últimas voltas. "Não sei o que aconteceu, mas estava difícil de pilotar. O volante ficou muito pesado, e isso complicou minha vida", concluiu.

Para Tony, resultado no Japão foi frustrante
Enquanto a companheira de Andretti Green Danica Patrick comemorava sua primeira vitória na carreira, Tony Kanaan lamentou o resultado em Motegi. O baiano disse que esperava por um final melhor no oval japonês. "Nosso carro esteve muito bom durante a corrida e acho que tínhamos chance de brigar pela vitória. No entanto, me parece que nossa estratégia não funcionou desta vez. Isso é muito frustrante", afirmou o piloto Tony aproveitou a oportunidade para parabenizar a colega de equipe pelo triunfo. "Fico feliz pela Danica. Com certeza, é um grande dia para ela".

Meira explica motivo de abandono em Motegi
Após não completar o GP de São Petersburgo devido a um acidente causado por Franck Perera, Vitor Meira sofreu mais uma vez com um adversário. Desta vez, foi Jay Howard quem ficou no caminho do brasiliense, que acabou tocando o muro da pista de Motegi na 92ª volta e teve de abandonar. "Acho que ele tinha acabado de sair dos boxes com os pneus frios, pois diminuiu demais a velocidade na entrada da curva três", explicou o piloto da Panther. "Reduzi duas marchas para evitar o contato, meu carro estava com problema no freio desde o começo da corrida, mas tive de subir para a parte suja da pista e acabei raspando no muro". Meira lamentou o fato de não conseguir voltar para a pista. "O carro tinha melhorado bastante durante a prova, mas, infelizmente, não havia como reparar a suspensão. Este tipo de coisa acontece", finalizou.

GP de Motegi
3ª etapa - 20/04/2008
Circuito oval com 1,549 milha
Twin Ring Motegi - Motegi, Tochigi (Japão)
1) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 200 voltas
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 200 voltas
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 200 voltas
4) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 200 voltas
5) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 200 voltas
6) Ed Carpenter (EUA/Vision), 200 voltas
7) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), 200 voltas
8) Darren Manning (ING/Foyt), 199 voltas
9) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 199 voltas
10) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), 199 voltas
11) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 199 voltas
12) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), 198 voltas
13) Jay Howard (ING/Roth), 192 voltas
14) Roger Yasukawa (EUA/Beck), a 58 voltas
15) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 97 voltas
16) Vitor Meira (BRA/Panther), a 108 voltas
17) Marty Roth (CAN/Roth), a 156 voltas
18) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 200 voltas

3ª etapa - GP de Long Beach
Encerra-se o espetáculo
Australiano é o vencedor da prova que valeu pontos para o campeonato da Indy

Finalmente terminou a separação entre as duas principais categorias de monopostos estadunidenses. Foi disputada no dia 20 de abril o GP de Long Beach a última prova da história da Champ Car, categoria que até o ano passado rivalizava com a IRL e que era a herdeira da Cart, entidade criada em 1979 para gerir a Fórmula Indy.

Coube ao piloto Will Power obter uma vitória incontestável na derradeira corrida, realizada nas ruas de Long Beach. O australiano da KV assumiu a liderança depois de ter sido somente o quarto colocado do grid, para depois dominar todas as 83 voltas da prova.

A segunda colocação ficou com o ex-piloto de Fórmula 1, o francês Franck Montagny que fazia sua estréia nos Estados Unidos ao comando do carro da Forsythe Pettit, e mexicano Mario Dominguez deu à Pacific Coast o último lugar do pódio.

O campeão de 1996, o norte-americano Jimmy Vasser, que retornou as pistas para disputar a corrida de despedida após dois anos de ausência, terminou em um honroso décimo lugar. Entre os brasileiros, o melhor foi Enrique Bernoldi (Conquest), o quarto colocado. Bruno Junqueira (Dale Coyne) ficou em 12º e Antonio Pizzonia (Rocketsports) em 16º. Roberto Moreno (HVM) e Mario Moraes (Dale Coyne) abandonaram ambos por acidentes.

Além de Moreno e Moraes, os outros pilotos que também causaram o acionamento de bandeiras amarelas foram Oriol Servia (KV), que ficou parado após a largada, e Nelson Philippe (HVM), que parou na pista na 31ª volta. Graham Rahal (Newman Haas Lanigan), que chegou a andar em terceiro, rodou na metade da corrida após ser tocado por Montagny em uma disputa por posição e bateu nos pneus na última volta, e Paul Tracy (Forsythe Pettit) teve um pneu furado logo na quarta volta.

Apesar do clima de despedida que envolvia a todos, a corrida foi bastante movimentada, com exceção da primeira colocação, com os pilotos se esforçando ao máximo para pontuar da melhor forma possível, já que essa etapa era válida para o campeonato da Fórmula Indy, havendo muitas trocas de posições.

Na largada Power teve uma arrancada perfeita, contornando a curva 1 na frente de Justin Wilson, o pole position. O inglês da Newman Haas Lanigan manteve-se pressionando o australiano e depois de uma bandeira amarela na parte inicial da corrida, motivada pelo acidente do brasileiro Mario Moraes, recuperou a ponta. Porém Wilson teve a sorte do seu lado, e com problemas no motor abandonou na 12ª volta.

Então chegou a vez do canadense Alex Tagliani da Walker tentar desafiar o domínio de Power, incomodando bastante o australiano no meio da corrida. Mas devido ao desgaste excessivo dos seus pneus extra-macios e de ter esgotado o push-to-pass Tagliani passou a arrastar-se pelo circuito. Assim, Montagny, que havia ultrapassado o canadense antes da última sessão de pits, reassume o segundo lugar na 69ª volta, e sete voltas depois e a vez de Tagliani perder a terceira posição para Dominguez. No final o canadense ficou apenas com a sétima posição.

Devido a compromissos comerciais anteriormente firmados, a Indy realizou uma etapa na Califórnia enquanto os pilotos que disputavam a IRL correram no Japão. A prova, disputada em Motegi, foi vencida pela norte-americana Danica Patrick.

Ao final, Power comemorou bastante a vitória. "Isto significa muito. Nós esperávamos vencer o campeonato neste ano e, de repente, tudo mudou. Mas foi uma ótima maneira de encerrar a Champ Car", declarou o australiano.

O canadense Paul Tracy lamentou o encerramento da categoria. "Foi aqui em Long Beach que fiz minha corrida de estréia, pela Dale Coyne, em 1991. Também foi aqui que eu venci pela primeira vez, em 1993. Então, não sei o que estou sentindo. O evento foi fantástico, mas pode ter sido a última vez que corro em monopostos. Não quero que minha carreira termine assim", disse o canadense, que correu pela Forsythe, mas está sem equipe para o resto da temporada.

Bernoldi destaca bom desempenho em prova
Enrique Bernoldi foi o melhor brasileiro na última prova da Champ Car. O paranaense da Conquest terminou o GP de Long Beach em quarto, e comemorou o resultado obtido no circuito de rua californiano. "Quase consegui chegar ao pódio", destacou. "O problema é que Mario Dominguez conseguiu economizar mais combustível do que eu, e acabou assegurando o terceiro lugar no último pit stop. Não fosse isso, com certeza eu teria chegado à sua frente". Bernoldi ressaltou o fato de que estava convalescendo de uma virose e, mesmo assim, teve um bom desempenho. "Foi uma boa corrida. Eu tive gripe essa semana, e ainda estou tomando remédios, e a prova foi bem cansativa e difícil. Mas ganhei posições na pista e consegui boas ultrapassagens", declarou.

Junqueira lamenta fraco desempenho
A história da Champ Car não terminou como Bruno Junqueira esperava. Três vezes vice-campeão da categoria, o piloto da Dale Coyne terminou o GP de Long Beach, última corrida da série, no 12º lugar. O brasileiro não escondeu a decepção com o resultado. "Infelizmente, me despeço da Champ Car com uma performance decepcionante. Não conseguimos nos encontrar durante todo o final de semana, e não tive como ser competitivo, simplesmente por falta de velocidade", afirmou. Bruno aproveitou para agradecer os fãs da, agora, extinta categoria de monopostos. "Durante todos esses anos, os torcedores foram leais à série, como eu. Torceram sempre por nós. Obrigado mesmo", declarou.

Problema em sensor atrapalha Pizzonia
Antonio Pizzonia sofreu com problemas no final de semana em Long Beach. Nos treinos de classificação, o piloto da Rocketsports foi atrapalhado por uma pane elétrica no volante e teve de largar na 14ª posição. Na prova, marcou a volta mais rápida, mas terminou apenas em 16º, a três voltas do vencedor Will Power. "O resultado não retratou o bom desempenho que tivemos", disse Pizzonia, que explicou o que houve com o seu carro no momento em que fazia a primeira parada nos pits. "Eu apertei o limitador de velocidade e o carro morreu. Na volta para a pista, apertei de novo e, outra vez, o motor apagou". O problema foi causado pelo sensor de velocidade nas rodas dianteiras e, com isso, o piloto perdeu duas voltas para arrumar o problema. Porém, segundo o próprio brasileiro, o saldo final foi positivo. "Valeu pela experiência. Consegui fazer um bom trabalho com a equipe", afirmou.

Acidente tira Moraes de corrida
A corrida realizada em Long Beach, não foi das mais felizes para Mario Moraes. O piloto da Dale Coyne sofreu um acidente após quatro voltas e foi obrigado a abandonar a prova. Segundo o paulista, a batida na entrada da curva 1 foi provocada por um problema nos pneus. "Na freada da primeira curva, segundo a telemetria, o pneu furou, por isso fui "jogado" no muro", lamentou o estreante, que acreditava em uma boa posição na prova. "Fiz uma largada muito boa, perfeita. Larguei em 19º e pulei para 13º. O carro estava muito bom, dava para ter terminado entre os dez", encerrou o piloto de 19 anos.

GP de Long Beach
3ª etapa - 20/04/2007
Circuito de rua com 1,968 milha
Long Beach - Califórnia (Estados Unidos)
1) Will Power (AUS/KV), 1h45min31 - 83 voltas
2) Franck Montagny (FRA/Forsythe Pettit), a 5s094
3) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a 15s516
4) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 25s677
5) Oriol Servia (ESP/KV), a 26s276
6) Franck Perera (FRA/Conquest), a 28s067
7) Alex Tagliani (CAN/Walker), a 36s518
8) David Martinez (MEX/Forsythe Pettit), a 37s127
9) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 44s944
10) Jimmy Vasser (EUA/KV), a 48s635
11) Paul Tracy (CAN/Forsythe Pettit), a 55s956
12) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 1min07s553
13) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a uma volta
14) Alex Figge (EUA/Pacific Coast), a uma volta
15) Nelson Philippe (FRA/Minardi HVM), a três voltas
16) Antonio Pizzonia (BRA/Rocketsports), a três voltas
17) Roberto Moreno (BRA/Minardi HVM), a 20 voltas
18) Juho Annala (FIN/Rocketsports), a 41 voltas
19) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 71 voltas
20) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 78 voltas

A classificação da Indy após três etapas
1) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 112
2) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 100
3) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 98
4) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 89
5) Will Power (AUS/KV), 87
6) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 85
7) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), 74
8) Oriol Servia (ESP/KV), 74
9) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 70
10) Ed Carpenter (EUA/Vision), 70
11) Ernesto Viso (VEN/HVM), 67
12) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 65
13) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), 65
14) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 59
15) Darren Manning (ING/Foyt), 58
16) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), 56
17) Franck Perera (FRA/Conquest), 56
18) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), 52
19) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), 49
20) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 46
21) Vitor Meira (BRA/Panther), 46
22) Jay Howard (ING/Roth), 45
23) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), 42
24) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), 40
25) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), 32
26) Marty Roth (CAN/Roth), 30
27) Roger Yasukawa (EUA/Beck Motorsport), 16
28) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), 12

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Momentos inesquecíveis, inexplicáveis


Por Duhílio de Menezes

Minha primeira coluna irá ter foco em alguns dos momentos que pude ver, apenas de lembrança, pois confesso que numa semana como esta, com a despedida da categoria já feita (e uma sensação de vazio), admito que não consegui pensar em outra coisa para escrever nessa coluna de estréia.

O primeiro grande momento que me vem à cabeça está em lembrar que na época da Cart, mais precisamente no ano de 1996, no Grande Prêmio do Brasil. Eu tinha sete anos de idade, e com a cabeça e a inocência de criança, achava que poderia ouvir (mesmo estando a cerca de 150 km de distância) do lado de fora de casa, o barulho dos carros passando pelo circuito de Jacarepaguá, e eu ainda pensava "poxa, tão perto, mas tão longe".

Outro grande momento foi ver Christian Fittipaldi na sua volta as pistas em 1997, depois daquele horroroso acidente na abertura do campeonato em Surfer’s Paradise, vê-lo mesmo ainda não 100% voltando a correr em Portland, me mostrou que o ser humano pode sim ser muito forte e muito capaz, quando está determinado a buscar a sua meta desejada!

Ainda em 1997, não poderia deixar de ser, a corrida em Portland (risos). Pista molhada e circuito lindíssimo, clima perfeito para uma corrida inesquecível, e que teve de tudo. Paul Tracy espremendo Dario Franchitti (Hogan), Alessandro Zanardi escapando no final, a direção de prova sugeriu que poderia passar de duas horas, e o mais sensacional, um dos finais de prova mais absurdos que já vi, lembro que fiquei pasmo, sem reação, mas que no final, vibrei muito com a vitória do Mark Blundell, pelo fato de eu ter visto uma corrida linda, pena pro Gil, mas sorte do automobilismo.

Long Beach 1998 também merece destaque, ver Franchitti e Bryan Herta serem literalmente jantados pelo Zanardi no final da prova, me fez pular como um louco, e depois os famosos zerinhos!

As provas em oval fazem parte da minha vida, quem me conhece, sabe muito bem do meu gosto por esse tipo de corrida, e tudo começou nas 500 milhas de Michigan 1998. Nunca tinha visto algo igual, o clima pra corrida era tenso, pois estava para estrear um novo pacote aerodinâmico que permitia se ter mais vácuo de maneira absurda, e assim se fez, uma corrida fenomenal, a que eu fiquei mais abismado, jamais me esquecerei! Ver Greg Moore vencer mesmo com sérios problemas durante seus suas paradas de boxes, de motor Mercedes, vencendo as Ganassi, de Honda, nossa. Durante esse tempo, eu queria ver, não perdia uma, era algo que não dava pra evitar, os carros cada vez mais lindos, as corridas cada vez melhores, os pilotos sempre arrojados, um clima que sempre foi e é considerado muito amistoso, fez com que não só eu, mas todos vocês meus amigos, ficássemos grudados na tevê, curtindo mais e mais a categoria.



Lembro-me com muito carinho, daquela que foi a corrida mais emocionante da história, pelo pra mim foi. Falo das 500 milhas de 2001, a chuva que atrasou a corrida, fez começar quando era pra estar quase acabando, mesmo com a pista lavada, a corrida foi algo pelo qual me fez ficar acordado até o fim, lá pelas 23h00min (horário do Brasil) a corrida estava terminando, os carros passavam todos juntos, os sons dos motores, inesquecível para os amantes da velocidade. Ver os carros em três linhas diferentes nas retas, buscando vácuo, lutando pela vitória numa corrida absurda. Me recordo que no final quase não se via nada. Assisti com meu pai, que adorou o que viu, ficamos bobos com o final. Cristiano da Matta contra Max Papis, do jeito que foi, da maneira como foi. E o encerramento da transmissão, com a imagem do por do sol, lindíssimo para um final de temporada.

Caros amigos, apesar dos pesares, do encerramento da Champ Car, o espírito será eterno, seus feitos, inapagáveis, como li num fórum, devemos ter respeito à história gloriosa da categoria, desde a época que era Indy, desde os primórdios, até a sua despedida, que ocorreu no domingo passado. Não sei vocês, mas particularmente falando, está na minha alma à chama da categoria, e quero mantê-la acesa para sempre, mostrar que um dia, vi um Zanardi dando "donuts", vi Moreno dar show em Cleveland e Vancouver, e um tal de Greg Moore passar Zanardi por fora em Jacarepaguá, e tantos outros momentos.

Bom, fico por aqui, espero que tenham gostado!

Aceito sugestões e críticas construtivas.

Desde já, agradeço ao meu amigo Michel!

Obrigado a todos!

Até a próxima!

Olá queridos amigos leitores!

Olá queridos amigos leitores!

Como vão?

Espero que tudo bem!

Bom, é com muito gosto, que eu passo a integra a equipe do "Champ Car Brasil", aonde basicamente, irei falar groselha :) .

Tenho 20 anos, e assim como todos aqui, sou um apaixonado pela história da categoria, por tudo que a cerca, por tudo que eu vi pela tevê.

Duhílio de Menezes

sábado, 19 de abril de 2008

Galeria da Fama: Al Unser Sênior

Alfred Unser nasceu no dia 29 de maio de 1939 na cidade de Albuquerque, Novo México, Estados Unidos. Al Unser conquistou 39 vitórias, obteve 28 poles e faturou seis milhões de dólares em prêmios desde 1979 na Fórmula Indy antes de se aposentar em 1994. Ele é o irmão mais novo de Bobby Unser e pai de Al Unser Jr. Ele tem a honra de ser, junto com A.J. Foyt e Rick Mears, um dos únicos pilotos a vencerem as 500 milhas de Indianápolis por quatro vezes.

É um dos três pilotos que conseguiram vitórias em circuitos ovais, mistos e nos dirt tracks em uma mesma temporada, repetindo o feito por três vezes consecutivas (1968, 1969 e 1970). Além disso, é o quarto de cinco pilotos a ter vencido no oval de Indianápolis em anos consecutivos, e é o único a ter um irmão (Bobby) e um filho (Al Jr.) como vencedores da corrida. O irmão Jerry e os sobrinhos Johnny e Robby também competiram nas 500 milhas.

A carreira de Al Unser começou em 1957, aos 18 anos, inicialmente correndo com roadsters modificados, com sprint cars e midgets. Em 1965 na sua estréia em Indianápolis, quando terminou em nono. A sua primeira vitória nas 500 milhas aconteceu em 1970, dois anos depois do seu irmão Bobby. Liderando praticamente toda a corrida com exceção de 10 voltas, mantendo uma velocidade média de 250.653 km/h. A precisão e agilidade nos pit stops foram um fator determinante para a vitória. Naquela temporada ele estabeleceu o novo recorde de vitórias em um mesmo no ano, dez vezes no total, vencendo tanto nos ovais, nos mistos e nas dirt tracks para se tornar campeão.

No ano de 1971 venceu as 500 milhas novamente, largando na quinta posição e alcançando uma velocidade média de 253.849 km/h. Em 1972 Al Unser não obteve êxito em sua tentativa de conquistar pela terceira vez consecutiva as 500 milhas. Largando no 19º lugar, manteve um ritmo espetacular até a bandeira final, completando na terceira posição, a uma volta do vencedor Mark Donohue (após a desclassificação de Jerry Grant, Al foi declarado o segundo colocado). Seu carro esteve perfeito durante a corrida, o que não ocorreu nos treinos, quando problemas mecânicos atrapalharam a Al Unser garantir uma melhor posição de largada. Mesmo assim, seu desempenho foi impressionante.

Já nas 500 milhas de Indianápolis de 1978 Unser começou largando da quinta posição com um Chaparral Lola, e foi mantendo um ritmo de prova constante, sem força o equipamento em demasia. Chegou à liderança na 75ª volta, quando Danny Ongais teve problemas no motor do seu Parnelli. Foi sua terceira vitória no maior evento de automobilismo do mundo, mantendo uma velocidade média de 259.688 km/h durante o percurso.

A quarta vitória veio em 1987, sendo essa a mais surpreendente de todas: isso depois de ter assumido de última hora a vaga na equipe Penske que pertencia ao experiente Danny Ongais. Esse teve de desistir, pois sofreu um forte acidente na primeira semana de treinos para as 500 milhas, ficando incapacitado. Roger Penske então convocou Unser. Como o novo modelo da Penske, o PC 16 e seu novo motor Chevrolet não convenceram nos treinos e na classificação. Roger decidiu competir com outro conjunto, um March Cosworth de 1986, a mesma combinação de chassi e motor tinha vencendo as últimas quatro edições da corrida. O velho March, que pertencia à equipe e estava sendo exposto em um hotel de Reading, Pensilvânia, foi removido e levando para Indiana para ser utilizado por Al Unser.

Nas primeiras voltas Unser estava na vigésima posição. Ele só assumiu a liderança da prova a 18 voltas do final, quando o motor do carro do colombiano Roberto Guerrero apagou na saída dos boxes. Sua velocidade média foi de 260.995 km/h. A inesperada conquista veio somente cinco dias antes de completar 48 anos. Além disso, se tornou juntamente com A.J. Foyt o maior vencedor da corrida com quatro vitórias, e o mais velho a vencer, superando seu irmão Bobby.

Além do tetracampeonato em Indianápolis, é tricampeão da Fórmula Indy (1970, 1983 e 1985), sendo que no último título venceu seu filho Al Jr. por apenas um ponto. Unser ainda foi campeão da IROC em 1978 e disputou as 500 milhas de Daytona em 1968.

Continuou correndo as 500 milhas até 1993, aos 53 anos, anunciando a sua aposentadoria em 17 de maio de 1994, um dia após fracassar na tentativa de se classificar para sua 28ª Indy 500. Atualmente acompanha a carreira do neto Al Unser III na Indy Lights.

Histórico do Piloto
1993 - Equipe King.
1992 - Equipes Menard e Penske, 16º colocado.
1991 - Equipe Foyt.
1990 - Equipe Patrick.
1989 - Equipe Penske, 16º colocado.
1988 - Equipes Granatelli e Penske, 19º colocado.
1987 - Equipes Porsche, Granatelli e Penske, 13º colocado, 1 vitória.
1986 - Equipe Penske.
1985 - Equipe Penske, campeão, 1 vitória, 1 pole.
1984 - Equipe Penske, 9º colocado.
1983 - Equipe Penske, campeão, 1 vitória.
1982 - Equipe Longhorn, 7º colocado.
1981 - Equipe Longhorn, 10º colocado.
1980 - Equipe Longhorn, 8º colocado, 2 poles.
1979 - Equipe Hall, 6º colocado, 1 vitória, 1 pole.
1978 - Equipe Hall, vice-campeão, 3 vitórias, 1 pole. Campeão da Iroc.
1977 - Equipe Parnelli, vice-campeão, 1 vitória, 1 pole. Campeão da Iroc.
1976 - Equipe Parnelli, 4º colocado, 3 vitórias, 1 pole.
1975 - Equipes Parnelli e O'Connell, 17º colocado.
1974 - Equipe Parnelli, 4º colocado, 1 vitória, 1 pole.
1973 - Equipe Parnelli, 13º colocado, 1 vitória.
1972 - Equipe Parnelli, 4º colocado.
1971 - Equipe Parnelli, 4º colocado, 5 vitórias, 1 pole.
1970 - Equipe Parnelli, campeão, 10 vitórias, 8 poles.
1969 - Equipe Parnelli, vice-campeão, 5 vitórias, 4 poles.
1968 - Equipe Mecom, 3º colocado, 5 vitórias, 5 poles.
1967 - Equipe Mecom. 5º colocado, 1 pole.
1966 - Equipes J.Frank Harrison, Joe Hunt, Mecom e STP. 5º colocado.
1965 - Equipes Foyt, Carsten & Connolly e J.Frank Harrison. 19º colocado, 1 vitória.
1964 - Estréia na Fórmula Indy, equipe Agajanian. Vence a Pikes Peak Hillcllmb.
1960 - Vice-campeão da Pikes Peak Hillcllmb.
1957 - Começa a correr com carros modificados em Albuquerque.

Estatísticas na Fórmula Indy
GPs disputados: 323
Vitórias: 39
Pódios: 97
Poles: 28

Vídeo do Dia: Portland 1986

Essa corrida entrou para a história do automobilismo. O motivo? Exatamente no dia em que era comemorado o Dia dos Pais nos Estados Unidos, a lenda Mario Andretti (Newman Haas) derrotou o filho Michael (Kraco) na última volta da corrida! Nem no cinema temos enredos tão elaborados.

Vencedor: Mario Andretti (EUA)
Pole Position: Emerson Fittipaldi (BRA), 1min13s275
Voltas Lideradas: Michael Andretti (EUA) 87, Danny Sullivan (EUA) 14, Roberto Guerrero (COL) 2 e Mario Andretti (EUA) 1.
Tempo de Prova: 1h50min53s480

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vídeo do Dia: acidente entre Jimmy Vasser e Mark Smith

Este incidente correu durante o GP de Long Beach de 1994. Na época Vasser pilotava o Reynard 94I/Ford Cosworth XB número 18 da equipe Hayhoe, enquanto Smith guiava o Lola T9400/Ford Cosworth XB número 15 da Walker.

Indy 2008: 2ª etapa - GP de São Petersburgo


Graham Rahal vence em São Petersburgo e entra para a história.

2ª etapa - GP de São Petersburgo
Estreante Graham Rahal vence GP de São Petersburgo
Aos 19 anos e 93 dias, filho do campeão Bobby é o mais jovem a ganhar na categoria; Castro Neves lidera

A etapa de São Petersburgo da Indy foi histórica em vários sentidos. A começar pelo vencedor. Em sua primeira corrida na categoria, o norte-americano Graham Rahal, 19 anos, tornou-se o mais jovem piloto a vencer uma prova da categoria, contabilizado os históricos da Indy pré-cisão e da IRL. O filho do ex-piloto Bobby Rahal foi o responsável por outra marca importante: pela primeira vez, uma equipe da Champ Car, a Newman Haas Lanigan, saiu-se melhor na Indy reunificada. Graham não correu em Homestead, já que bateu nos testes e não tinha peças suficientes para disputar a etapa de abertura. Em São Petersburgo, porém, teve tudo a seu favor, principalmente o fato de a corrida terminar no limite de duas horas, e não por voltas. Caso contrário, teria de parar nos boxes para reabastecer e perderia a ponta. Em uma pista que começou molhada e foi secando com o tempo, a pilotagem do jovem nas ruas da cidade da Flórida foi irretocável. Ainda mais em uma etapa tão disputada e cheia de alternativas. "É impossível imaginar algo melhor do que isso", disse Graham, quarto piloto da história a vencer na estréia, o último havia sido Scott Dixon, em 2003. A prova começou sob bandeira amarela por causa da chuva, e a largada real foi dada apenas na 11ª volta. Dois brasileiros completam o pódio: Hélio Castro Neves, da Penske, acabou em segundo após ter largado em quarto, e Tony Kanaan, da Andretti Green, terminou em terceiro depois de ter partido da pole. Ambos fizeram seus primeiros pit stops logo na primeira bandeira amarela, o que os jogou para trás inicialmente. A quarta posição ficou com um surpreendente Ernesto Viso, da HVM. O venezuelano, também de equipe ex-Champ Car, chegou a liderar a corrida. Outro brasileiro, Enrique Bernoldi, da Conquest, fechou os cinco primeiros e mais uma vez mostrou que trabalha bem em circuitos de rua. Na Fórmula 1, em seus anos de Arrows, o paranaense teve um duelo histórico com o escocês David Coulthard, que, com uma McLaren, não conseguia ultrapassá-lo em Mônaco. Também representante do Brasil, Mário Moraes, da Dale Coyne, terminou em 16º, a uma volta do líder. Os demais brasileiros abandonaram. Vitor Meira, da Panther, vinha bem quando, já no fim da prova, foi tocado pelo parceiro de Bernoldi, o francês Franck Perera. Bruno Junqueira, companheiro de Moraes, ficou pelo caminho.

Graham comemora vitória na primeira corrida
Se a Indy queria um clima mais "família" após a união entre IRL e Champ Car, ela conseguiu com a vitória de Graham Rahal em São Petersburgo. Após se tornar o piloto mais jovem a vencer na categoria, o piloto de 19 anos comemorou bastante com o pai, Bobby Rahal. E isso gerou uma situação curiosa, pois Graham corre pela Newman Haas Lanigan e Bobby chefia a Rahal Letterman, que disputava a vitória até a última volta, quando acabou o etanol de Ryan Hunter-Reay, segundo colocado na ocasião. "Após ter sido atingido por Will (Power) na chuva, o começo da corrida foi difícil", afirmou. E tem mais, esta foi à primeira prova de Graham na Indy: ele não disputou a etapa inicial, em Homestead, por problemas físicos. "Não poderia ter um sabor melhor, vencer na primeira corrida. Tivemos ritmo e nos distanciamos. Foi maravilhoso". Porém, não foi fácil. No fim da prova, o estreante teve de lidar com a pressão do brasileiro Hélio Castro Neves, da Penske. "Sabia que tinha ritmo e que venceria se tivesse calma. Estava poupando combustível radicalmente e não pouparia, se fosse necessário". O pai babão se divertiu com a conquista. "Você acha que ele vai ouvir algum conselho meu depois disso? Ele acha que sabe tudo, agora; disputou uma corrida maravilhosa e a equipe dele está de parabéns". Por fim, Bobby brincou sobre as chances de seu filho defender sua equipe: "Posso contratá-lo, mas não tenho recursos para pagá-lo".

Rahal quebra jejum de família e bate recorde
Graham Rahal voltou a colocar o sobrenome de sua família no alto do pódio da Indy pela primeira vez após um jejum que durava mais de 15 anos. Seu pai, Bobby, correu até o fim da temporada de 1998, mas conquistou sua última vitória no dia 4 de outubro de 1992, no circuito de Nazareth, quando competia pela então Rahal Hogan na Fórmula Indy "original", antes da ruptura entre a então Cart (que se tornou Champ Car) e a IRL. O representante da nova geração da família Rahal também se tornou o piloto mais jovem a vencer na categoria, com 19 anos, três meses e dois dias. Seu pai venceu a primeira aos 29, no GP de Cleveland de 1982, pela Truesports. A marca de Rahal permanece quando relacionados os "tempos áureos" e todas as divisões da categoria. Antes da separação, Troy Ruttman vencera as 500 milhas de Indianápolis de 1952 aos 22 anos. Com a mesma idade, Greg Moore conquistou o GP de Milwaukee da Cart de 1997. Já na IRL, o recorde era de Marco Andretti, que terminou em primeiro o GP de Sonoma de 2006, aos 19 anos, cinco meses e 14 dias.

Castro Neves assume liderança do campeonato
Segundo colocado em São Petersburgo, Hélio Castro Neves deixou o circuito com outro motivo para comemorar: com o resultado, é o novo líder do campeonato, com 72 pontos, dez a mais que Scott Dixon. "Para o campeonato, este segundo lugar valeu muito", afirmou o brasileiro da Penske, que elogiou o trabalho da equipe. "Não venci por pouco. A equipe fez tudo o que era possível para acertar esse carro e estou muito feliz em fazer parte desse time. Mas nos trechos de baixa velocidade, eu não conseguia dar o bote para a ultrapassagem", completou.

Terceiro colocado, Kanaan fala em "maldição"
Pole position do GP de São Petersburgo, rebaixado a coadjuvante após uma estratégia arriscada de pit stops da Andretti-Green, Tony Kanaan disse que a prova foi complicada. "Foi uma corrida difícil, e com certeza somamos pontos importantes. Um pódio não é tão ruim, embora a perspectiva fosse de vitória. O terceiro lugar veio para não frustrar o nosso final de semana, mas parece que essa posição é a minha sina aqui em São Petersburgo", disse o brasileiro, que repetiu o resultado de 2007 e 2006. "Parece uma maldição: fui ao pódio em todas as corridas que eu fiz aqui, mas sempre no lugar errado", completou o baiano.

Junqueira deixa corrida, mas exalta evolução
Bruno Junqueira, que largou da última posição do grid em São Petersburgo, abandonou na 44ª volta. O brasileiro da Dale Coyne revelou que um problema de câmbio o impediu de terminar a corrida. Apesar do contratempo, Junqueira avaliou de forma positiva o desempenho da equipe. "Foi um fim de semana complicado, com problemas tanto na qualificação quanto na corrida, mas prefiro destacar o lado positivo", falou o piloto. "Todas as equipes vindas da Champ Car tiveram uma melhor performance. Fomos realmente competitivos, cheguei a andar entre os dez melhores nos treinos. Aprendemos bastante sobre o carro e tivemos um acerto bastante satisfatório. Foi uma pena a corrida ter terminado com a quebra do câmbio, pois estávamos em situação favorável para um bom resultado", destacou.

Meira classifica erro de Perera como "imbecil"
Vitor Meira ficou muito irritado com Franck Perera após o GP de São Petersburgo. Tudo por causa de uma tentativa de ultrapassagem do francês em cima do piloto da Panther, no fim da prova. Ao tentar ganhar a posição, Perera acertou a roda esquerda do carro do brasileiro, deixando-o atravessado na pista. Para completar, Meira ainda foi atingido por Ed Carpenter. "Que erro imbecil! Como que o Franck achou que conseguiria passar? Coisa de novato mesmo, de quem não sabe o que está fazendo em um circuito de rua", afirmou Vitor. "Para passar aqui, é preciso estar lado a lado, e não só com o bico do carro por dentro. É revoltante", concluiu.

Bernoldi, quinto, fala que experiência ajudou
Enrique Bernoldi comemorou o quinto lugar em São Petersburgo. O brasileiro se aproveitou do fato de conseguir ter trocado de pneus no momento certo, após ter largado em 18º lugar, e somou 30 pontos no campeonato, alcançando a 11ª colocação na classificação geral. "Foi uma grande prova! Tenho experiência em corridas com a pista variando entre molhada e seca, por isso sabia que, se conseguisse me manter na pista, teria condições de fazer uma boa prova e lutar por um bom resultado", explica o piloto da Conquest. Bernoldi, inclusive, chegou a ocupar a primeira colocação por algumas voltas, mas precisou fazer o seu segundo pit stop, retornando na sétima colocação. "Terminar em quinto e liderar por algumas voltas, após não ter me saído bem no oval de Homestead, me deixa muito satisfeito. A equipe fez um grande trabalho", finalizou Bernoldi.

Por toques na corrida, Moraes culpa os freios
Pela segunda vez seguida, Mario Moraes conseguiu terminar uma corrida da Indy. O piloto da Dale Coyne, que estreou no campeonato, terminou o GP de São Petersburgo em 16°, uma volta atrás do vencedor, o norte-americano Graham Rahal, da Newman Haas Lanigan. Como não podia deixar de ser, o brasileiro enfrentou dificuldades em mais uma pista desconhecida: toques e paradas nos boxes para cumprir punição e reparar danos no carro deixaram o brasileiro bem distante das disputas por posições. Duas dessas colisões foram com pilotos da Andretti Green, Mario Andretti e Danica Patrick. E ambas foram provocadas pelo mesmo motivo: freios mal-balanceados. "Foi uma corrida bem tumultuada. Infelizmente, tive problemas no balanceamento dos freios e isso ficou claro quando o Marco Andretti rodou na minha frente. Quando freei, os pneus dianteiros bloquearam e fui parar nos pneus, com a asa dianteira quebrada. Tive de entrar nos boxes, que estavam fechados, e fui punido", justificou o paulista de 19 anos. "Foi uma pena o que aconteceu, pois tinha ultrapassado cinco carros e nossa esperança era terminar entre os dez", lamentou Mario, que também comentou sobre o incidente com Patrick: "Com a Danica, aconteceu o mesmo: fui ultrapassá-la, os pneus travaram e perdi o controle". Passados os problemas, Moraes conseguiu atingir um ritmo considerável, mas passou o resto da prova tendo de abrir passagem a pilotos mais rápidos. "A pista começou a secar e parei tarde, o que custou posições, mas o carro passou a render bem com os pneus e pude recuperar o tempo perdido". Depois de duas etapas bem distintas, Mario fez uma análise positiva de sua estréia. "Foi um começo bem difícil, pois nunca estive em um oval e a corrida foi à noite. Depois, fui para uma pista de rua com um carro bem mais forte que o da Fórmula 3 e, para ajudar, choveu. Mas deu para aprender bastante". E o brasileiro terá de ter mais paciência na próxima etapa, pois competirá com a turma da Champ Car em um carro com motor turbo e outro chassi, totalmente diferente. "Não conheço o carro da Champ Car, então Long Beach será uma prova bem mais complicada", encerrou.

GP de São Petersburgo
2ª etapa - 06/04/2008
Circuito de rua com 1,806 milha
São Petersburgo - Flórida (Estados Unidos)
1) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 2h00min43s5562
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 3.5192
3) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 5.5134
4) Ernesto Viso (VEN/HVM), 8.8575
5) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), 9.6360
6) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 10.0071
7) Oriol Servia (ESP/KV), 11.2871
8) Will Power (AUS/KV), 12.8493
9) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), 14.3598
10) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 16.7298
11) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), 20.8319
12) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 24.7800
13) Darren Manning (ING/Foyt), 45.8601
14) Jay Howard (ING/Roth), 82 voltas
15) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), 82 voltas
16) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), 82 voltas
17) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), 81 voltas
18) Ed Carpenter (EUA/Vision), 80 voltas
19) Vitor Meira (BRA/Panther), 75 voltas
20) Franck Perera (FRA/Conquest), 75 voltas
21) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), 75 voltas
22) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 74 voltas
23) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 56 voltas
24) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), 44 voltas
25) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 41 voltas
26) Marty Roth (CAN/Roth), 0 volta

A classificação da Indy após duas etapas
1) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 72 pontos
2) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 62
3) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 59
4) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 53
5) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 53
6) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 53
7) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 48
8) Ernesto Viso (VEN/HVM), 45
9) Oriol Servia (ESP/KV), 44
10) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), 42
11) Ed Carpenter (EUA/Vision), 42
12) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), 41
13) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 40
14) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), 39
15) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), 37
16) Will Power (AUS/KV), 34
17) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), 34
18) Darren Manning (ING/Foyt), 34
19) Vitor Meira (BRA/Panther), 32
20) Franck Perera (FRA/Conquest), 28
21) Jay Howard (ING/Roth), 28
22) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), 28
23) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 24
24) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), 24
25) Marty Roth (CAN/Roth), 17
26) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), 12
27) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), 12

terça-feira, 15 de abril de 2008

Laguna Seca, 11 de setembro de 1999

O triste destino de Gonchi

Por Wallace Michel

Em 11 de setembro de 1999, o automobilismo sul-americano sofria um duro golpe. A causa foi à morte do piloto uruguaio Gonzalo Rodriguez, ocorrida no circuito estadunidense de Laguna Seca, durante os treinos livres para a 17ª etapa da Champ Car na temporada daquele ano. Uma tragédia que interrompeu a ascendente carreira de quem aos 27 anos ele era considerado o melhor piloto de monopostos do seu país em todos os tempos e um dos sul-americanos mais cotados para ser uma das futuras estrelas do automobilismo mundial.

O cenário do drama foi à curva Saca-Rolha, considerada uma das mais difíceis e perigosas do mundo. Acredita-se que o Lola Mercedes Benz conduzido por Rodríguez tenha atingido o muro a uma velocidade de aproximadamente 250 km/h.

Inesperadamente o carro seguiu desgovernado até bater violentamente contra a proteção de pneus, encostada em um muro. Dalí tomou impulso para sair voando pelos ares e depois passar sobre um cartaz publicitário, caindo do outro lado com as rodas para cima dentro de uma vala.

As incríveis circunstâncias do acidente rapidamente mobilizaram as equipes de segurança. Com o pescoço quebrado e lesões cerebrais, Rodriguez foi levado ao Hospital da Comunidade de Monterey, de onde não regressou. Os treinos foram cancelados, sendo mantidos os tempos de sexta-feira, enquanto Roger Penske, dono do time pelo qual o uruguaio corria, retirava o carro de Al Unser Jr. da corrida. "Estamos chocados, isso nunca tinha ocorrido antes com a nossa equipe", comentou Penske.

A versão oficial apurou que foi o acelerador travado a causa do acidente. Ironicamente, na manhã anterior, em sua última conversa telefônica com Jorge, seu pai, Rodriguez já havia comentado sobre problemas com o acelerador ocorridos nos trabalhos iniciais na sexta-feira. Tudo indicava para um final de semana complicado, lhe confidenciou. "Não se preocupe, trate de se tranqüilizar e faça seu treino", lhe disse seu pai, que obviamente, foi um dos mais abatidos ao saber da terrível notícia.

"Não se preocupe, trate de se tranqüilizar e faça seu treino", lhe disse seu pai.

A morte de Rodriguez trouxe uma grande tristeza ao povo uruguaio. Ao ponto de lhe ser concedido um minuto de silêncio antes do início da partida de futebol entre o Nacional e Liverpool, no estádio Centenário. O presidente do país na ocasião, Julio Maria Sanguinetti, expressou suas condolências pelo desaparecimento de um grande esportista que se encontrava em seu melhor momento na carreira.

A dor cruzou o Rio da Prata, alcançando vários pilotos argentinos com quem Rodriguez havia feito amizade nas pistas européias. "Ele não merecia terminar assim, pois fez um grande esforço para estar aonde chegou", comentava Gaston Mazzacane, que havia sido seu companheiro de equipe em 1998 na equipe Astromega de Fórmula 3000. "A notícia me destroçou porque era um sujeito espetacular", lamentava um consternado Brian Smith.

Conhecido pelo apelido de "Gonchi", Rodriguez começou a correr de kart aos 13 anos, sendo campeão nacional. No ano seguinte, foi bicampeão e ainda venceu o campeonato sul-americano. Em 1988, estreou no automobilismo. Nos dois anos seguintes, foi bicampeão do campeonato nacional de Fórmula Renault. Em 1991, rumou para Fórmula 3 sul-americana e levou o prêmio de melhor estreante. Em 1992, iniciou na Espanha a sua trajetória européia ao se transferir para as Fórmulas Renault e Ford, aonde foi vice-campeão. Entre 1994 e 1996 correu na Inglaterra (Fórmula 3, Fórmula 2 e Fórmula Renault).

Ingressou na Fórmula 3000 em 1997. Em 1998, venceu em Spa-Francorchamps e Nürburgring, terminando o campeonato em terceiro. Em sua última temporada triunfou em Mônaco e com o segundo lugar, conquistado dias antes de morrer em Spa-Francorchamps, tinha assegurado ao menos o vice-campeonato, faltando uma etapa para o final. Seu desempenho rendeu-lhe várias propostas de testes na Fórmula 1 quando então aceitou o convite da Penske. No mês de agosto, em Detroit, havia estreado na Champ Car terminado na décima segunda colocação. A prova de Laguna Seca seria a sua última corrida na Champ Car naquela temporada. E quis o destino que fosse a última de sua vida.


O uruguaio, considerado um dos melhores desportistas do seu país, tentava se classificar para a corrida da Champ Car em Laguna Seca, Estados Unidos.

domingo, 13 de abril de 2008

Vídeo do Dia: Michigan 1992

Vencedor: Scott Goodyear (CAN)
Pole Position: Mario Andretti (EUA), 31s284
Voltas Lideradas: Mario Andretti (EUA) 38, Michael Andretti (EUA) 48, Scott Goodyear (CAN) 97 e Paul Tracy (CAN) 67.
Tempo de Prova: 2h48min53s699

A última baladada da Champ Car


Por Gustavo Lovatto

Nos dias 18, 19 e 20 de abril ocorrerá o final de semana mais bizarro do automobilismo em sua história de mais de 100 anos: Uma mesma categoria (Fórmula Indy) correrá em dois lugares diferentes. As equipes que formavam a IRL correrão no oval de Motegi com os times que já estavam lá antes da "unificação", junto com a Beck/Wellman, e no circuito de rua de Long Beach, onde estarão os times que vieram da Champ Car e outros times da antiga categoria que não se uniram ao novo campeonato.

A prova de Long Beach marcará oficialmente o triste fim da Champ Car. A categoria começou oficialmente em 1979, quando a Cart (Championship Auto Racing Teams) assumiu o controle da F-Indy que na época era gerida pela Usac (United States Auto Club). O campeonato vinha com um crescimento de popularidade até que o brasileiro Émerson Fittipaldi, bicampeão de Fórmula 1, rumar para a Indy e ganhar o campeonato de 1989, abrindo as portas da América para os estrangeiros (o segundo não-estadunidense campeão da Indy foi o inglês Nigel Mansell, em 1993). Depois do título de Émerson, a Indy começou a se internacionalizar, começando com uma prova nas ruas de Surfer’s Paradise (1991). Porém, em 1994, Tony George cumpriu as ameaças que começou a fazer em 1991 e criou a IRL, levando para ela as 500 milhas de Indianápolis em 1996.

Até 2001, a Cart era a categoria mais forte: tinha os melhores times, os melhores pilotos, mais popularidade no mundo, mais corridas, etc. Porém em 2000 o futuro começou a ficar nebuloso, com a saída de Andrew Craig (presidente da Cart, considerado um dos principais responsáveis pelo crescimento da série). A temporada de 2000 ainda transcorreu em paz. Porém em 2001, depois da malfadada 600 milhas do Texas, teve o estopim da decadência da Cart.

Então em 2002 já estavam visíveis os sinais da crise. Com o agravamento da insolvência em 2003 a Cart foi obrigada a declarar falência. O espólio foi disputado ferrenhamente na justiça entre Tony George (que assumiria somente alguns contratos de corridas e as equipes) e o grupo OWRS (Open Wheel Racing Series) que se comprometeu a manter o campeonato e saldar das dívidas contraídas pela Cart, o que fez o juiz Frank Otte, do Tribunal de Falências de Indianápolis, aceitar a venda da série para a OWRS.

Entre 2004 e 2006 a Cart, agora renomeada Champ Car, conseguiu se recuperar, enquanto a IRL perdia terreno e encolhia. Porém, a maior rival de ambas era a Nascar, que já abocanhava uma parcela considerável do mercado estadunidense.

Finalmente chegamos em 2007, que prometia ser o ano da temporada da reabilitação definitiva da Champ Car: haveria um novo chassi (o DP01 produzido pela norte-americana Panoz), retornava a expansão da categoria para vários mercados internacionais (com provas na Bélgica, Holanda e China, sendo a última cancelada por falta de patrocinadores) e algumas mudanças no regulamento esportivo que faziam crer que a categoria estava indo para o caminho certo. Infelizmente os custos do novo chassi impediram a entrada de novos times (somente a Pacific Coast Motorsports fez sua estréia) e o orçamento das equipes ficou comprometido, impedindo a formação de um grid superior a 17 carros.

No final de dezembro, ocorreu uma proposta de Tony George para "unificar" as categorias: George ofereceu um incentivo de US$ 1,2 milhões para as equipes da Champ Car, além de motores da Honda e chassis Dallara de sem custo algum, como era feito com todas as outras equipes que já disputam a IRL e adicionaria algumas provas do calendário da Champ Car ao da IRL. A proposta não foi aceita pela OWRS e o assunto ficou quieto por algum tempo.

Então, quando as categorias já tinham definido seus calendários e rumavam para a definição de seus grids, uma nova proposta de Tony George pela categoria ocorreu. Kevin Kalkhoven, sócio-majoritário do OWRS (trio formado por ele, Gerald Forsythe e Paul Gentilozzi) aceitou a proposta, ocorrendo a "unificação" (o que foi mais uma absorção da CC pela IRL). Houve um enorme racha entre os membros da OWRS que na reunião que anunciou o acordo, apenas Kevin Kalkhoven compareceu.

Só que surgiu um grande problema: das três provas que George prometeu incorporar, existia conflito de datas entre o GP de Motegi, no Japão e o GP de Long Beach, que seriam disputados no mesmo final de semana. Ficou definido que as duas provas ocorreriam com ambas valendo para o campeonato da "unificada Indy". No Japão, correriam os times da IRL e Long Beach os times oriundos da Champ Car e as equipes do certame que não se transferiram.

O que deixa embaraçosa a situação para Tony George é que foram confirmados 20 carros para Long Beach (veja a lista completa no texto "Grid cheio na última corrida da Champ Car"), enquanto somente 18 pilotos disputarão a prova de Motegi. A maioria dos ingressos para a prova de Long Beach já foram vendidos, garantindo o sucesso do Grande Prêmio, mas será o capítulo final do triste fim de uma grande categoria e a conclusão do fim de semana mais surreal que os fãs do automobilismo já presenciaram.

sábado, 12 de abril de 2008

Grid cheio na última corrida da Champ Car



A última corrida da história da Champ Car, em Long Beach, terá vinte carros no grid.

Por Wallace Michel

Na próxima semana (20 de abril) será disputada a última etapa da história da Champ Car, no circuito de Long Beach, sendo que o evento contará com a participação de 20 carros, três a mais do que na última temporada.

Todos os nove pilotos que se transferiram para a reunificada Fórmula Indy estarão presentes em Long Beach já que a corrida valerá pontos para o campeonato da Indy. Eles estarão acompanhados pelos veteranos pilotos da Champ Car Paul Tracy, Roberto Moreno, Mario Dominguez, Alex Tagliani, e Jimmy Vasser. O campeão de 1996, que atualmente é co-proprietário da equipe KV, integrará um terceiro carro do time ao lado dos atuais pilotos Oriol Servia e Will Power.

"Estive distante dos monopostos por dois anos, então não espero brigar pela vitória. Porém irei me divertir muito e será uma grande honra fazer parte da última corrida da Champ Car", disse Vasser. "Também será ótimo competir na frente de todos os fãs do sul da Califórnia, que me apoiaram em toda a minha carreira", emendou. Ele ganhou em Long Beach em 1996 e possui o recorde de largadas na Champ Car com 211 provas disputadas.

Tracy na semana passada tinha certeza que seu vínculo com a Forsythe estava encerrado, mas agora foi confirmado para correr a prova, enquanto Moreno e Vasser foram convidado a se despedirem da série que ambos disputaram por mais de uma década.

Vários outros pilotos se inscreveram para esse evento de encerramento, incluindo nomes que foram deixados de lado para 2008 após a reunificação entre a Champ Car e IRL.

Os experimentamos pilotos Franck Montagny e Antonio Pizzonia irão defender a Forsythe e Rocketsports respectivamente. O mexicano David Martinez vai juntar-se a Montagny e Tracy na Forsythe, já o ex-piloto finlandês da Fórmula 3 Inglesa Juho Annala irá conduzir para Rocketsports.

Compromissos assumidos com a Stock Car impediram Pizzonia de participar dos treinos programados nos dias 10 e 11 de abril em Houston (Texas), antes da corrida, mas ele no entanto não está muito preocupado com isso.

"O carro vai ser uma surpresa, porque é diferente do que eu corri em 2006 e não terei tempo de andar nele antes do fim de semana da corrida. Vai ser um desafio, mas estou confiante que as coisas vão se acertar, pois eu aprendo rápido e já pilotei na Champ Car", explica Pizzonia.

A Pacific Coast irá correr com Dominguez e Alex Figge, por sua vez a Walker vai participar com um único carro para Tagliani. Nelson Philippe correrá pela HVM, ao lado de Moreno e do piloto titular na Indy Ernesto Viso. Esta é relação dos pilotos e suas equipes:

02. Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan)
3. Paul Tracy (CAN/Forsythe Pettit)
4. Nelson Philippe (FRA/HVM)
5. Oriol Servia (ESP/KV)
06. Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan)
7. Franck Montagny (FRA/Forsythe Pettit)
8. Will Power (AUS/KV)
9. Antonio Pizzonia (BRA/Rocketsports)
10. Juho Annala (FIN/Rocketsports)
12. Jimmy Vasser (EUA/KV)
14. Roberto Pupo Moreno (BRA/HVM)
15. Alex Tagliani (CAN/Walker)
18. Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne)
19. Mario Moraes (BRA/Dale Coyne)
29. Alex Figge (EUA/Pacific Coast)
33. Ernesto Viso (VEN/HVM)
34. Franck Perera (FRA/Conquest)
36. Enrique Bernoldi (BRA/Conquest)
37. David Martinez (MEX/Forsythe Pettit)
96. Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast)

Começando uma nova fase


George e Kalkhoven, na coletiva que oficializou a unificação em fevereiro.

Por Wallace Michel

Após alguns anos de muita especulação e informações desencontradas, finalmente ocorreu à tão esperada reunificação da Fórmula Indy (Champ Car) com a IRL (dissidência da Indy criada por Tony George, dono do circuito de Indianápolis em 1994). Como poderia esperar de um processo feito às pressas e sem o planejamento necessário, por conta da necessidade urgente de reunir essas categorias rivais sob o risco de extinção de ambas, vemos o retorno de uma única categoria de Indy com sérios problemas estruturais e a falta de uma divulgação ao público do que vai mudar nessa nova (por enquanto uma IRL com um grid maior) fase do automobilismo de monoposto nos Estados Unidos.

Os pontos positivos é a volta das equipes que estavam fora do circuito de Indianápolis nos últimos anos retornando a disputar uma temporada regular sob o regulamento regido pelo IMS (Indianapolis Motor Speedway), como é o caso do tradicional time Newman Haas Lanigan, sem contar com uma leva de pilotos de um nível bem superior a média dos últimos grids da IRL como é o caso de Will Power, Oriol Servia, Graham Rahal, Justin Wilson e Bruno Junqueira, incluindo também os novatos Enrique Bernoldi, Franck Perera e Ernesto Viso. Com isso teremos um campeonato com mais disputas e emoção nos circuitos mistos e de rua.

O que preocupa é a falta de organização da nova categoria (agora administrada somente por Tony George e o IMS) que não conseguiu acomodar algumas provas da Champ Car que já estavam definidas e com contratos de patrocínio assinados fazendo com que a etapa de Long Beach seja realizada com uma diferença de menos de um dia em relação à corrida de Motegi no Japão. A solução nesse caso foi dividir o grid para que o pessoal que formava a IRL corre na Ásia enquanto o pessoal da antiga Champ Car dispute a etapa da Califórnia, contado pontos para o campeonato. Já a etapa da Austrália, por força de uma cláusula que assegurava que a corrida de Chicago fechasse a temporada, não contará pontos para o campeonato. Enquanto isso, ninguém sabe qual será a data da etapa de Edmonton no Canadá. Outra preocupação é a falta de adaptação das equipes da Champ Car aos ovais, pois as equipes da IRL já utilizam a cinco temporadas o mesmo chassi, pneu e motor, sendo muito difícil recuperar essa diferença absurda no curto prazo.

Fazem-se necessárias mudanças no regulamento técnico e desportivo, para que o talento dos melhores pilotos apareça ao contrário de disputas falsas criadas por motores de rotação limitada e a inexistência de um peso mínimo do conjunto piloto/carro padronizando (quesito que todas as outras categorias de destaque do automobilismo fazem).

Nesse contexto os favoritos ao título são os pilotos que correm pelas equipes de ponta da antiga IRL: Andretti Green, Ganassi e Penske nessa ordem. Os nomes mais fortes entre esses são os dos brasileiros Hélio Castro Neves (Penske) e Tony Kanaan (Andretti Green). O primeiro venceu por duas vezes as 500 milhas de Indianápolis e quer finalmente vencer um campeonato em sua vitoriosa carreira, já o campeão da IRL em 2004 busca a vitória da Indy 500, conquista de escapou de suas mãos nos últimos anos.

Mais do que a disputa pelas vitórias, em 2008 está em jogo à sobrevivência das categorias de monoposto na América do Norte. É torcer para que o período do amadorismo e das brigas inúteis tenha chegado ao fim.

Indy 2008: 1ª etapa - GP de Miami


Scott Dixon herdou a vitória no oval de Miami após o acidente de Tony Kanaan.

1ª etapa - GP de Miami
Com sorte, Scott Dixon vence primeira prova da Fórmula Indy
Brasileiro Tony Kanaan se envolve em acidente nas voltas finais e vitória cai nas mãos do piloto neozelandês

Scott Dixon (Ganassi) assumiu a liderança logo depois que Tony Kanaan se acidentou nas últimas voltas na noite de sábado no oval de Homestead em Miami, Estados Unidos e conquistou a vitória na primeira corrida da nova era da Indy, a nova categoria estadunidense de automobilismo.

Dixon, o piloto da Nova Zelândia que perdeu o campeonato da IRL para Dario Franchitti quando ficou sem combustível na última volta da temporada de 2007, começou o ano com um grande resultado no GP de Miami.

Kanaan partiu da segunda rodada de bandeira verde na frente e parecia que caminhava para a vitória até que Ernesto Viso, um novato que pilotava para uma das equipes que pertenciam a Champ Car e que recentemente uniram-se com a IRL, sofreu um acidente na 193ª volta de um total de 200.

Com Viso desgovernado pelo traçado, Kanaan tentou desviar, mas o esforço foi inútil. O brasileiro golpeou o carro de Viso com a parte direita do seu Dallara Honda, avariando a suspensão dianteira.

Mesmo com a gravidade da avaria Kanaan permaneceu quatro voltas na pista atrás do safety car, quando foi acionada a bandeira verde na 197ª volta, não sendo mais possível manter um ritmo de corrida, e assim terminou somente na oitava posição e observava Dixon triunfar pela segunda vez no oval de Miami.

Enquanto Kanaan recebia o apoio de sua equipe, Dixon, que somava sua 11ª vitória na Indy, celebrava. "Ele (Kanaan) fez um pit stop muito bom antes de tudo aquilo e por isso estava com uma boa vantagem. Mas ainda faltavam algumas voltas, oito ou nove, e eu tinha condições de encostar. Foi uma pena que ele tenha deixado a corrida daquela forma", afirmou o neozelandês.

Marco Andretti (Andretti Green), que foi líder durante 58 voltas, terminou em segundo, a 0s5828 do vencedor. Andretti manteve a liderança em Miami durante boa parte do tempo, até que perdeu tempo atrás de um retardatário, quando foi ultrapassado pelo companheiro de equipe Tony Kanaan na 161ª volta. O segundo lugar foi um grande resultado para Andretti, que em 2006 terminou em 15º em sua estréia em Homestead e no ano passado foi o primeiro a abandonar a prova, com problemas mecânicos.

Dan Wheldon (Ganassi), que ganhou as últimas três provas em Homestead, uma com a Andretti Green e duas para a Ganassi, fez uma espetacular recuperação ao finalizar em terceiro, depois de largar na 23ª posição por conta de uma batida nas voltas de classificação. "Fomos fenomenais durante várias voltas seguidas, mas em poucas não fomos tão rápidos como gostaríamos. Parecemos ter perdido um pouco na última largada", diz o inglês.

O brasileiro melhor colocado foi Hélio Castro Neves (Penske), que terminou em quarto, sendo o último piloto na mesma volta do líder. Hélio chegou a ser o segundo colocado, assumida logo depois a parada para o primeiro pit stop, ao tocar rodas com Kanaan. "O carro andou muito bem, mas não tínhamos velocidade. Felizmente, conseguimos ficar fora de problemas e terminar em quarto lugar. O campeonato é nosso principal objetivo, e conseguimos marcar alguns pontos valiosos".

Ed Carpenter (Vision) concluiu uma volta atrás do vencedor em quinto, seguido por Danica Patrick (Andretti Green) a sexta e Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) o sétimo. Vitor Meira (Panther) terminou em décimo. Já entre os outros brasileiros, apenas Mario Moraes (Dale Coyne) chegou ao final, em 16º. Enrique Bernoldi (Conquest) e Bruno Junqueira (Dale Coyne) ficaram respectivamente em 18º e 23º.

Entre os pilotos que migraram da Champ Car, o melhor classificado foi Oriol Servia (KV), o 12º colocado. "Foi uma longa corrida, um longo dia, com coisas boas e coisas ruins. A melhor de todas, eu conseguir terminar a prova e acumular o máximo possível de dados e informações sobre o comportamento deste carro num oval. O lado ruim foi nossa velocidade. Estávamos lentos. A corrida, pra mim, pareceu mais longa do que uma de 500 milhas. O fundamental é que aprendemos muito. Muita gente passou voando por mim, eu sei agora como é ver cinco carros à sua frente e não ter nenhuma pressão aerodinâmica, esse tipo de coisa que amedronta, contou o espanhol.

A corrida de 200 voltas teve cinco segmentos de pit stops e três bandeiras amarelas. A primeira ocorreu na 18ª volta, por detritos na pista. A segunda foi acionada na 126ª volta, quando Milka Duno (Dreyer & Reinbold) rodou e acabou atingindo Ryan Briscoe (Penske). A última foi a sete voltas do final, no acidente de Viso e Kanaan.

Bruno Junqueira lamenta abandono em Homestead
Pole nas 500 milhas de Indianápolis, vencedor do GP de Motegi, no Japão, o brasileiro Bruno Junqueira mostrou, em suas sete temporadas nos Estados Unidos, estar mais do que acostumado ao desafio dos circuitos ovais. Nem toda a experiência foi suficiente, no entanto, para tornar menos difícil o aprendizado e a adaptação à Fórmula Indy.Com apenas dois treinos extra-oficiais e menos de um mês para a preparação do equipamento, ele sabia que não teria vida fácil na primeira prova do campeonato, o GP de Miami. Enfrentando problemas de dirigibilidade no Dallara Honda de número 18, da Dale Coyne, ele foi forçado a abandonar a corrida na 37ª das 200 voltas, e pensa agora em um melhor desempenho nas ruas de São Petersburgo, segunda parada da categoria. Bruno largou em 20º com um carro que, em média, perdia de três a quatro milhas por volta para os líderes, acostumados ao equipamento desde 2003. Nas primeiras voltas, ainda conseguiu ganhar posições e andar em 18º, mas alertava os boxes para o problema de saída excessiva de traseira. As mudanças feitas no primeiro pit stop não surtiram efeito, o piloto voltou aos boxes e, diante do temor de que a instabilidade do carro provocasse um acidente, acabou deixando a prova."Só tenho que agradecer à equipe por ter feito tudo para que conseguíssemos alinhar o que já foi uma vitória. O carro vinha com a traseira muito solta e isso, em um oval, é o primeiro passo para acabar no muro", disse Bruno."Procurei usar minha experiência para entender que seria perigoso continuar, para mim e para os demais pilotos. Sabíamos que teríamos muito trabalho pela frente, mas esse primeiro fim de semana nos mostrou os pontos em que podemos progredir e valeu como um aprendizado". "Minha expectativa para São Petersburgo é muito boa, por se tratar de uma pista de rua, em que o talento do piloto acaba prevalecendo e, acima de tudo, por ser um circuito que já conheço. Temos tudo para andar bem melhor lá", explicou, ao descer do carro.

Vitor Meira insatisfeito com desempenho de seu carro
O piloto Vitor Meira terminou a primeira etapa da Fórmula Indy na mesma colocação em largou, na décima posição. Mesmo após várias tentativas de ajuste durante a corrida de 200 voltas no oval de Miami, o carro de Vitor Meira não apresentou o rendimento esperado por Meira e pela equipe Panther."Sabia que não tínhamos um carro vencedor, mas esperava um carro mais consistente para a corrida. Mesmo mudando nosso acerto durante os pit stops não consegui encontrar um bom equilíbrio entre velocidade e estabilidade quando encontrava tráfego pela frente", disse o brasileiro."Agora vamos focar em São Petersburgo, onde devemos ter uma performance melhor do que tivemos aqui em Miami."

Bernoldi diz ter aprendido muito em sua primeira corrida na Indy
"Foi um final de semana de muito aprendizado", afirmou Enrique Bernoldi, da Conquest, após disputar sua primeira corrida em um oval. O brasileiro encerrou o GP de Miami, na 18ª posição, somando 12 pontos no campeonato. Bernoldi subiu duas posições no grid, largando em 17º, já que os dois pilotos da Vision, os norte-americanos, Ed Carpenter e A.J. Foyt IV (2º e 3º, respectivamente), foram desclassificados por irregularidades nos carros e partiram das últimas colocações. O curitibano teve um bom início de prova, mas enfrentou problemas com o carro e seu desempenho acabou sendo comprometido. Após completar 149, das 200 voltas, o piloto abandonou. "Não foi uma corrida fácil. O carro começou a sair muito de traseira, foi piorando, e após a última parada decidimos abandonar por motivo de segurança. Mas estou contente por ter disputado minha primeira prova num oval, é bem diferente de tudo o que eu já havia feito", disse Bernoldi. E completou: "Agora, esperamos ter um carro competitivo para São Petersburgo na semana que vem, onde vou lutar para conseguir um melhor resultado", finalizou.

Kanaan lamenta azar no final da prova em Homestead
Um acidente com um retardatário impediu uma vitória de Tony Kanaan no GP de Miami. O brasileiro liderava a prova quando, a sete voltas do fim, foi surpreendido pela rodada do venezuelano Ernesto Viso, que estava logo à frente. Sem conseguir desviar, Kanaan foi acertado pelo piloto da HVM na suspensão dianteira direita, mas permaneceu na pista e manteve a liderança atrás do pace car, esperando o encerramento da prova em bandeira amarela.No entanto, a relargada aconteceu à 196ª volta e Kanaan recebeu bandeira preta, sendo obrigado a recolher aos boxes. Mesmo assim, o baiano conseguiu garantir a oitava posição. "Você só ganha à corrida se terminar. Isto foi um azar, mas quantas vezes venci pelo azar dos outros? Com dez voltas para o final, estava pensando que tudo parecia estar muito fácil", lamentou."Quando alguém roda e você está a 230 milhas por hora, você pensa: 'para onde vou?'. Reduzi, ele estava na parte de baixo e eu subi. Só que, de repente, ele começou a subir e não pude fazer nada", explicou o piloto.Chateado com o incidente, o piloto da Andretti Green foi animado por seus mecânicos, que o relembraram de um detalhe curioso: em 2004, ano em que foi campeão, Kanaan terminou o GP de Miami na mesma oitava posição. "Entrei bem triste nos boxes e agradecia pelo rádio os meus mecânicos e engenheiros que fizeram um trabalho fantástico, e um deles me lembrou que finalizei na mesma colocação quando conquistei o título de 2004. Então, não deixa de ser um bom sinal", comentou.

GP de Miami
1ª etapa - 29/03/2008
Circuito oval de 1,502 milha
Homestead Miami Speedway - Homestead, Flórida (Estados Unidos)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi/Dallara Honda) 1h44min03s5914
2)Marco Andretti (EUA/Andretti Green/Dallara Honda) 0.5828
3) Dan Wheldon (ING/Ganassi/Dallara Honda) 1.4278
4) Helio Castroneves (BRA/Penske/Dallara Honda) 8.0340
5) Ed Carpenter (EUA/Vision/Dallara Honda) 199 voltas
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green/Dallara Honda) 199 voltas
7) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman/Dallara Honda) 199 voltas
8) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green/Dallara Honda) 198 voltas
9) A.J. Foyt IV (EUA/Vision/Dallara Honda) 198 voltas
10) Vitor Meira (EUA/Panther/Dallara Honda) 197 voltas
11) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold/Dallara Honda) 196 voltas
12) Oriol Servia (ESP/KV/Dallara Honda) 195 voltas
13) Darren Manning (ING/Foyt/Dallara Honda) 194 voltas
14) Franck Perera (FRA/Conquest/Dallara Honda) 194 voltas
15) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan/Dallara Honda) 193 voltas
16) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne/Dallara Honda) 187 voltas
17) Ernesto Viso (VEM/HVM/Dallara Honda) 183 voltas
18) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest/Dallara Honda) 149 voltas
19) Ryan Briscoe (AUS/Penske/Dallara Honda) 126 voltas
20) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold/Dallara Honda) 122 voltas
21) Marty Roth (CAN/Roth/Dallara Honda) 53 voltas
22) Jay Howard (ING/Roth/Dallara Honda) 50 voltas
23) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne/Dallara Honda) 40 voltas
24) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green/Dallara Honda) 32 voltas
25) Will Power (AUS/KV/Dallara Honda) 24 voltas