quinta-feira, 5 de junho de 2008

Texas Motor Speedway



A construção do Texas Motor Speedway deve início em 1995. Esse oval, com capacidade para 150 mil pessoas, possui curvas com inclinação de 24 graus e 1,5 milha de comprimento (2,4 km). A reta principal tem 686 metros de extensão, enquanto a reta oposta 405 metros. A combinação de altas velocidades e curvas de alto grau de inclinação gerando incríveis quantidades de força G sobre os pilotos, sendo um desafio extra para os pilotos, que disputam a sétima etapa do calendário da Fórmula Indy.

A inauguração ocorreu em 05 de abril de 1997, com a vitória de Mark Martin por uma etapa válida pela Nascar Nationwide Series. No dia seguinte, Jeff Burton venceu a corrida inaugural da Sprint Cup, categoria principal da Nascar, em Fort Worth, na frente de um grande público presente naquela tarde. A Fórmula Indy estreou no circuito no dia 07 de junho de 1997, tendo como vencedor holandês Arie Luyendyk, após o então novato Tony Stewart largar na pole.

Entre 1998 a 2004 o Texas Motor Speedway recebia duas etapas da Fórmula Indy em cada temporada. A primeira, em junho era uma corrida noturna, disputada nos sábados e que até hoje é realizada, enquanto que em outubro era disputada a corrida diurna, no domingo à tarde, que foi substituída pela etapa de Chicago como o evento de encerramento da Indy.

Em 1998, a curva 4 foi modificada para facilitar a passagem dos pilotos naquele ponto, por tratava-se de um ponto muito perigoso, propenso a ocorrer graves acidentes, expondo os pilotos a riscos desnecessários. Essa não foi à única modificação visando à segurança ocorrida nesse complexo automobilístico em sua curta existência e que é considerada uma dos circuitos mais perigosos do mundo para os monopostos.

Os primeiros problemas com a segurança ocorreram em 29 de abril de 2001, depois da fracassada tentativa da Champ Car em realizar em evento no oval, quando a corrida deve de ser cancelada, pois os pilotos tiveram vertigens depois de 10 voltas, causadas pelas altas velocidades e o alto grau de inclinação das curvas, gerando forças de incríveis 5 G. No mês de junho, houve dois graves acidentes com os pilotos Davey Hamilton e Robby McGehee, causados pelo asfalto cheio de ondulações, principalmente na saída da curva 2, obrigando os proprietários a repavimentar todo o asfalto, o que tornou a pista ainda mais rápida.

Mas o momento mais crítico ainda estava para acontecer. Na última corrida da temporada 2003, onde seria decidido o título, que acabou com o neozelandês Scott Dixon, houve um terrível acidente na 189ª volta, quando os carros do sul-africano Tomas Scheckter e do sueco Kenny Brack tocaram rodas na reta oposta e Brack voou contra as grades de proteção, ficando seu carro completamente destruído, chegando a derrubar o muro de proteção. O sueco sofreu múltiplas fraturas no tornozelo, na perna e nas costas.

Novamente os dirigentes modificaram o Texas Motor Speedway, investindo cerca de US$ 400 mil, na reforma das grades de proteção, e criaram uma nova fila de grades, instalada na parte mais interna, para impedir que os torcedores fossem atingidos por destroços em caso de um novo grande acidente.

Mesmo com essa quantidade em investimentos, os acidentes insistem em ocorrer, como o engavetamento corrido ano passado, motivados, principalmente, pela facilidade em se ultrapassar no Texas, o que aumenta o risco de toques entre os carros, nessa prova que na maioria das vezes foi decidida na linha de chegada por diferença mínima em favor do vencedor.

Os favoritos para vencer em Fort Worth, são de novo os pilotos da Ganassi Scott Dixon e Dan Wheldon. Os principais adversários são os pilotos da Penske, Hélio Castro Neves e Ryan Briscoe, além de Tony Kanaan, da Andretti Green. As equipes oriundas para antiga Champ Car terão outro fim de semana de dificuldades e de pouca competitividade, amargando as últimas posições do grid e da corrida.

Confira a programação para o GP do Texas, sétima etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Quinta-feira (05/06)
22h40 - treino livre

Sexta-feira (06/06)
17h00 - treino livre
20h45 - treino classificatório

Sábado (07/06)
22h30 - GP do Texas (228 voltas)

Vencedor em 2007: Sam Hornish Jr. (EUA)
Pole em 2007: Scott Sharp (EUA)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Vídeo do Dia: Milwaukee 2008

Mesmo com o ótimo segundo lugar em Indianápolis, a temporada não anda das melhores para o brasileiro Vitor Meira. O melhor exemplo disso foram os dois acidentes que ele se envolveu no GP de Milwaukee, na prova e nos treinos classificatórios. Essas são as imagens dos acidentes em que o piloto, por muita sorte, não se feriu.




Indy 2008: 6ª etapa – Milwaukee



6ª etapa - GP de Milwaukee
Briscoe quebra jejum da Penske e salva seu emprego

Briscoe surpreende e vence em Milwaukee, Vitor Meira voa após bater em Marco Andretti

Ryan Briscoe conquistou sua primeira vitória com a equipe Penske ao impor-se, na sexta etapa da Fórmula Indy, disputada no oval de Milwaukee. Graças a uma estratégia arriscada e uma boa dose de sorte, o australiano da Penske, que chegou a ser o 14º colocado, foi ganhando posições para, na metade final da corrida, se colocar em posição de disputar a vitória.

Faltavam 70 voltas para o final quando Briscoe subiu para o terceiro lugar, atacando depois Hélio Castro Neves. E na 176ª volta tomou a ponta de Scott Dixon, da equipe Ganassi. O neozelandês, que uma semana antes tinha vencido as 500 milhas de Indianápolis, não tardou a responder, pressionando o australiano no meio de um intenso tráfego, e a cinco voltas do fim colocou-se lado a lado do seu adversário. Contudo, uma bandeira amarela a três voltas da bandeira acabaria por dar a vitória a Ryan Briscoe, a 300ª da equipe Penske no automobilismo.

O piloto da Penske completou as 225 voltas de Milwaukee em 1h42min41s7387, a uma velocidade média de 214,685 km/h. O brasileiro Tony Kanaan fechou na terceira posição, o inglês Dan Wheldon se contentou com a quarta posição e o também brasileiro Hélio Castro Neves foi o quinto. Dixon continua como líder do campeonato com 234 pontos, seguido por Castro Neves com 206 pontos.

O espanhol Oriol Servia (KV) fez uma brilhante corrida de recuperação, depois de ter a asa dianteira direta do seu carro danificada na largada, caindo para último e cruzar em sexto, na mesma volta do vencedor. Justin Wilson (Newman Haas Lanigan), Ernesto Viso (HVM), que raspou no muro antes da última parada, Danica Patrick (Andretti Green) que deve um desempenho discreto em todo fim de semana e Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) complementaram as dez primeiras posições.

Após a corrida, Roger Penske, o dono da equipe que leva seu nome, admitia que Briscoe não fazia uma grande temporada, porém a conquista em Milwaukee aliviará a pressão em torno do australiano. "Sempre vimos o Ryan como um ótimo talento. Ele passou pela Ganassi antes e teve problemas. Depois, fizemos um teste com ele nas 500 milhas de Indianápolis no ano passado e ele provou ter o que era necessário para correr com a gente".

Briscoe comemorou muito sua conquista, principalmente depois do incidente ocorrido no pit lane de Indianápolis, quando houve o polêmico toque com a norte-americana Danica Patrick e a partir daí começaram a surgir rumores sobre uma possível dispensa antes mesmo do final da temporada. Agora, após quebrar o incômodo jejum que durava quase um ano sem triunfos, o último tinha sido de Sam Hornish Jr. no oval do Texas, ele se livrou dessa ameaça pelo menos por enquanto.

Mesmo sendo derrotado pelo surpreendente australiano, o líder Dixon ficou satisfeito com a segunda posição, já que ele ficou na frente dos seus principais concorrentes ao campeonato. Novamente a sua equipe, a Ganassi, provou ter um equipamento competitivo, mesmo nos ovais mais curtos e lentos, apesar das queixas do inglês Dan Wheldon, que reclamou do acerto utilizado que em sua opinião era muito convencional, e por isso teve dificuldades em andar no mesmo ritmo dos líderes, mas mesmo assim foi o quarto colocado, fechando outro fim de semana positivo para sua equipe.

O brasileiro Tony Kanaan confessou que em Milwaukee teve problemas na condução do carro da Andretti Green, que saía bastante de traseira, e mesmo assim, ele chegou ao terceiro lugar. Esse acabou sendo um grande resultado, analisando pelas circunstâncias, por não possuir um equipamento competitivo para brigar pela vitória, conseguindo o segundo pódio na temporada ao repetir o resultado obtido em São Petersburgo e assim conseguindo pontos valiosos para o campeonato. "A vitória era realmente um lugar distante para o carro que tínhamos, ainda mais com o Ryan (Briscoe) bem forte. Ele está de parabéns. Mas estou bem feliz pelo terceiro lugar, assim como todos da equipe".

Hélio Castro Neves, mesmo tendo um desempenho bem abaixo do seu companheiro de equipe Briscoe, ficou feliz por quebrar a execração de nunca completar a corrida de Milwaukee, ao chegar em quinto lugar, mesmo com Dixon ampliando a sua vantagem sobre ele. "Este lugar (Milwaukee) é incrível, há muitas coisas acontecendo. Eu quebrei a maldição, toda vez que corria aqui, não conseguia terminar. Finalmente consegui terminar e o quinto lugar é suficiente para os pontos. Não é o suficiente para vencer, mas nos manteremos trabalhando duro".

Na largada, o pole Marco Andretti, da Andretti Green, abriu uma boa vantagem sobre os adversários. Só que a partir da 41ª volta começou a perdeu rendimento, sendo ultrapassado por Dixon. Então, na segunda parte da corrida, quando o neozelandês parecia que levaria a vitória sem dificuldades, foi surpreendido por Briscoe, que tomou a ponta. Ainda isso Dixon quase retoma a posição, mas graças a uma bandeira amarela a três voltas do fim, viu suas chances se esgotarem.

O grande prejudicado foi o brasileiro Vitor Meira, da Panther, que sofreu as piores conseqüências da batida entre Marco Andretti e Ed Carpenter, da Vision, ocorrida na curva 2. Carpenter perdeu o controle de seu carro e colidiu contra Andretti, não deixando opção para Meira escapar da batida, fazendo com que o brasileiro tocasse no carro de Marco, decolando e parando a alguns metros na frente, completamente destruído, mas com o piloto sem ferimentos.

"Sabia que, largando da última posição, teria de tomar muito cuidado para evitar acidentes, mas não esperava que fosse acontecer um exatamente na minha frente e faltando somente três voltas para o fim. Quando o Andretti e o Carpenter começaram a rodar eu subi no pedal de freio para evitar a batida, mas a fumaça era tanta que eu não consegui ver onde estavam os carros. Quando senti a pancada meu carro já estava no ar", lamentou Meira.

Os demais brasileiros tiveram um desempenho ruim. Enrique Bernoldi, da Conquest, largou em oitavo, utilizou uma péssima estratégia ao parar nos pits no começo da corrida e ficou em 16º. Bruno Junqueira, da Dale Coyne, que perdeu a chance de largar em uma posição melhor que o 15º por conta de uma pena seca, não conseguir andar no ritmo dos líderes e que chegou a tocar no muro, terminou em 18º. Mario Moraes, da Dale Coyne, foi o 23º e Jaime Câmara, da Conquest, enfrentou dificuldades com o carro no tráfego, o 24º.

GP de Milwaukee
6ª etapa - 01/06/2008

Circuito oval com 1,032 milha
The Milwaukee Mile - Milwaukee, Wisconsin (Estados Unidos)

1) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 1h42min41s7387
2) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 0.0487
3) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 1.8413
4) Dan Wheldon (ING/Ganassi), a 2.9314
5) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 4.6704
6) Oriol Servia (ESP/KV), a 14.2217
7) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan) a 1 volta
8) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 1 volta
9) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 1 volta
10) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 1 volta
11) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), a 1 volta
12) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 1 volta
13) Darren Manning (EUA/Foyt), a 2 voltas
14) Will Power (ING/KV), a 2 voltas
15) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 2 voltas
16) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 3 voltas
17) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 3 voltas
18) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 3 voltas
19) John Andretti (EUA/Roth), a 3 voltas
20) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 4 voltas
21) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 4 voltas
22) Vitor Meira (BRA/Panther), a 5 voltas
23) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), a 7 voltas
24) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 7 voltas
25) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 96 voltas
26) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a 118 voltas

A classificação da Indy após seis etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 234 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 206 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 185 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 174 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 144 pontos
6) Marco Andretti (Andretti Green) 142 pontos
7) Oriol Servia (KV) 140 pontos
8) Ryan Briscoe (Penske) 134 pontos
9) Ed Carpenter (Vision) 132 pontos
10) Hideki Mutoh (Andretti Green) 131 pontos
11) Will Power (KV) 130 pontos
12) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 120 pontos
13) Ernesto Viso (HVM) 117 pontos
14) Enrique Bernoldi (Conquest) 113 pontos
15) Vitor Meira (Panther) 110 pontos
16) Darren Manning (Foyt) 109 pontos
17) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 108 pontos
18) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 108 pontos
19) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 107 pontos
20) A.J. Foyt IV (Vision) 105 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 81 pontos
22) Mario Moraes (Dale Coyne) 77 pontos
23) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 71 pontos
24) Jay Howard (Roth) 62 pontos
25) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
26) Marty Roth (Roth) 50 pontos
27) Mario Dominguez (Pacific Coast) 45 pontos
28) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
29) Jaime Câmara (Conquest) 34 pontos
30) John Andretti (Roth) 26 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 24 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Fisher) 10 pontos