terça-feira, 29 de julho de 2008

Indy 2008: 13ª etapa – Edmonton


13ª etapa - GP de Edmonton
Scott Dixon vence em Edmonton e fica perto do título
Castro Neves vê neozelandês vencer e garantir 65 pontos de vantagem na liderança

Scott Dixon superou a pressão exercida por Hélio Castro Neves, para vencer a corrida em Edmonton, 13ª etapa da Fórmula Indy. "A minha equipe fez um grande trabalho", disse o neozelandês de 28 anos, da Ganassi. "Acho que, neste ponto do campeonato, é fundamental para a equipe. Hélio esteve muito forte nas últimas duas corridas. Ele tentou nos perseguir, mas pudemos obter um pequeno ganho sobre ele neste fim de semana".

Durante a primeira metade da metade da corrida, Dixon esteve atrás dos pilotos da Penske. Castro Neves e Ryan Briscoe, que largou da pole position. A reviravolta ocorreu quando eles aproveitaram uma bandeira amarela para fazer o segundo pit stop, na 48ª volta. A Ganassi foi mais rápida, colocando Dixon na frente de Castro Neves e Briscoe.

A partir de então, Dixon só teve de esperar os pilotos que não pararam nos pits, no caso eram Tony Kanaan, A.J. Foyt IV, Buddy Rice e Ed Carpenter, pararem e assim assumir a liderança na 62ª volta para não mais largar. No fim, agüentou forte pressão, enquanto seu perseguidor, Castro Neves, acabou errando.

"Essa diferença é muito grande. Temos apenas de nos manter assim para as próximas quatro provas. Precisamos ser consistentes e continuar marcando pontos. Essa vitória foi fundamental para nós no campeonato", afirmou Dixon.

Essa foi a quinta vitória nesta temporada, aumentado seu total para 505, pontos, abrindo 65 pontos de vantagem sobre Hélio Castro Neves, e caminha firmemente para o título. Dixon possui quinze vitórias. Nesse ano, ele triunfou em Nashville, Miami, Texas e Indianápolis. Ainda conseguiu dez pódios e cinco poles. Já Hélio Castro Neves ainda não venceu nenhuma vez em 2008.

No fim, Hélio estava com os pneus dianteiros muito desgastados. Por isso, ficou tentando economizar combustível, mesmo antes do erro. "A única coisa que eu poderia fazer era manter o contato com o Dixon. Eu tentei por muitas vezes colocar pressão e tentar ultrapassá-lo, mas ele nunca comete erros," comentou Castro Neves. "Vou continuar pressionando, pois ainda não está acabado para a Penske ainda", garantiu.

Justin Wilson, da Newman Haas Lanigan, que ganhou em Edmonton há dois anos, terminou em terceiro lugar, seu melhor resultado na Indy reunificada, confirmando o ótimo desempenho demonstrado nos treinos, quando sempre andou entre os mais rápidos.

Outro destaque da prova foi à volta de Paul Tracy às pistas, depois de três meses parado. Sua presença animou o público canadense, que viu seu ídolo largar em 15º, e com uma ótima atuação, juntamente com um bem-sucedido trabalho nos boxes, chegou em quarto. Isso correndo num esquema montando de última hora pela Vision, mas utilizando a estrutura da Walker, equipe que planeja disputar outras provas ainda em 2008 e participar toda a temporada do ano que vêm.

"A Walker preparou o carro em duas semanas e eu não pilotava desde abril. Mesmo assim, mostramos que merecemos um espaço na categoria. Se não precisássemos economizar combustível, poderíamos ter conquistado um pódio", desabafou. Para Tracy, quarta posição em Edmonton foi "quase como uma vitória". Ele ainda não confirmou sua participação no restante do ano, pois negocia com os patrocinadores e a equipe a manutenção desse trabalho.

Oriol Servia terminou em quinto lugar, seguido por Ryan Briscoe, que largou na frente, mantendo-se líder somente até a 3ª volta, sendo ultrapassado por Castro Neves. Depois não conseguiu acompanhar o melhor ritmo do companheiro de equipe, mas não era incomodado por ninguém até que na 49ª volta levou um toque de Ed Carpenter e rodou, tendo de ir aos pits para fazer uma parada não programada, o que lhe fez perder a chance de vencer.

Dan Wheldon, da Ganassi, foi o sétimo e Ryan Hunter-Reay, da Rahal Letterman, o oitavo. Tony Kanaan, da Andretti Green, que largou bem atrás e tentou tática de paradas diferente, ficou em nono, seguido por Darren Manning, da Foyt.

Bruno Junqueira reclamou da falta de profissionalismo da Dale Coyne, responsabilizando-a pelo problema na caixa de câmbio, que lhe tirou um ótimo sexto lugar quando faltavam três voltas, para chegar somente em 14º lugar. Enrique Bernoldi rodou depois da última relargada e terminou em 16º.

Vitor Meira bateu na proteção de boxes, por ter sérios problemas na suspensão dianteira, ficando em 19º lugar, com seis voltas de atraso. Mario Moraes também teve problemas de suspensão na 28ª volta, completando em no 20º lugar e Jaime Câmara teve outra prova para esquecer, perdendo um pneu após fazer sua primeira parada. Terminou em 23º.

GP de Edmonton
13ª etapa - 26/07/2009
Circuito misto com 1,960 milha

Edmonton City Centre Airport - Edmonton, Alberta (Canadá)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi) 91 voltas
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 5s9237
3) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 13s4009
4) Paul Tracy (CAN/Vision), a 28s1462
5) Oriol Servia (ESP/KV), a 28s7132
6) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 36s8816
7) Dan Wheldon (ING/Ganassi), a 41s8281
8) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 42s1294
9) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 43s0732
10) Darren Manning (ING/Foyt), a 43s3363
11) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 48s3526
12) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 50s1271
13) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 57s5967
14) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 1min01s1000
15) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 1 volta
16) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 1 volta
17) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 1 volta
18) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 3 voltas
19) Vitor Meira (BRA/Panther), a 6 voltas
20) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 6 voltas
21) Marty Roth (CAN/Roth), a 7 voltas
22) Will Power (AUS/KV), a 19 voltas
23) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 23 voltas
24) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a 40 voltas
25) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), a 43 voltas
26) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 47 voltas
27) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 64 voltas

A classificação da Indy após treze etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 505 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 440 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 390 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 387
5) Ryan Briscoe (Penske) 324 pontos
6) Danica Patrick (Andretti Green) 296 pontos
7) Hideki Mutoh (Andretti Green) 286 pontos
8) Oriol Servia (KV) 280 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 276 pontos
10) Marco Andretti (Andretti Green) 276 pontos
11) Will Power (KV) 257 pontos
12) Darren Manning (Foyt) 255 pontos
13) Ed Carpenter (Vision) 254 pontos
14) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 245 pontos
15) Vitor Meira (Panther) 243 pontos
16) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 237 pontos
17) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 225 pontos
18) A.J. Foyt IV (Vision) 219 pontos
19) Ernesto Viso (HVM) 217 pontos
20) Enrique Bernoldi (Conquest) 196 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 189 pontos
22) Mário Moraes (Dale Coyne) 184 pontos
23) Jaime Câmara (Conquest) 126 pontos
24) Marty Roth (Roth) 125 pontos
25) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 105 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 100 pontos
27) Mario Dominguez (Pacific Coast) 98 pontos
28) Jay Howard (Roth) 72 pontos
29) John Andretti (Roth) 71 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Paul Tracy (Vision) 51 pontos
32) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
33) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
34) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
35) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
36) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
37) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
38) Sarah Fisher (Sarah Fisher) 10 pontos

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vídeo do Dia: Edmonton 2007

O holandês Robert Doornbos percorre o circuito temporário de Edmonton de Ohio durante os treinos para a corrida de 2007, a última disputada pela Fórmula Indy quando ainda era controlada pela Champ Car. Doornbos narrar todos os detalhes necessários para virar uma boa volta no Edmonton City Centre Airpor.

Edmonton City Centre Airport


Por Bobby Rahal

O Edmonton City Centre Airport é um circuito misto temporário de 1,960 milha, localizado próximo ao centro da cidade de Edmonton, no estado de Alberta, no Canadá, o palco da 13ª etapa da Fórmula Indy. Serão 95 voltas, totalizando 187,435 milhas de extensão. Essa é a sexta e última corrida seguida da maratona de provas no verão norte-americano, que teve início em Iowa. Pela primeira vez, a pista vai receber uma prova da categoria, já que antes fez parte do calendário da extinta Champ Car.

Desde quinta-feira, a maioria dos pilotos inicia sua adaptação as 14 curvas da pista que utiliza inteiramente traçado no aeroporto da cidade, e apresenta trechos travados e exige concentração constante dos pilotos. Nos primeiros treinos, uma das preocupações é com a melhoria constante das condições do asfalto, que ganha uma maior camada de borracha a cada passagem dos carros, normalmente usado pelos aviões que pousam e decolam no local, permitindo tempos mais baixos. Será a primeira vez, neste ano, que as equipes oriundas da Champ Car terão maior conhecimento sobre os times da Indy sobre um circuito.

Essa é a quarta edição da prova, que rapidamente caiu no gosto do público e tem sido sinônimo de arquibancadas cheias e emoção dentro e fora da pista. As vitórias em 2005 e 2007, com o francês Sebastien Bourdais, atualmente piloto de Fórmula 1, e em 2006, com Justin Wilson, que corre nesta temporada pela Newman Haas Lanigan.

Há semelhanças na reta que leva a chicane da entrada dos pits e na reta de largada, que termina numa curva 1 fechada, parecida com a curva 1 do aeroporto de Cleveland. A maior parte da ação na corrida deverá acontecer ali, com os carros chegando a velocidades de 320 km/h antes da freada forte, a exemplo do que acontecia nas corridas em Cleveland. As semelhanças terminam por aí, pois a seguir o que se vê é um trecho bastante sinuoso que leva a um trecho de pequenas retas e curvas de 90 graus.

Entre os 27 pilotos inscritos para a prova, oito pilotos já tiveram a oportunidade de correr em Edmonton anteriormente. Justin Wilson, Will Power (pole no ano passado), Bruno Junqueira, Graham Rahal, Mario Dominguez, Oriol Servia, Paul Tracy (que estréia neste fim de semana pela Vision) e Ryan Hunter-Reay. É um circuito que os pilotos gostam muito, e nesse ano, deveremos ter uma ótima prova, como a dos últimos anos, com diversas ultrapassagens e trocas de liderança.

Mas curiosamente, essa corrida não foi o primeiro grande evento do automobilismo internacional em Edmonton. De 1968 até 1983 existiu um circuito misto de 2,530 milhas e 14 curvas chamado Edmonton International Speedway, que chegou a receber corridas da Can-Am, na época que aquela era a principal categoria de esporte protótipo do mundo. Essa pista foi demolida em meados dos anos 1980 para dar lugar a um conjunto residencial e desde então Edmonton sumiu do mapa do automobilismo internacional, condição essa que a corrida dentro do calendário da Indy se encarregou de mudar.

Esse aeroporto possui uma longa e gloriosa história. Em 1929, quando o legendário piloto Wilfred "Wop" May e o seu companheiro Vic Horner decolaram dali para levar vacinas contra a difteria para combater uma epidemia no norte selvagem do estado canadense de Alberta. Durante a Segunda Guerra Mundial esse aeroporto foi um dos mais movimentados do mundo, com milhares de vôos de transporte e de treinamento todos os meses no esforço aliado para combater as forças do eixo na Europa. Quando o estado de Alberta experimentou grande desenvolvimento nos anos 1960 e 1970, o lugar tornou-se o ponto de chegada e de partida para numerosos trabalhadores dos campos de extração de petróleo da região. Embora na década passada o movimento tenha caído bastante e haja poucos vôos comerciais pousando ali, o Edmonton City Centre Airport ainda é muito importante para a aviação executiva, por se localizar próximo ao centro da cidade.

Nos circuitos mistos, a sessão de classificação diferente dos ovais. Os pilotos são divididos em dois grupos, sendo que os seis mais rápidos passam à fase seguinte. Com doze carros na pista, e se salvam novamente, os seis melhores, que retornam para a última parte da classificação. A definição do grid acontece nesta sexta-feira.

Confira a programação para o GP de Edmonton, décima terceira etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Quinta-feira (24/07)
16h15 - treino livre
19h45 - treino livre

Sexta-feira (25/07)
13h30 - treino livre
19h15 - treino classificatório

Sábado (26/07)
12h55 - Warmup
18h00 - GP de Edmonton (95 voltas)

Vencedor em 2007: Sebastien Bourdais (FRA)
Pole em 2007: Will Power (AUS)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Indy 2008: 12ª etapa – Mid-Ohio



12ª etapa - GP de Mid-Ohio
Briscoe e Castro Neves fazem dobradinha da Penske em Mid-Ohio
Brasileiro é o segundo, à frente do líder Scott Dixon, e segue na briga pelo título

Ryan Briscoe aproveitou da bem-sucedida estratégia nos pits e levou a vitória no GP de Mid-Ohio, 12ª etapa da Fórmula Indy, em uma corrida aonde a Penske fez a dobradinha, graças a Hélio Castro Neves que ficou em segundo. Roger Penske, proprietário da equipe, tomou a decisão de deixar Briscoe entrar para reabastecer em intervalos diferentes aos utilizados pelos outros ponteiros, tática acertada que rendeu a segunda vitória do piloto australiano na temporada, bem como a segunda posição de Castro Neves.

A prova começou com aproximadamente uma hora depois do previsto, devido a uma chuva que castigou o circuito de 2,258 milhas localizado em Lexington. A chuva deixou poças ao longo do traçado de 13 curvas, e os dirigentes da Indy determinaram que a largada devesse ocorrer com todos os carros utilizando pneus de chuva.

Quando o sol surgiu o asfalto secou rapidamente. Os pilotos começaram a rumar em direção aos pits para substituir para os pneus de piso seco. Porém Roger Penske esperou até a sexta volta para chamar Briscoe para sua parada, com ele voltando lá atrás, em décimo sexto. "A equipe Penske foi incrível", diz Briscoe. "Nós tivemos alguns problemas no início. Esta estratégia foi totalmente do Roger Penske".

Briscoe voltou aos pits na 23ª volta, antes da maioria dos demais pilotos, e isso deu a ele uma grande vantagem no fim da corrida. A chuva não retornou, mas as paradas, assim como vários acidentes ao longo das 85 voltas tornaram a competição um completo caos, com estratégias muitos diferenciadas. "Não sei se é uma boa fase, pois as duas corridas anteriores não foram muito boas, mas espero que mantenhamos este desempenho", diz o australiano.

Mesmo com cinco bandeiras amarelas durante a corrida, somente aconteceu um incidente mais sério na 42ª volta. Na quarta bandeira amarela, duas curvas antes da relargada, Justin Wilson tentou passar Mario Dominguez por fora, levou um toque do adversário, rodando em meio a outros carros, levantando fumaça, que prejudicou a visão de quem vinham atrás. Dan Wheldon levou um toque e foi parar na grama, levando junto Marco Andretti e A.J. Foyt IV. No fim, somente Andretti abandonou.

O pole position Hélio Castro Neves culpou o tráfego pela impossibilidade de brigar com Briscoe pela vitória. Mas ele na verdade não se sentia tão incomodado assim, já que alcançou sua segunda classificação entre os cinco melhores em uma corrida nessa temporada, e reduziu para 58 pontos a desvantagem em relação ao líder do campeonato Scott Dixon. "Estava tentando fazer tudo que eu podia e, infelizmente, fiquei preso no tráfego", explica. "Ryan fez uma grande corrida. Não tivemos o suficiente, uma pena. Mas o segundo lugar foi bom".

Scott Dixon, que defendia a vitória em Lexington no ano passado e atualmente lidera a temporada, chegou em terceiro, seguido por Will Power e pelo espanhol Oriol Servia, companheiros na equipe KV. Power e Servia são dois dos nove pilotos que emigraram da extinta Champ Car para a reunificada Fórmula Indy no começo desse ano.

Vitor Meira terminou em um merecido sexto lugar, por conta de uma ousada estratégia de paradas nos pits, que no começo da prova fez o brasileiro liderar 21 voltas. A chuva, que ocorreu momentos antes da largada, levou o piloto e a Panther a seguir o plano de colocar pneus para pista seca na 6ª volta, antes dos outros pilotos. Caso não tivesse sido tocado por Dixon, após sua segunda parada, perdendo posições para ele e Oriol Servia, poderia ter obtido um resultado ainda melhor.

Logo atrás de Meira chegou Tony Kanaan, que mesmo não tenham chegado ao menos ao pódio, subiu para a terceira colocação no campeonato. O piloto da Andretti Green não teve nas mãos um carro competitivo em Mid-Ohio e se queixou de dificuldades para tentar ultrapassagens. "Precisamos nos reunir e conversarmos, pois definitivamente não fomos bem. Eu sei do potencial da minha equipe, mas temos que levantar a cabeça e trabalhar muito forte para melhorarmos", diz.

Bruno Junqueira perdeu a oportunidade de chegar ao pódio pela primeira vez em 2008 ao entrar nos pits, quando estava em segundo, faltando somente oito voltas para o fim. Mário Moraes, que chegou ser líder, perdeu a chance de figurar entre os cinco primeiros ao rodar na 60ª volta e ser obrigado a abandonar. Enrique Bernoldi levou uma batida de Ryan Hunter-Reay na 8ª volta, desistindo em seguida com a suspensão quebrada. Jaime Câmara foi o 14º colocado, apesar de subir 11 posições.

GP de Mid-Ohio
12ª etapa - 20/07/2009
Circuito misto com 2,258 milhas
Mid-Ohio Sports Car Course - Lexington, Ohio (Estados Unidos)
1) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 85 voltas
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 7s2640
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 7s6967
4) Will Power (AUS/KV), a 12s7569
5) Oriol Servia (ESP/KV), a 13s4713
6) Vitor Meira (BRA/Panther), a 14s9934
7) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 15s2597
8) Darren Manning (ING/Foyt), a 17s5053
9) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 18s0084
10) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 19s2100
11) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 28s8880
12) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 34s6822
13) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 39s7940
14) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 51s5572
15) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 1min19s919
16) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a uma volta
17) Dan Wheldon (ING/Ganassi), a uma volta
18) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a uma volta
19) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a duas voltas
20) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a três voltas
21) Marty Roth (CAN/Roth), a cinco voltas
22) Ernesto Viso (VEN/HVM), a cinco voltas
23) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), a seis voltas
24) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 24 voltas
25) Marco Andretti (EUA/Andretti-Green), a 44 voltas
26) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 77 voltas

A classificação da Indy após doze etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 455 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 397 pontos
3) Tony Kanaan (Andretti Green) 365 pontos
4) Dan Wheldon (Ganassi) 364 pontos
5) Ryan Briscoe (Penske) 296 pontos
6) Danica Patrick (Andretti Green) 284 pontos
7) Hideki Mutoh (Andretti Green) 276 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 263 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 252 pontos
10) Oriol Servia (KV) 250 pontos
11) Will Power (KV) 245 pontos
12) Ed Carpenter (Vision) 237 pontos
13) Darren Manning (Foyt) 235 pontos
14) Vitor Meira (Panther) 231 pontos
15) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 226 pontos
16) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 215 pontos
17) Ernesto Viso (HVM) 202 pontos
18) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 202 pontos
19) A.J. Foyt IV (Vision) 201 pontos
20) Enrique Bernoldi (Conquest) 182 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 173 pontos
22) Mario Moraes (Dale Coyne) 172 pontos
23) Jaime Câmara (Conquest) 114 pontos
24) Marty Roth (Roth) 113 pontos
25) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 100 pontos
26) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 95 pontos
27) Mario Dominguez (Pacific Coast) 86 pontos
28) Jay Howard (Roth) 72 pontos
29) John Andretti (Roth) 71 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Sarah Fisher) 10 pontos

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mid-Ohio Sports Car Course



Por Bobby Rahal

Um dos mais tradicionais autódromos dos Estados Unidos, praticamente perdido no meio do nada, é a sede da 12ª etapa da Fórmula Indy, a quinta de uma série de seis eventos consecutivos que se encerará em Edmonton, Canadá, nessa primeira temporada depois da reunificação do campeonato.

O Mid-Ohio Sports Car Course é um tradicional circuito misto de média a baixa velocidade, e extensão de 2,250 milhas (3.634 metros) e 13 curvas, localizado nas proximidades da cidade de Lexington, no estado de Ohio, que entrou no calendário da Fórmula Indy (ainda controlada pela Cart) a partir de 1980.

Com um traçado bem atraente, alternando subidas e descidas, o circuito de Mid-Ohio é muito exigente, não permitindo muitas ultrapassagens, e historicamente tinha poucas bandeiras amarelas durante as suas provas, que costumavam privilegiar os pilotos da escola européia.

"Mid-Ohio é uma pista que eu gosto muito, por ser um circuito permanente. E era sem dúvida uma das nossas mais longas corridas, devido à sua exigência física", atestou Bruno Junqueira. Émerson Fittipaldi é o piloto que mais venceu nessa pista, com três vitórias.

Mid-Ohio nunca pertenceu ao ex-piloto Bobby Rahal, mas foi construído por Les Griebling em 1962 e vendido para James R. Trueman em 1981, que posteriormente criou uma empresa chamada Truesports Inc. A confusão toda é que essa Truesports já teve equipe correndo na Indy, com o próprio piloto Bobby Rahal que venceu por ela os campeonatos de 1986 e 1987.

Após a saída de Bobby Rahal, a equipe entrou em decadência, até que ao final de 1991 ela foi vendida para o próprio Bobby Rahal em associação com Carl Hogan, que a rebatizou de Team Rahal Hogan e com ela foi campeão da Indy em 1992. Posteriormente Carl Hogan saiu da sociedade e o nome do time ficou Team Rahal.

A sede do Team Rahal (atualmente Rahal Letterman) continua na cidade de Lexington e por isso a pista de Mid-Ohio, localizada nas proximidades, não deixa de ser o quintal de casa para a equipe.

O circuito de Mid-Ohio saiu do calendário da Indy após 2003. Naquele ano, cerca de 2.700 fãs participaram de um abaixo-assinado para manter o GP de Mid-Ohio no calendário, durante a disputa da prova. Eles começaram a distribuir as listas de assinaturas após surgir o boato de que a Cart poderia não voltar ao circuito em 2004, o que realmente ocorreu. Segundo estimativas, naquele final de semana cerca de 70 mil pessoas estiveram no autódromo.

A partir de 2007 a prova de Mid-Ohio retornou à Indy, agora sendo administrada por Tony George, e tendo Scott Dixon como vencedor e Hélio Castro Neves o pole position. Essa é a oportunidade dos pilotos e equipes oriundas da antiga Champ Car conseguir um bom resultado, pois a pista de Lexington é um terreno bem conhecidos deles.

A programação prevê para sexta-feira duas sessões de treinos livres de uma hora cada. Pela frente, os pilotos encontrarão um circuito que exige muito do câmbio e dos freios, já que são constantes as freadas fortes, reacelerações e mudanças de marcha, premiando a experiência e a capacidade de encontrar rapidamente o melhor acerto para o chassi e a suspensão. A definição do grid ocorre sábado, em três partes, como na Fórmula 1, antes ainda será realizada a última sessão de treinos livres

Confira a programação para o GP de Mid-Ohio, décima segunda etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (18/07)
11h40 - treino livre
16h10 - treino livre

Sábado (19/07)
09h45 - treino livre
12h45 - treino classificatório

Domingo (20/07)
09h30 - Warmup
14h30 - GP de Mid-Ohio (85 voltas)

Vencedor em 2007: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2007: Hélio Castro Neves (BRA)

Vídeo do Dia: Mid-Ohio 2002

Este vídeo mostra as imagens obtidas pelo capacete do brasileiro Tony Kanaan, enquanto percorria o traçado de Mid-Ohio durante a corrida de 2002, a penúltima disputada pela Fórmula Indy quando ainda era controlada pela Cart.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Indy 2008: 11ª etapa – Nashville



11ª etapa - GP de Nashville
Chuva dá vitória a Dixon em Nashville
Neozelandês abre 67 pontos sobre Hélio Castro Neves, o vice na classificação

Quando decidiu manter seus pilotos na pista, ao invés de chamá-los aos pits durante a penúltima bandeira amarela da corrida noturna realizada no oval de Nashville, a Ganassi fez Scott Dixon alcançar sua terceira vitória seguida no circuito, além do segundo lugar para Dan Wheldon. Uma grande estratégia que levou a quarta conquista de Dixon no ano.

Por pouco um erro na comunicação pelo rádio entre a equipe e o piloto não coloca tudo a perder. Por sorte, Dixon que pretendia entrar nos boxes, não parou, executando o que planejava a equipe desde o início, abrindo assim, 63 pontos de vantagem em relação ao vice-líder Hélio Castro Neves.

Depois da prova, Wheldon confessava que não tinha um carro bem acertado para as condições exigidas no percurso, sentia dificuldade ao dirigir no tráfego, mas comemorava a boa sorte. "Tivemos uma grande noite, a chuva nos deu a dobradinha, mas foi duro manter o carro na pista", diz.

Hélio Castro Neves, o pole position, lamentava o encerramento prematuro na 171ª volta, quando ainda restavam 29 voltas. Caso tivessem sido disputadas mais quatro voltas, o brasileiro teria vencido pela primeira vez na temporada. Mesmo liderando as primeiras voltas, perdeu terreno ao sair do traçado e encher seus pneus de detritos, caindo para quarto. Depois, na relargada, ultrapassou Tony Kanaan, assumindo a terceira posição momentos antes da interrupção definitiva.

Outro que tinha motivos para reclamar da falta de sorte era Tony Kanaan, o piloto com mais voltas lideradas em Nashville. Ele estava na ponta até a Andretti Green o chamar aos pits na penúltima amarela, acreditando que a fina chuva que caía não duraria muito. No fim, perdeu duas posições para os pilotos da Ganassi e mais outra na relargada para Castro Neves, chegando em quarto.

"Eu acredito que foi a decisão correta me chamar para o pit stop, pois ninguém poderia saber quando a chuva ia cair forte e muitos nos seguiram. Eu confio totalmente na minha equipe. Infelizmente, a chuva não nos ajudou no momento certo", diz Kanaan.

Mas o grande azarado da noite atendia pelo nome de Ryan Briscoe. Logo no começo, abandonou ao ter seu carro atingido na curva 2 por um desgovernado Marco Andretti, indo em direção ao muro. Na última etapa em Watkins Glen, Briscoe foi vítima de Scott Dixon, que naquela ocasião arruinou suas chances de vencer pela segunda vez em 2008.

Vitor Meira, por sua vez, elogiava o desempenho de seu carro, comemorando como seu fosse uma vitória o sexto lugar, atrás de Danica Patrick. Largando em 15º, conseguiu abrir caminho, ganhando posições até figurar entre os líderes em quarto. Então revolveu seguir o então líder Tony Kanaan, entrando nos boxes e perdeu quatro posições.

Na relargada Meira ainda conseguiu realizar duas ultrapassagens para terminar em sua melhor colocação desde as 500 milhas de Indianápolis. Mário Moraes foi o décimo, na frente de seu companheiro de equipe na Dale Coyne, Bruno Junqueira, o 15º. Enrique Bernoldi e Jaime Câmara, pilotos da Conquest, não terminaram.

Essa foi à centésima conquista da história da Ganassi, incluindo diferentes categorias como a Fórmula Indy (62 vitórias), Nascar (12 vitórias), Arca (6 vitórias) e Grand Am (20 vitórias). Somente Dixon contribuiu com 14 triunfos.

Outra boa notícia para Ganassi foi à renovação do contrato de Dan Wheldon por mais uma temporada, fruto da reunificação ocorrida na Indy no começo desse ano. Ainda falta assinar o novo contrato, mas entre o dono do time, Chip Ganassi e Wheldon está tudo definido.

A um bom tempo, Wheldon manifestava o desejo de se transferir para a Nascar, sendo convencido a pelo menos terminar essa temporada da Indy. Agora, com aumento da competitividade e a perspectiva de crescimento, tanto no mercado norte-americano quanto mundial o fez mudar de idéia.

GP de Nashville
11ª etapa - 12/07/2008
Circuito oval com 1,330 milha
Nashville Superspeedway - Lebanon, Tennessee (Estados Unidos)

1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 171 voltas
2) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 171 voltas
3) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 171 voltas
4) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 171 voltas
5) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 171 voltas
6) Vitor Meira (BRA/Panther), 171 voltas
7) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold ), 171 voltas
8) Ed Carpenter (EUA/Vision), 171 voltas
9) Darren Manning (ING/Foyt), 171 voltas
10) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), 170 voltas
11) Will Power (AUS/KV), 170 voltas
12) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 170 voltas
13) Marty Roth (CAN/Roth), 170 voltas
14) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 169 voltas
15) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), 169 voltas
16) Oriol Servia (ESP/KV), 169 voltas
17) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), 168 voltas
18) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), 143 voltas
19) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 72 voltas
20) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 105 voltas
21) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 121 voltas
22) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 126 voltas
23) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 168 voltas
24) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 169 voltas

A classificação da Indy após onze etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 420 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 357 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 351 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 339 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 266 pontos
6) Hideki Mutoh (Andretti Green) 254 pontos
7) Marco Andretti (Andretti Green) 253 pontos
8) Ryan Briscoe (Penske) 243 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 232 pontos
10) Ed Carpenter (Vision) 222 pontos
11) Oriol Servia (KV) 220 pontos
12) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 214 pontos
13) Will Power (KV) 213 pontos
14) Darren Manning (Foyt) 211 pontos
15) Vitor Meira (Panther) 203 pontos
16) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 201 pontos
17) Ernesto Viso (HVM) 190 pontos
18) A.J. Foyt IV (Vision) 189 pontos
19) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 183 pontos
20) Enrique Bernoldi (Conquest) 172 pontos
21) Mario Moraes (Dale Coyne) 160 pontos
22) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 156 pontos
23) Marty Roth (Roth) 101 pontos
24) Jaime Câmara (Conquest) 98 pontos
25) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 95 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 88 pontos
27) Mario Dominguez (Pacific Coast) 74 pontos
28) Jay Howard (Roth) 72 pontos
29) John Andretti (Roth) 71 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Sarah Fisher) 10 pontos

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Nashville Superspeedway



O Nashville Superspeedway é um circuito trioval de 1,330 milha, localizado na cidade de Lebanon, no estado do Tennessee, próximo a Nashville, o palco da 11ª etapa da Fórmula Indy. Serão 200 voltas, totalizando 266 milhas de extensão.

Essa é a quarta corrida seguida da maratona de provas no verão norte-americano, que teve início em Iowa e terá seu encerramento em Edmonton, no Canadá, no dia 26 de julho.

O traçado possui curvas com inclinações de 14 graus, com uma volta sendo percorrida em torno de 23 segundos durante a corrida. A classificação para o grid de largada será definido com a média das quatro voltas cronometradas de cada piloto.

Nashville possui características bem distintas em relação aos outros ovais da Indy, pois além do pavimento de concreto, é extremamente abrasiva, levando a um desgaste prematuro dos pneus, sem contar as ondulações e as diversas variações nas curvas.

A Firestone, única fornecedora de pneus da categoria, informou que levou 1.120 unidades para o Tennessee, com cada carro tendo 8 jogos (32 pneus) a disposição. Os estreantes terão direito a dois jogos extras, pois farão na quinta-feira um treino exclusivo para poderem conhecer o circuito um pouco mais antes da classificação.

Os engenheiros da fábrica criaram um composto específico para ser usado no piso de concreto de Nashville. Os pneus do lado esquerdo possuem o mesmo formato dos utilizado no Iowa, com o diâmetro maior, já que os carros se apóiam para fazerem as curvas exigindo mais desse lado. Já os pneus direitos são semelhantes aos usados em Homestead, Texas e Kansas, mas, com a calibragem mais alta.

A corrida desse sábado é outra a ser realizada a noite. Como sempre acontece nas provas noturnas, às sessões de treinos são concentradas em um único dia, no caso, na sexta-feira. Teremos dois treinos livres, com uma hora de duração cada um, para as equipes tentaram encontrar o melhor acerto tanto para a corrida quanto para a classificação.

O nome mais cotado para receber a guitarra que é oferecida como troféu (Nashville é considerada a capital da música country) é o do neozelandês Scott Dixon, da Ganassi, vencedor duas últimas edições da prova. Outro favorito é o brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, que em 2004, ano em que venceu a prova, ano em que foi campeão.

Confira a programação para o GP de Nashville, décima primeira etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Quinta-feira (10/07)
18h00 - treino dos novatos

Sexta-feira (11/07)
12h15 - treino livre
15h45 - treino livre
19h30 - treino classificatório

Sábado (12/07)
21h00 - GP de Nashville (200 voltas)

Vencedor em 2007: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2007: Scott Dixon (NZL)

Indy 2008: 10ª etapa – Watkins Glen

10ª etapa - GP de Watkins Glen
Ryan Hunter-Reay desencanta e vence em Watkins Glen

Hunter-Reay aproveitou vacilo de Scott Dixon, impedindo o quarto triunfo do neozelandês

A tentativa por parte do piloto neozelandês Scott Dixon de vencer pela quarta vez consecutiva no circuito de Watkins Glen terminou com um erro incomum que deu para Ryan Hunter-Reay a oportunidade necessária para obter sua primeira vitória na Fórmula Indy (não computando as duas conquistas ocorridas no antigo campeonato da Champ Car).

Dixon, que se preparava para atacar o líder Darren Manning após um longo período em bandeira amarela, subitamente rodou e foi atingido na traseira pelo australiano Ryan Briscoe, da Penske, naquele momento o terceiro colocado que liderou grande parte da corrida tendo sempre Dixon em seu encalço. Por fim, os dois pilotos perderam tempo, terminando a prova em décimo primeiro e décimo segundo respectivamente.

Isso deu o segundo lugar a Ryan Hunter-Reay, que com facilidade ultrapassou Manning com muita competência na relargada, e deu à sua equipe, a Rahal Letterman, sua quarta vitória na Indy, sob o comando de Tony George. Esta é a primeira conquista da equipe desde Michigan em 2004.

Foi a terceira vitória de Hunter-Reay em uma categoria de Indy. Em 2003, ele venceu sua primeira corrida no circuito nas ruas de Surfer's Paradise, na Austrália, quando defendia a equipe Johansson. A segunda ocorreu no tradicional oval de Milwaukee, agora pela Herdez, onde além de ser o pole position obteve o recorde de único piloto a vencer uma corrida de oval liderando todas as voltas.

Então, após um forte acidente na mesma Milwaukee em 2005, quando era piloto da limitada Rocketsports, ficou com seqüelas que o impediram de ter uma boa performance naquele campeonato, sendo mandando embora depois do GP de Las Vegas. Ele ficou um bom tempo sem ter um rumo em sua carreira até que a Rahal Letterman o convocou para assumir a vaga de Jeff Simmons nas últimas seis provas da temporada 2007.

"É um sonho que se torna realidade. Um norte-americano vencendo, é um time norte-americano. Bobby Rahal me deu o emprego e agora estamos no círculo da vitória. Não consigo dizer o quão feliz estou. É incrível. Fiz uma boa relargada em cima de Darren e segui pressionando. Quando chegamos ao alto da colina, Darren usou a linha de fora e consegui um espaço para passar", comemorou.

Foi um estranho final para uma corrida, cujas 40 primeiras voltas na pista de 3,400 milhas, com 11 curvas, transcorria sem grandes incidentes, e que terminou sob bandeira amarela durante a maior parte das 20 últimas voltas devido a uma incrível série de batidas e rodadas.

Dixon, em sua tentativa de ser tornar o primeiro piloto da Indy com quatro vitórias consecutivas no mesmo circuito, parecia estar em condições de alcançar Manning quando fosse acionada a bandeira verde nas 12 voltas que ainda faltavam para o encerramento da prova. "Fui um completo idiota", disse um claramente envergonhado Dixon após terminar na décima primeira posição. "Nós perdemos muitos pontos valiosos", completou.

Um dos destaques de Watkins Glen foi o terceiro lugar do brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, que correu com um pulso esquerdo trincado, resultado de um acidente ocorrido no warm up ocasionado pela quebra de uma suspensão.

Quem também tinha motivos para comemorações era a dupla brasileira da Dale Coyne, Bruno Junqueira e Mário Moraes. Junqueira teve o seu melhor resultado no ano, depois de uma corrida combativa e de arriscar na estratégia de pits, com uma parada a menos que os líderes, sendo recompensado com o sexto lugar.

Pena que na última relargada, quando era o quarto, Junqueira tenha sido superado por Buddy Rice, da Dreyer & Reinbold, e por Marco Andretti, da Andretti Green, que ficaram no quarto e quinto lugares.

Logo atrás, em sétimo, veio Mário Moraes, que realizou diversas ultrapassagens no início da disputa, chegando a ocupar a quinta posição, só que foi prejudicado por um pit stop ruim, o que lhe tirou a oportunidade de ter um resultado ainda melhor.

Os outros brasileiros não foram bem. Hélio Castro Neves, da Penske, que largou na última posição, com seis voltas já parava na entrada dos boxes com problemas de câmbio, e terminou em 16º, com duas voltas de desvantagem. Vitor Meira, da Panther, Enrique Bernoldi e Jaime Câmara, da Conquest, abandonaram depois de se envolverem em acidentes ou saídas de pista.

GP de Watkins Glen
10ª etapa - 06/07/2008
Circuito misto com 3,400 milhas

Watkins Glen International - Watkins Glen, Nova Iorque (Estados Unidos)
1) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), 1h54min01s1795, 60 voltas
2) Darren Manning (ING/Foyt), a 2s4009
3) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 4s1054
4) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 4s8111
5) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 5s3132
6) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 5s8084
7) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), a 8s6248
8) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 9s4563
9) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 10s1785
10) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 10s8602
11) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 11s0455
12) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 11s5953
13) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a 12s7773
14) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 26s6599
15) Will Power (ING/KV), a 38s1033
16) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 1 volta
17) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 1 volta
18) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 9 voltas
19) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 13 voltas
20) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), a 15 voltas
21) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 16 voltas
22) Vitor Meira (BRA/Panther), a 22 voltas
23) Oriol Servia (ESP/KV), a 22 voltas
24) Dan Wheldon (EUA/Ganassi), a 41 voltas
25) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 44 voltas
26) Jay Howard (ING/Roth), a 45 voltas

A classificação da Indy após dez etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 370 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 322 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 311 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 304 pontos
5) Marco Andretti (Andretti Green) 241 pontos
6) Hideki Mutoh (Andretti Green) 238 pontos
7) Danica Patrick (Andretti Green) 236 pontos
8) Ryan Briscoe (Penske) 231 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 220 pontos
10) Oriol Servia (KV) 206 pontos
11) Ed Carpenter (Vision) 198 pontos
12) Will Power (KV) 194 pontos
13) Ernesto Viso (HVM) 190 pontos
14) Darren Manning (Foyt) 189 pontos
15) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 188 pontos
16) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 183 pontos
17) A.J. Foyt IV (Vision) 177 pontos
18) Vitor Meira (Panther) 175 pontos
19) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 171 pontos
20) Enrique Bernoldi (Conquest) 160 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 141 pontos
22) Mário Moraes (Dale Coyne) 140 pontos
23) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 95 pontos
24) Jaime Câmara (Conquest) 86 pontos
25) Marty Roth (Roth) 84 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 75 pontos
27) Mario Dominguez (Pacific Coast) 74 pontos
28) Jay Howard (Roth) 72 pontos
29) John Andretti (Roth) 71 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Fisher) 10 pontos

Watkins Glen

Por Bobby Rahal

Watkins Glen é uma pequena localidade situada na região norte do estado norte-americano de Nova York, numa região chamada Finger Lakes, famosa pela beleza da paisagem e pela indústria de vinhos. Ela fica próxima aos importantes centros urbanos de Buffalo, Syracuse, Rochester e Binghamton.

Para quem conhece automobilismo entretanto Watkins Glen é um nome que faz parte da história e da tradição do automobilismo, graças ao famoso circuito misto permanente de Watkins Glen International, chamado de "The Glen" ou "Thunder Road".

Ele foi construído como circuito permanente em 1956, mas desde 1948 por iniciativa do estudante de direito Cameron Argentsinger aconteciam corridas de estilo europeu no local, aproveitando as ruas e as estradas da região.

A partir de 1961, o circuito de Watkins Glen tornou-se a sede do Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1 e isso tornou o local mundialmente conhecido.

Desde cedo o perigoso circuito com mudanças de elevação marcantes e curvas rápidas e abauladas tornou-se um lugar de acontecimentos extraordinários para a história do automobilismo americano e mundial.

Foi ali, no ano de estréia do circuito no calendário da Fórmula 1 em 1961, que o piloto inglês Innes Ireland venceu a primeira prova da lendária equipe Lotus, iniciando uma trajetória vitoriosa da equipe que levaria a várias vitórias e títulos mundiais.

Foi em Watkins Glen que em 1970 o jovem piloto brasileiro Émerson Fittipaldi, no seu ano de estréia na categoria, obteve a primeira de suas 14 vitórias na Fórmula 1. A vitória de Émerson em Watkins Glen garantiu matematicamente o título da temporada de 1970 para o piloto austríaco Jochen Rindt, companheiro de Emerson na equipe Lotus, que havia morrido num acidente nos treinos para a prova anterior, em Monza. Rindt sagrou-se em Watkins Glen o único piloto campeão do mundo póstumo da história da Fórmula 1.

Também foi em Watkins Glen que Emerson assegurou o título mundial da temporada de 1974 com a McLaren, ao derrotar Clay Regazzoni, da Ferrari, na última prova daquela temporada.

A carreira de Émerson Fittipaldi na Fórmula 1 terminaria seis anos depois, em 1980, justamente em Watkins Glen. Aquela foi a última prova de Émerson na categoria, abalado por um acidente múltiplo na prova anterior em Montreal (no GP do Canadá) e disposto a prosseguir na categoria apenas como dono de equipe.

A prova de 1980 foi também a última da Fórmula 1 em Watkins Glen, pois naquela época o circuito passou a enfrentar sérias dificuldades financeiras que quase levaram ao seu fechamento. Após uma prova da Fórmula Cart disputada em 1981, o circuito de Watkins Glen não receberia qualquer prova importante nos 3 anos seguintes.

A salvação viria em 1983, quando o circuito foi adquirido pela Corning Enterprises (uma subsidiária da Corning Glass Works, fabricante de vidros pirex) em associação com a International Speedway Corp. (ISC).

Isso permitiu que em 1986 o circuito entrasse para o calendário da divisão principal da Nascar e se reerguesse como um dos mais importantes do país. Esse foi um fato que teve significado mais do que simbólico, pois a primeira corrida profissional disputada no circuito permanente aconteceu em 1957 e foi justamente uma prova de Nascar vencida por Buck Baker.

Em 1997 a ISC compraria a parte da Corning no negócio e se tornaria a única proprietária do circuito de Watkins Glen, como é até hoje.

Finalmente, em 2005 o automobilismo de monopostos fez o seu retorno triunfal ao velho circuito, após uma ausência de 24 anos desde a prova da Fórmula Indy de 1981. Foi o "Watkins Glen Indy Grand Prix presented by Argent Mortgage" no dia 25 de setembro, que resgatou também a tradicional data de início do outono quando acontecia antigamente o GP dos Estados Unidos de Fórmula 1. A corrida teve 60 voltas num circuito de 3,400 milhas (5,470 km), totalizando 204 milhas de extensão.

Como curiosidade histórica, o circuito resgatou com a Indy um trecho conhecido como "The Boot" (A Bota) que fica logo após a maior reta do circuito e que foi inaugurado no GP dos Estados Unidos de 1972, mas que não vinha sendo utilizado nas corridas da Nascar.

De fato o circuito de Watkins Glen onde a Indy corre difere significativamente do circuito da Nascar pela inclusão da parte da "Bota" e pela exclusão de um trecho chamado de "Inner Loop", uma chicane no final da maior reta do circuito.

O circuito de Watkins Glen onde a Nascar Sprint Cup corre: sem a "Bota" e com o "Inner Loop", tem a extensão de 2,450 milhas (3,900 km). O circuito "Grand Prix" de Watkins Glen onde a Fórmula 1 correu um dia e a Indy corre: com a "Bota" e sem o "Inner Loop", extensão de 3,400 milhas (5,470 km).

As curvas de Watkins Glen são uma atração a parte. Embora seja um circuito misto permanente, as curvas possuem inclinações variando de 6 a 10 graus. Por outro lado, em se tratando de uma pista antiga, a largura é em média de apenas 38 pés (cerca de 11,5 metros), o que durante a corrida poderá ser pouco, tornando o circuito estreito. Exemplificando, a prova em Watkins Glen poderá eventualmente ser como em Sonoma, onde um carro lento poderá seguir trajetórias defensivas e segurar todo mundo atrás dele, tornando as ultrapassagens escassas e difíceis.

Mas isso são apenas detalhes. Rever Watkins Glen será reviver a própria história do automobilismo, pois o traçado da pista está praticamente como era em 1972, com pouquíssimas modificações. Continua sendo um circuito muito rápido e assustador, de deixar os cabelos em pé. Imperdível para quem gosta de automobilismo.

Como é habitual nesse tipo de pista, a sexta-feira é marcada por duas sessões de treinos livres, em que as equipes procuram trabalhar em condições de corrida e encontrar as regulagens ideais para os carros. No sábado, os 27 pilotos serão divididos em dois grupos para mais uma sessão livre, que antecede a qualificação, novamente dividida em três setores, nos quais os mais velozes avançam até a superpole.

Confira a programação para o GP de Watkins Glen, décima etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (04/07)
11h15 - treino livre
16h30 - treino livre

Sábado (05/07)
10h30 - treino livre
14h30 - treino classificatório

Domingo (06/07)
11h30 - warm up
16h30 - GP de Watkins Glen (60 voltas)

Vencedor em 2007: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2007: Hélio Castro Neves (BRA)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Indy 2008: 9ª etapa – Richmond



9ª etapa - GP de Richmond
Tony Kanaan foge das batidas para vencer em Richmond

Hélio Castro Neves chega em segundo e completa dobradinha brasileira

O brasileiro Tony Kanaan aproveitou a vantagem de ter largado na primeira posição de largada, além da última parada nos pits do seu companheiro de equipe Marco Andretti, para levar no sábado, na corrida de Richmond, sua primeira vitória nesse oval e na temporada 2008 da Fórmula Indy.

Em uma noite em que metade dos 26 bólidos que participaram da corrida abandonou por conta de acidentes, Kanaan teve muita sorte, evitando o caos que causou nove bandeiras amarelas (cifra que igualou o recorde). Assim, o brasileiro rumou para sua 13ª vitória na Fórmula Indy (somente levando em conta as corridas sancionadas pela IRL).

A conquista veio seis dias depois de Kanaan, que liderava no oval de Iowa, bater no muro por um erro seu quando faltavam 71 voltas da bandeira quadriculada. O piloto da Andretti Green acredita que teve sorte em Richmond. Também considerou decisivo largar na ponta. "Fomos beneficiamos por começar na frente. Esta é uma típica corrida em Richmond, muito difícil, muito longa", explicou.

"Foi uma dura corrida. Eu acho que tínhamos um carro forte. O Marco, também. Nós dividimos as estratégias apenas para tentar cobrir as duas bases, e finalmente a sorte estava do meu lado", comemorou Kanaan.

Outro brasileiro, Hélio Castro Neves, da Penske, largou na 18ª posição, porém aproveitou de um grande trabalho de sua equipe nos pits stops para poder brigar e terminar em segundo, fazendo a dobradinha brasileira, seguido pelos pilotos da Ganassi, Scott Dixon e Dan Wheldon. O espanhol Oriol Servia, da KV, foi o quinto e Danica Patrick, companheira de equipe de Tony, a sexta.

O inglês Justin Wilson, da Newman Haas Lanigan, Townsend Bell, da Dreyer & Reinbold, Marco Andretti, da Andretti Green e Ernesto Viso, da HVM, completaram a lista dos dez melhores classificados em Richmond.

Castro Neves reclamou que sofreu problemas com a aderência de seu carro no transcorrer da corrida, e por fim enalteceu o desempenho demonstrado pelos pilotos da concorrente Andretti Green.

"Tentamos tudo. A Penske fez um grande trabalho nos nossos pit stops. Estava tentando tudo que podia para melhorar de posição. A única chance foi tirar o máximo das relargadas e da largada da corrida. A Andretti Green estava muito melhor do que nós. Eles pareceram estar mais consistentes, especialmente quando os pneus começavam a se desgastar um pouco. É uma pena", comentou.

Mas quem realmente tinha motivos para se sentir injustiçado era o piloto da Conquest, Jaime Câmara Neto, brasileiro estreante na Indy. Largando em vigésimo quarto, teve uma brilhante atuação, realizando dez ultrapassagens na largada, e depois ainda liderou 44 voltas.

Infelizmente, quando estava em terceiro, ainda restando 83 voltas para a bandeirada final, seu carro saiu de traseira e acertou o muro com violência, sendo obrigado a abandonar, mas ao menos ele não sofreu nenhum ferimento. "Foi uma pena, pois era uma corrida para um excelente resultado. O momento do acidente foi muito estranho porque o carro escapou do nada. Eu já entrava na reta, depois da curva quatro, quando ele saiu de traseira. Apesar de tudo, mostramos que somos competitivos. Vamos para Watkins Glen mais confiantes", lamentava Câmara.

GP de Richmond
9ª etapa - 28/06/2008

Circuito oval com 0,75 milha
Richmond International Raceway - Richmond, Virgínia (Estados Unidos)
1) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 2h04min05s5111, 300 voltas
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 4s7691
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 6s6504
4) Dan Wheldon (ING/Ganassi), a 7s7270
5) Oriol Servia (ESP/KV), a 10s7701
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 10s9198
7) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 16s3094
8) Townsend Bell (EUA/Dreyer & Reinbold), a 17s5175
9) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 1 volta
10) Ernesto Viso (VEM/HVM), a 2 voltas
11) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 62 voltas
12) Darren Manning (ING/Foyt), a 65 voltas
13) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 80 voltas
14) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 83 voltas
15) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 142 voltas
16) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 157 voltas
17) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 157 voltas
18) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 169 voltas
19) Marty Roth (CAN/Roth), a 183 voltas
20) Vitor Meira (BRA/Panther), a 209 voltas
21) John Andretti (EUA/Roth), a 209 voltas
22) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 220 voltas
23) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 222 voltas
24) AJ Foyt IV (EUA/Vision), a 271 voltas
25) Will Power (AUS/KV), a 292 voltas
26) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 294 voltas

A classificação da Indy após nove etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 351 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 308 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 299 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 269 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 220 pontos
6) Hideki Mutoh (Andretti Green) 216 pontos
7) Marco Andretti (Andretti Green) 211 pontos
8) Ryan Briscoe (Penske) 210 pontos
9) Oriol Servia (KV) 194 pontos
10) Ed Carpenter (Vision) 185 pontos
11) Will Power (KV) 179 pontos
12) Ernesto Viso (HVM) 170 pontos
13) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 170 pontos
14) A.J. Foyt IV (Vision) 165 pontos
15) Vitor Meira (Panther) 163 pontos
16) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 161 pontos
17) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 159 pontos
18) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 156 pontos
19) Darren Manning (Foyt) 149 pontos
20) Enrique Bernoldi (Conquest) 148 pontos
21) Mario Moraes (Dale Coyne) 114 pontos
22) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 113 pontos
23) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 95 pontos
24) Marty Roth (Roth) 84 pontos
25) Jaime Câmara (Conquest) 74 pontos
26) John Andretti (Roth) 71 pontos
27) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 63 pontos
28) Jay Howard (Roth) 62 pontos
29) Mario Dominguez (Pacific Coast) 57 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Fisher) 10 pontos

Richmond International Raceway



Na segunda de seis corridas consecutivas da maratona do meio de temporada da Fórmula Indy ocorre outra prova noturna, a terceira do ano. O desafio agora é no Richmond International Raceway, um circuito oval de 0,750 milha, localizado na cidade de Richmond , capital do estado da Virgínia, no sudeste dos Estados Unidos.

O traçado do oval possui curvas com inclinações de 14 graus, com uma volta sendo percorrida em torno de 15 segundos durante a corrida. A classificação para o grid de largada será definido com a média das quatro voltas cronometradas de cada piloto.

O desenho da pista lembra a letra "D", com a largada e a bandeirada ocorrendo em uma curva de raio longo e existe somente uma reta nesse circuito que possui características mais parecidas com as do oval Milwaukee do que em relação a também curtíssima pista de Iowa.

A expectativa é de uma prova dura com bastante tráfego, ao mesmo tempo em que é complicado de conseguir ultrapassagens, sendo primordial preparar o carro para acelerar bem com nessas circunstâncias, algo inevitável em um traçado tão pequeno como o de Richmond.

O brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, disputa em Richmond, sua 90ª corrida na Indy (contando somente o período em que o campeonato é administrado por Tony George). Mesmo que Kanaan nunca tenha vencido nesse circuito, é onde ele acredita que vai ocorrer sua primeira vitória nesse ano.

Desde sua temporada de estréia na Andretti Green em 2003, Kanaan acumula um título (2004) e um vice-campeonato (2005), mais 12 vitórias, 9 poles positions, 60 provas entre os cinco primeiros e 70 vezes entre os dez primeiros colocados.

"É uma boa marca na carreira, mas espero aumentá-la ainda muito mais. Quando você tem 26 ou 27 carros num circuito com menos de uma milha, certamente é um grande desafio. Acho que será a prova mais estressante de toda a temporada", explicou Kanaan.

"Por isso, além de um carro competitivo, temos que evitar qualquer confusão no tráfego e nos pits também. Espero ter um ótimo carro, como tive na semana passada. Vamos fazer de tudo para conquistarmos nossa primeira vitória na temporada. Precisamos muito dela nesse momento", comentou.

Confira a programação para o GP de Richmond, nona etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Quinta-feira (26/06)
17h00 - treino dos novatos

Sexta-feira (27/03)
13h00 - treino livre
16h15 - treino livre
20h30 - treino classificatório

Sábado (28/06)
21h00 - GP de Richmond (300 voltas)

Vencedor em 2007: Dario Franchitti (ESC)
Pole em 2007: Dario Franchitti (ESC)

Indy 2008: 8ª etapa – Iowa



8ª etapa - GP de Iowa
Economia de Etanol dá vitória a Wheldon
Com a vitória no Iowa, inglês reduz diferença para o líder Dixon para 49 pontos no campeonato

O inglês Dan Wheldon, da Ganassi, celebrou o seu trigésimo aniversário com uma vitória no Grande Prêmio de Iowa, sua segunda vitória na temporada da Fórmula Indy. Wheldon assumiu a ponta depois de uma bandeira amarela quando faltavam 90 voltas para o final e assumiu o risco de não entrar nos pits no fim.

A aposta funcionou, uma vez que Wheldon foi capaz de superar Hideki Mutoh que terminou em segundo, e Marco Andretti, em terceiro, pilotos da equipe Andretti Green. O inglês doou seu prêmio (cerca de 60 mil dólares) para as vítimas das recentes inundações e tornados que desmataram o estado de Iowa naquela semana.

"Minha esposa e eu viemos de carro desde Chicago até aqui. Vimos às enchentes, e foi algo de cortar o coração. Penso que isso é algo que deveria e, felizmente, posso fazer", disse.

O brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, que protagonizou um intenso duelo com seu compatriota Hélio Castro Neves, da Penske, revezando-se na liderança por várias vezes durante parte da corrida, perdeu o controle do seu carro e foi de encontro ao muro quando restavam 40 voltas para o final. O acidente impediu Kanaan de figurar entre os cinco primeiros pela segunda vez em sete corridas. Ele acabou sendo o 18º colocado.

"Eu perdi o carro e bati. Não é o caso de dizer se alguma coisa quebrou só porque alguém me disso isso, pois isto realmente eu não posso afirmar. Eu tentei ver alguma coisa no replay, mas ainda não identifiquei nada. Foi totalmente frustrante, pois com certeza eu tinha um carro capaz de vencer a corrida, e meus mecânicos fizeram um excelente trabalho nos pits", afirmou.

Castro Neves também ficou para trás. Entrou nos pits quando ainda faltavam 20 voltas, por conta da perda de pressão no pneu dianteiro direito, caindo para a 14ª posição, o seu pior resultado na temporada. "O carro estava ótimo, lideramos a maioria das voltas, mas após nossa última parada, eu senti uma mudança no comportamento do carro, e achei que tínhamos um problema de pneu. O pessoal olhou e estávamos perdendo pressão devagar", explicou.

Após largar na pole position, o líder do campeonato Scott Dixon, da Ganassi, não tinha um bom desempenho nas primeiras voltas, porém reagiu quando passou a usar traçado mais próximo do muro, terminado em quarto, ampliando a vantagem em relação ao vice-líder Castro Neves para 48 pontos.

Já os resultados dos outros brasileiros foram os seguintes: Vitor Meira (Panther) perdeu tempo nos boxes e chegou em 15º. Enrique Bernoldi (Conquest), Mario Moraes (Dale Coyne) e Jaime Câmara (Conquest) abandonaram. Bruno Junqueira (Dale Coyne) não largou, pois bateu nos treinos, quebrando a suspensão e sua equipe não reparou o carro a tempo.

GP de Iowa
8ª etapa - 22/06/2008

Circuito oval com 1,3 milha
Iowa Speedway - Newton, Iowa (Estados Unidos)
1) Dan Wheldon (ING/Ganassi), 250 voltas
2) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 0s1430
3) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 0s9028
4) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 1s2726
5) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 1s3564
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 1s9115
7) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 3s9780
8) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 4s4888
9) Will Power (EUA/KV), a 5s6158
10) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 7s7886
11) John Andretti (EUA/Roth), a 8s4639
12) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 8s7225
13) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 12s5775
14) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 2 voltas
15) Vitor Meira (BRA/Panther), a 2 voltas
16) Oriol Servia (ESP/KV), a 3 voltas
17) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 8 voltas
18) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 39 voltas
19) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 58 voltas
20) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 117 voltas
21) Darren Manning (ING/Foyt), a 156 voltas
22) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 172 voltas
23) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 212 voltas
24) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), a 224 voltas

A classificação da Indy após oito etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 316 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 268 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 267 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 216 pontos
5) Hideki Mutoh (Andretti Green) 199 pontos
6) Ryan Briscoe (Penske) 195 pontos
7) Danica Patrick (Andretti Green) 192 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 189 pontos
9) Will Power (KV) 169 pontos
10) Ed Carpenter (Vision) 166 pontos
11) Oriol Servia (KV) 164 pontos
12) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 156 pontos
13) A.J. Foyt IV (Vision) 153 pontos
14) Vitor Meira (Panther) 151 pontos
15) Ernesto Viso (HVM) 150 pontos
16) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 147 pontos
17) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 144 pontos
18) Enrique Bernoldi (Conquest) 138 pontos
19) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 135 pontos
20) Darren Manning (Foyt) 131 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 101 pontos
22) Mario Moraes (Dale Coyne) 101 pontos
23) Marty Roth (Roth) 72 pontos
24) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 71 pontos
25) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 63 pontos
26) Jay Howard (Roth) 62 pontos
27) John Andretti (Roth) 59 pontos
28) Jaime Câmara (Conquest) 58 pontos
29) Mario Dominguez (Pacific Coast) 57 pontos
30) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Fisher) 10 pontos

terça-feira, 8 de julho de 2008

Vídeo do Dia: Fórmula Atlantic 2008

Para os que gostam das categorias de acesso, indico alguns vídeos das corridas da atual temporada da Fórmula Atlantic que durante anos formou alguns dos melhores pilotos que correram no automobilismo da América do Norte (Bobby Rahal, Danny Sullivan, Michael Andretti, Jacques Villeneuve e Jimmy Vasser) e da Fórmula 1 (como Keke Rosberg e Gilles Villeneuve) a partir da década de 1970.

Após a unificação entre a IRL e a Champ Car, que proporcionou o retorno de uma única categoria de Fórmula Indy, a Atlantic estava à procura de um órgão esportivo que a gerisse, até que fechou um acordo com a IMSA (International Motor Sports Association), organizadora entre outras, da American Le Mans Series dos campeonatos da Fórmula Mazda e Fórmula BMW norte-americana, entre outros.

Esses são os vídeos das primeiras duas etapas (Long Beach e Laguna Seca), dica do amigo Parachoques:

1ª etapa: GP de Long Beach (199.2MB)

http://www.sendspace.com/file/86qqsq

2ª etapa: GP de Laguna Seca (197.5MB)

http://www.sendspace.com/file/aiddx6

O atual líder da competição é o holandês Junior Strous com 88 pontos, seguido de perto pelo canadense James Hinchcliffe que tem três pontos de desvantagem, e com quatro pontos atrás, o finlandês Markus Niemela.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Iowa Speedway



Nesse final de semana a Fórmula Indy começa uma grande maratona, com seis corridas em seis finais de semana consecutivos. Até o dia 26 de julho, pilotos e equipes disputam as corridas aos sábados e domingos alternadamente.

O primeiro desafio é no Iowa Speedway é um circuito oval de 0,875 milha, com uma parte mista também asfaltada (1,3 milha), pertencente a U.S. Motorsport Corporation, localizada na cidade de Newton, Iowa, cerca de 48 km de Des Moines.

A pista foi desenhada e construída por Rusty Wallace, umas das estrelas da Nascar, inspirando-se no oval de Richmond, onde Wallace sempre se destacou, e possui capacidade para receber 25.000 pessoas em suas arquibancadas.

O traçado do oval possui curvas com inclinações que variam de 12 a 14 graus, com a reta principal tendo 10 graus. Iowa é o único circuito do calendário da Indy que possui seus muros totalmente revestidos pelo Safer Barrier, moderno sistema de segurança, que absorve uma grande parte da energia cinética liberada pelos carros quando se chocam contra o muro.

Em 24 de junho do ano passado, ocorreu a estréia da Fórmula Indy em Iowa, com a vitória ficando com o escocês Dario Franchitti, atual campeão da categoria e que hoje está disputando a Nascar. Um público em torno de 35 mil pessoas acompanhou a corrida, que entrou para história como uma das mais confusas e monótonas da história da Indy.

A prova teve tantos acidentes que dos 19 carros que largaram somente oito completaram o percurso, enquanto sete encontraram o muro do circuito. Foram 67 voltas em bandeira amarela das 250 disputadas. O traçado desse oval é muito curto, dificultando as disputas por posição, já que não existem pontos de ultrapassagem, exigindo muito esforço físico dos pilotos.

Outro problema é a existência de somente uma trajetória ideal. Com isso, não é possível para os pilotos andar lado a lado e para piorar, em poucas voltas forma-se um trilho, fora do qual os pneus se enchem de detritos, fazendo os carros perderem velocidade ou pode ocasionar um acidente. Mais do que velocidade nas retas muito curtas, o que importa para ir bem nessa pista são velocidade e retomada nas curvas. O importante é largar nas primeiras posições e tentar ultrapassar nas relargadas.

Para melhorar a competição, no início de outubro de 2007 a Indy Car, juntamente com a Firestone, realizou testes com o pacote aerodinâmico e os pneus usados normalmente em ovais curtos para analisar as mudanças que seriam necessárias para melhorar o espetáculo para a corrida desse ano. A nova configuração que será utilizada nesse ano promete tornar as disputas mais intensas.

"Gostei muito de guiar por lá (Iowa) no ano passado, pela Indy Lights. Acredito que será uma corrida difícil. Vai ser interessante ver tantos carros em uma pista tão curta. Deverá ser um bom show, com muitas ultrapassagens", explicou um animado Jaime Câmara Neto.

Confira a programação para o GP de Iowa, oitava etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (20/06)
15h00 - treino livre
18h30 - treino livre

Sábado (21/03)
12h30 - treino livre
15h30 - treino livre
19h30 - treino classificatório

Domingo (22/06)
14h30 - GP de Iowa (250 voltas)

Vencedor em 2007: Dario Franchitti (ESC)
Pole em 2007: Scott Dixon (NZL)

Indy 2008: 7ª etapa – Texas



7ª etapa - GP do Texas
Dixon vence a primeira no Texas
Neozelandês é favorecido por acidente entre Marco Andretti e Ryan Hunter-Reay; Castro Neves é segundo

Scott Dixon ultrapassou Marco Andretti assumindo o primeiro lugar a seis voltas do fim e, uma volta depois, ocorreu uma bandeira amarela após o acidente entre Andretti e Ryan Hunter-Reay o que fez a prova ser encerrada sem disputas por posições até a bandeira quadriculada.

O neozelandês da Ganassi chegou a sua terceira vitória e o sexto pódio em sete corridas este ano, aumentando sua vantagem no campeonato para 35 pontos em relação ao brasileiro Hélio Castro Neves da Penske.

Na última relargada, quando faltavam somente nove voltas para o fim, Marco Andretti é quem liderava. O jovem norte-americano da Andretti Green, até que conseguiu se desvencilhar do compatriota Ryan Hunter-Reay, mas Dixon assumiu o segundo lugar ao passar o piloto da Rahal Letterman, e três voltas depois, foi à vez de Marco.

Uma volta mais tarde, quando Andretti e Hunter-Reay lutavam pela segunda posição, seus carros se tocaram, batendo com força no muro. Hunter-Reay não sofreu ferimentos, mas Marco estava sentido dores no seu pé direito, tendo de ser ajudado para sair do seu carro. Mais tarde, exames de Raios-X não detectaram lesões.

Em segundo chegou Hélio Castro Neves, seguido pelo seu companheiro de equipe Ryan Briscoe, que tornou uma volta, ainda no começo da prova, por uma irregularidade durante os pits, enquanto o segundo piloto da Ganassi, Dan Wheldon, foi o quarto mesmo com uma lesão no tornozelo direito, resultado do acidente sofrido nos treinos de sexta-feira quando acabou capotando.

Entre os outros brasileiros, o melhor colocado foi Tony Kanaan, da Andretti Green, que completou os cinco primeiros colocados. Vitor Meira, da Panther, foi o sétimo, Bruno Junqueira e Mario Moraes, ambos da Dale Coyne, foram 15º e 18º, respectivamente. Enrique Bernoldi, da Conquest, mesmo com o acidente, foi o 23º e o seu companheiro Jaime Câmara terminou em 24º lugar.

A vitória provou o grande momento de Dixon e da Ganassi na temporada 2008 da Indy. Ele liderou 633 das 1327 voltas das sete corridas realizadas até aqui e, com a vitória obtida por Wheldon nos Kansas, a equipe Ganassi possui quatro vitórias nesse ano.

Dixon foi novamente impecável em Fort Worth, mantendo-se sempre nas primeiras posições durante a maior parte da corrida, liderando 58 voltas, e conseguindo sua primeira vitória no oval do Texas Motor Speedway.

Foi uma prova com muitas disputadas, principalmente nas primeiras 120 voltas. A primeira de várias bandeiras amarelas correu na 11ª volta, por conta da rodada do mexicano Mario Dominguez, que possibilitou Castro Neves assumir a liderança pela primeira vez.

Hélio ficou envolvido numa ferrenha disputa para se manter na frente até ser finalmente ultrapassado por Marco Andretti na 98ª volta. A situação piorou para o brasileiro quando ele foi fazer o pit stop e acabou ultrapassado o limite de velocidade do pit lane, sendo obrigado a cumprir um drive through e caiu para a 15ª posição e quase perdendo uma volta em relação aos ponteiros. Dixon ultrapassa Andretti na 115ª volta assumindo a ponta.

Aproveitando uma bandeira amarela acionada na 165ª volta, por conta de detritos na reta oposta, Dixon efetua sua parada para reabastecimento e troca de pneus, quando faltavam 55 voltas para o encerramento. Quem se aproveitou da situação foi Vitor Meira, que havia feito sua parada antes da interrupção e se tornou o novo líder, seguido por Dixon, Andretti, Hunter-Reay, Wheldon, Kanaan e Castro Neves.

A disputa recomeçou na 176ª volta, com Hunter-Reay ultrapassando Andretti e Dixon. Depois Dixon retorna o segundo lugar sendo logo depois superado por Andretti, caindo para terceiro e Hunter-Reay era o quarto. Meira entra para seu último pit stop, caindo para o oitavo lugar e poucas voltas depois, a prova é novamente interrompida, graças a batida de Enrique Bernoldi no muro da curva 2.

Nova relargada ocorre a oito voltas do final. Marco Andretti liderava, enquanto isso, Dixon supera Hunter-Reay e logo o neozelandês também está na frente de Andretti. Então quando Hunter-Reay tenta ultrapassar Marco, mas acaba tocando no concorrente, causando um acidente, a menos de seis voltas para o fim. Sobre bandeira amarela, Scott Dixon vence. Ele lamentou que sua vitória no Texas tivesse ocorrido após o acidente envolvendo seus concorrentes diretos. "É ótimo para mim e para a equipe", disse. "Lamento ver isto terminar sob amarela. Teria sido uma vitória boa e limpa. É uma pena que isto tenha acontecido, mas foi bom para nós", completou.

Outro que tinha esse mesmo sentimento era seu patrão Chip Ganassi, que afirmava que o público da Indy merecia algo melhor que o anticlímax das últimas voltas. "Vi parte do público se retirando antes da bandeira final. Isso é decepcionante. Eles vieram ver um espetáculo e têm direito de ver uma boa disputa pela vitória. Precisamos pensar em um jeito de dar o que os torcedores merecem", disse.

GP do Texas
7ª etapa - 07/06/2008
Circuito oval com 1,5 milha
Texas Motor Speedway - Fort Worth, Texas (Estados Unidos)

1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 228 voltas
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 0s0479
3) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 0s6173
4) Dan Wheldon (ING/Ganassi), a 3s3000
5) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 4s3124
6) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 0s0571
7) Vitor Meira (BRA/Panther), a 1 volta
8) Buddy Rice (EUA/Dreyer & Reinbold), a 1 volta
9) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 1 volta
10) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 1 volta
11) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 1 volta
12) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 2 voltas
13) Will Power (EUA/KV), a 2 voltas
14) Ernesto Viso (VEN/HVM), a 2 voltas
15) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), a 2 voltas
16) John Andretti (EUA/Roth), a 2 voltas
17) Milka Duno (VEN/Dreyer & Reinbold), a 2 voltas
18) Mário Moraes (BRA/Dale Coyne), a 5 voltas
19) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 6 voltas
20) Ryan Hunter-Reay (EUA/Rahal Letterman), a 6 voltas
21) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), a 6 voltas
22) Marty Roth (CAN/Roth), a 7 voltas
23) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), a 18 voltas
24) Jaime Câmara (BRA/Conquest), a 18 voltas
25) Tomas Scheckter (AFS/Luczo Dragon), a 172 voltas
26) Oriol Servia (ESP/KV), a 181 voltas
27) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), a 189 voltas
28) Darren Manning (ING/Foyt), a 209 voltas

A classificação da Indy após sete etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 284 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 249 pontos
3) Dan Wheldon (Ganassi) 217 pontos
4) Tony Kanaan (Andretti Green) 204 pontos
5) Ryan Briscoe (Penske) 169 pontos
6) Danica Patrick (Andretti Green) 164 pontos
7) Hideki Mutoh (Andretti Green) 159 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 154 pontos
9) Ed Carpenter (Vision) 154 pontos
10) Oriol Servia (KV) 150 pontos
11) Will Power (KV) 147 pontos
12) Vitor Meira (Panther) 136 pontos
13) Ernesto Viso (HVM) 133 pontos
14) Ryan Hunter-Reay (Rahal Letterman) 132 pontos
15) Buddy Rice (Dreyer & Reinbold) 132 pontos
16) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 127 pontos
17) Enrique Bernoldi (Conquest) 125 pontos
18) A.J. Foyt IV (Vision) 123 pontos
19) Darren Manning (Foyt) 119 pontos
20) Justin Wilson (Newman Haas Lanigan) 117 pontos
21) Bruno Junqueira (Dale Coyne) 96 pontos
22) Mario Moraes (Dale Coyne) 89 pontos
23) Townsend Bell (Dreyer & Reinbold) 71 pontos
24) Marty Roth (Roth) 67 pontos
25) Jay Howard (Roth) 62 pontos
26) Mario Dominguez (Pacific Coast) 57 pontos
27) Franck Perera (Conquest) 56 pontos
28) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 51 pontos
29) Jaime Câmara (Conquest) 46 pontos
30) John Andretti (Roth) 40 pontos
31) Tomas Scheckter (Luczo Dragon) 34 pontos
32) Roger Yasukawa (Beck) 16 pontos
33) Davey Hamilton (Kingdom) 16 pontos
34) Buddy Lazier (Hemelgarn) 13 pontos
35) Alex Lloyd (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Jeff Simmons (Foyt) 10 pontos
37) Sarah Fisher (Fisher) 10 pontos