Indy 2009: 8ª etapa - GP de Richmond

8ª etapa - GP de Richmond
Dixon lidera dobradinha da Ganassi

O neozelandês Scott Dixon conquistou no último sábado à noite a terceira vitória na temporada no GP de Richmond, 8ª etapa da Fórmula Indy. Ele igualou o número de vitórias de Sam Hornish Jr., chegando à décima nona da carreira. Tradicionalmente o oval de 0,750 milha é abundante em surpresas. Este ano não foi diferente graças ao grande número de acidentes que custaram caro aos líderes do campeonato.

Ao tremular a bandeira verde, um incidente tirava de ação um dos carros. O azarado era Jaques Lazier, da 3G, que após a largada, rodou e bateu na curva 2. Durante a neutralização somente Mário Moraes foi ao pits para reabastecer. O pole Dario Franchitti liderava, seguido por Scott Dixon, Ryan Briscoe, Castro Neves e Matos.

Na 8ª volta, Franchitti relarga à frente do seu companheiro Dixon, mantendo a dianteira. Os dois ficam mantendo uma diferença de pouco mais de meio segundo até a 27ª volta, quando o terceiro colocado Briscoe bateu violentamente na curva 2, ocasionando a segunda amarela.

O líder do campeonato até Richmond perdeu a traseira do seu carro ao dar aceleração na saída da curva A traseira do carro ficou bastante danificada, mas o australiano nada sofreu. "Foi totalmente inesperado. Não sei exatamente o que aconteceu. Eu estava pilotando no limite, apenas voltado ao acelerador quando bati. Pegou-me completamente de surpresa", disse Briscoe.

Durante essa bandeira amarela, Hideki Mutoh e Danica Patrick, não fizeram o pit stop. Mutoh aproveita para liderar suas primeira voltas em sua imberbe carreira na Indy. A corrida recomeça na 38ª volta com japonês se mantendo em primeiro. Três voltas depois, Franchitti ultrapassa Patrick por fora na curva 2, assumindo a segunda posição, antes de retomar a liderança na 105ª volta, aproveitando que Mutoh fez seu pit stop.

A corrida fluiu sem interrupções por uma centena de voltas. Então, na 138ª volta, Mike Conway volta para sua antiga rotina. Com pneus frios pouco após fazer a parada, o inglês foi atrapalhado por Ed Carpenter, que o impediu de seguir pelo traçado ideal, batendo na curva 4. Atrás do safety car, Franchitti ainda era o líder, mas vai perder a ponta por causa do seu consumo de combustível.

Os líderes aproveitaram a bandeira amarela para fazer o último pit stop. Dixon assumiu a liderança, deixando Franchitti para trás. O maior favorecido foi Graham Rahal, que havia antecipado sua parada e ganhou cinco posições, figurando na terceira colocação. No retorno, os oito primeiros eram Dixon, Franchitti, Rahal, Mutoh e Patrick. Castro Neves, Matos, Kanaan.

Assim que a pista foi limpa, a bandeira verde foi dada na 154ª volta. Dixon dominava, seguindo de perto por Franchitti. Até a bandeirada, a diferença entre os dois companheiros de Ganassi não excede quatro décimos de segundo. Mas a pista está muito escorregadia fora da linha ideal, era quase impossível para o escocês tentar uma manobra para desalojar Dixon da sua posição de líder.

Na 248ª volta, Castro Neves perdeu o controle do seu carro na saída da curva 2. O brasileiro culpou Tomas Scheckter, que errou na sua frente e por pouco não colidiu com o muro. Hélio desacelerou bruscamente, pegando a sujeira na pista e indo direto ao muro. "As coisas corriam muito bem, mas o cara na minha frente freou muito forte e eu não tinha para onde ir. Tentei evitar, mas infelizmente acabei no muro. Eu não tinha espaço. Não sei o que aconteceu, mas todos caíram ritmo muito de repente", explicou Castro Neves.

Dixon venceu pela segunda vez em Richmond, resultado que perseguia desde 2003. Apesar de um difícil começo de temporada, o neozelandês vem aos poucos repetindo as atuações que lhe rederam o segundo título. Ele é o piloto mais vitorioso em 2009. Todas as conquistas foram em ovais: Kansas, Milwaukee e Richmond. A Ganassi vem de duas vitórias consecutivas. A outra foi no Iowa com Franchitti. Com mais esse sucesso, a equipe lentamente começa a superar os rivais da Penske. Após oito corridas, ela já ganhou cinco. Franchitti agora lidera com 279 pontos no campeonato, apenas um a mais que Dixon, no duelo interno da Ganassi, enquanto Briscoe caiu para terceiro, 26 pontos atrás do líder.

GP de Richmond
8ª etapa - 27/06/2009
Circuito oval com 0,75 milha
Richmond International Raceway - Richmond, Virgínia (Estados Unidos)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 1h29min20s9758
2) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 0s4592
3) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 1s6808
4) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 46s4615
5) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 47s6527
6) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 299 voltas
7) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 299 voltas
8) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 299 voltas
9) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 299 voltas
10) Dan Wheldon (EUA/Panther), 299 voltas
11) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 299 voltas
12) Ed Carpenter (EUA/Vision), 299 voltas
13) E.J. Viso (VEN/HVM), 299 voltas
14) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 298 voltas
15) Ryan Hunter-Reay (EUA/Foyt), 298 voltas
16) Mário Moraes (BRA/KV), 297 voltas
17) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 295 voltas
18) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 135 voltas
19) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 26 voltas
20) Jaques Lazier (EUA/3G), 1 volta

A classificação da Indy após oito etapas
1) Dario Franchitti (Ganassi) 279 pontos
2) Scott Dixon (Ganassi) 278 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 253 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 225 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 219 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 204 pontos
7) Tony Kanaan (Andretti Green) 190 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 185 pontos
9) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 180 pontos
10) Hideki Mutoh (Andretti Green) 174 pontos
11) Raphael Matos (Luczo Dragon) 144 pontos
12) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 143 pontos
13) Ed Carpenter (Vision) 143 pontos
14) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 141 pontos
15) Justin Wilson (Dale Coyne) 135 pontos
16) Mário Moraes (KV) 122 pontos
17) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 108 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 103 pontos
19) Will Power (Penske) 99 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 99 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 75 pontos
22) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
23) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
24) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
25) Jacques Lazier (3G) 41 pontos
26) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
27) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
28) Paul Tracy (KV) 35 pontos
29) Townsend Bell (KV) 32 pontos
30) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
31) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
32) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
33) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
34) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
35) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

Richmond International Raceway

A Fórmula Indy realizará oitava etapa de sua atual temporada no próximo sábado à noite. É a segunda prova noturna do ano e acontece no menor traçado da competição, o Richmond International Raceway, com 0,750 milha, localizado na cidade de Richmond, capital do estado da Virgínia, no sudeste dos Estados Unidos.

Esse oval possui curvas com inclinações de 14 graus, com uma volta sendo percorrida em torno de 15 segundos durante a corrida. A classificação para o grid de largada será definido com a média das quatro voltas cronometradas de cada piloto.

O desenho da pista lembra a letra "D", com a largada e a bandeirada ocorrendo em uma curva de raio longo e existe somente uma reta nesse circuito que possui características mais parecidas com as de Milwaukee que em relação ao também curtíssimo oval de Iowa.

Ao contrário de traçados longos como os do Texas, em circuitos curtos como Richmond, os pilotos mais técnicos fazem a diferença, tendo mais facilidade em encontrar o acerto correto. É uma pista que exige reduções de marcha e frenagens constantes, e por isso não é um local onde os pilotos andem com o pé no acelerador todo o tempo, como acontece na maioria dos ovais, quando o carro recebe quase todo o crédito pelo desempenho.

A expectativa é de uma prova dura com bastante tráfego, ao mesmo tempo em que é complicado de conseguir ultrapassagens, sendo primordial preparar o carro para acelerar bem com nessas circunstâncias, algo inevitável em um traçado tão pequeno como o de Richmond.

Os brasileiros venceram duas dentre as quatro últimas provas realizadas. Em 2005, Hélio Castro Neves, enquanto Tony Kanaan foi o vitorioso em 2008 e desde então, o baiano nunca mais subiu ao topo do pódio na Indy.

"Richmond é sempre um desafio para o piloto e engenheiro, mas acredito que temos um bom caminho para seguir desde os treinos livres de sexta. Está na hora de vencer de novo, pois faz quase um ano que não venço. Espero ir ao topo do pódio nesse sábado e acabar com isso", torce Tony.

Confira a programação para o GP de Richmond, oitava etapa da temporada de 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (26/06)
14h00min - treino livre
18h30min - treino livre
22h00min - treino classificatório

Sábado (27/06)
21h00min - GP de Richmond (300 voltas)

Vencedor em 2008: Tony Kanaan (BRA)
Pole em 2008: Tony Kanaan (BRA)

Galeria da Fama: Gil de Ferran (parte 1)

Gil de Ferran nasceu no dia 11 de novembro de 1967 na cidade de Paris, França. Seu pai, o engenheiro mecânico francês Luc de Ferran, estava estagiando na Renault, para desenvolver o projeto do Ford Corcel para a filial brasileira da gigante norte-americana. Com nove meses de vida já estava no Brasil.

Casado com a inglesa Angela Buckland desde 1993, pai de Anna Elizabeth e Luke, Gil é conhecido pela sua excepcional formação técnica, pois ele estudou engenharia, o que contribui para se tornar um brilhante acertador de carros, tendo com isso a admiração e a amizade de lendas do automobilismo como Jim Hall e Jackie Stewart. Ele também possui a fama de ser um sujeito educado e carismático mesmo aparentando ser calado e introvertido à primeira vista.

Com 5 anos, inspirado pelo sucesso do compatriota Emerson Fittipaldi, Gil começou sua carreira no kart no início dos anos 1980. Após ser campeão paulista e vice-campeão brasileiro da modalidade, ele foi para a Fórmula Ford brasileira em 1985, aonde se sagrou campeão em 1987, vencendo sete corridas. Voltado para tentar ser um piloto da Fórmula 1, ele ruma para Inglaterra correr atrás desse objetivo.

Em quatro anos, os resultados são positivos: terceiro colocado na Fórmula Ford em 1989, depois outra terceira posição, dessa vez na Fórmula Opel Lotus, além do Vice-campeão Inglês de Fórmula Vauxhall Lotus em 1990. Finalmente, em 1992, é campeão da Fórmula 3 Inglesa pilotando para a Paul Stewart Racing, equipe comandada pelo filho do tricampeão da Fórmula 1.

Então, em 1993, ele chegou à Fórmula 3000 Internacional, principal porta de acesso para a maior categoria do automobilismo mundial naquela época. Gil percebe que as dificuldades para se ter uma oportunidade na Fórmula 1 eram maiores do que ele imaginava, ainda mais porque ele não contava com grandes patrocinadores apoiando sua carreira, ao contrário do que ocorria com seu grande rival Rubens Barrichello, por exemplo.

Mesmo prestigiado entre os dirigentes das equipes pelo trabalho desenvolvido para a fabricante de chassis Reynard na Fórmula 3 e 3000, o máximo que Ferran conseguiu foi ter algumas conversas no fim de 1993 com Frank Williams para ser piloto de testes no lugar de David Coulthard. Infelizmente que acabou ficando com a vaga foi o piloto escocês. Testes ele só fez dois.

O primeiro, no final de 1992, foi pela Williams debaixo de chuva, o que não o possibilitou andar no limite do carro. O segundo teste em 1993 com a Arrows o resultado foi ainda pior. Depois de dar somente 20 voltas, ele bateu a cabeça em um caminhão quando rumava para os boxes, precisando levar pontos no ferimento e encerrando ali mesmo a avaliação.

Graças à indicação do amigo Jackie Stewart, o piloto transferiu-se para a Fórmula Indy, em 1995. O dirigente escocês conseguiu uma vaga na Hall, de Jim Hall, uma das principais equipes naquele momento, mas que nunca tinham alcançado resultados condizentes com a estrutura que possuíam. O fato de a equipe utilizar o chassi Reynard também ajudou na negociação.

Seu primeiro ano foi excelente para um estreante. Desde a primeira corrida, ele estava sempre nas primeiras posições, mesmo tendo muitos problemas na maioria das corridas, fruto quase sempre da inexperiência. Na estreia no circuito de rua de Miami, Gil faz melhor tempo na primeira sessão classificatória. Mas na prova, abandona com problemas na caixa de câmbio. Em Surfer's Paradise deixou escapar a chance de chegar numa boa posição ao ter de cumprir um "stop and go" no início da prova, quando lutava com Michael Andretti pelo primeiro lugar, pois queimara a largada.

No oval de Phoenix marca seus primeiros pontos, mesmo tendo rodado, ao ser o 11º colocado. Na corrida em Long Beach largou em terceiro e na largada assume a liderança logo na primeira curva. Depois se envolveu num acidente com Paul Tracy e outra vez não termina. Na quinta etapa do campeonato 1995, realizada na pista oval de Nazareth Gil sofre um forte acidente na 185ª volta. Ele estava passando o também brasileiro Raul Boesel por fora na curva dois, quando esse foi abrindo a curva, o colocando na parte suja do traçado, o jogando para fora. Sem controle, Gil chocar, com força, contra o muro de proteção, destruindo a lateral direita do seu carro.

Nas 500 milhas de Indianápolis, novamente o azar o acompanha. Na batida entre Stan Fox e Eddie Cheever, sua roda dianteira direita foi atingida por um pneu, e com isso saiu da prova. Finalmente, na milha de Milwaukee, um bom resultado. O oitavo lugar teve gosto especial, mesmo com a perda de potência e o alto consumo do motor Mercedes. As dificuldades retornam em Detroit, com Ferran enroscando com Christian Fittipaldi na 28ª volta e concluindo somente no décimo sexto lugar. Portland foi outro pesadelo. Na 75ª volta, quando era quarto, errou uma freada e perdeu posições. Depois, aproveitando-se de abandonos à sua frente, retomou a quarta colocação. Mas faltando duas voltas para o final, seu motor Mercedes quebrou. Acabou em décimo.

Na corrida de Elkhart Lake, Gil perdeu, ao menos, um lugar no pódio por erro de sua equipe. A Hall não fez o pit stop na 31ª volta, em bandeira amarela, preferindo reabastecer depois. E Ferran, líder naquele instante, perdeu posições, ficando fora da zona de pontuação. O piloto ainda saiu da pista, o que liquidou com qualquer chance de recuperação. Em Toronto, outro fracasso. A oito voltas da chegada, quando era o quarto, a embreagem quebrou. Mas o pior momento do ano ficou reservado para na 12ª etapa, disputada no aeroporto de Cleveland.

Gil de Ferran, largando na pole, liderava com folgados dez segundos sobre Michael Andretti quando, na 69ª volta, um acidente com Eric Bachelart causa uma bandeira amarela. Assim, os carros se enfileiram atrás do Pace Car, acabando com todo o esforço feito pelo brasileiro. Foi quando o norte-americano Scott Pruett interferiu no destino da corrida. Retardatário, com uma volta de desvantagem, ele estava entre Ferran e Andretti durante a relargada. Andretti e Gordon ultrapassaram Ferran e os dois se tocaram logo em seguida.

Em segundo, Gil atacava Andretti, com Pruett servindo de escudo. A quatro voltas do final, Pruett e Ferran superam Andretti. Não respeitando a sinalização dos fiscais de pista, o norte-americano não quer saber de dar passagem ao líder. Com isso Gil acerta o carro do amalucado retardatário numa curva, com ambos abandonando. Os dois discutiram asperamente na pista.

Nas 500 milhas de Michigan, atuação discreta e o décimo segundo lugar. Enquanto isso Pruett, o vilão da semana anterior, obtinha em Brooklyn sua primeira vitória na Indy, com uma vantagem de 0s056 sobre seu compatriota Al Unser Jr., após um duelo espetacular nas voltas finais. Em Mid-Ohio, depois de um começo de corrida excelente, quando foi ultrapassou Jacques Villeneuve para assumir segundo lugar, não terminou outra vez com o propulsor da Mercedes quebrado. No oval de New Hampshire começava a recuperação de Gil na tabela de classificação: terminou na sétima posição no dia em que André Ribeiro entrou para a história do nosso automobilismo como o primeiro piloto brasileiro a vencer uma corrida na Fórmula Indy depois de Émerson Fittipaldi.

O GP de Vancouver marca o primeiro pódio e melhor colocação na Indy desde que Gil de Ferran estreou na categoria. O piloto saiu da oitava colocação para chegar em segundo, valendo-se da estratégia de corrida criada pelos engenheiros da Hall. A maré de azar realmente tinha acabado. Na última etapa do campeonato, em Laguna Seca, Gil obtém a primeira vitória e título de estreante do ano. Largando em terceiro, o brasileiro assumiu a ponta na 29ª volta. Liderou a corrida por 54 das 84 voltas, fez dois pit stops precisos e graças à escolha por pneus de um composto mais duro e resistente, ele fez a corrida perfeita. Terminou o ano de 1995 como 14º colocado, acumulando 56 pontos.

Indy 2009: 7ª etapa - GP de Iowa

7ª etapa - GP de Iowa
Franchitti supera Briscoe e vence a segunda no Iowa

Dario Franchitti obteve a segunda vitória na 7ª etapa da temporada 2009 de Fórmula Indy no Iowa Speedway, onde bateu Ryan Briscoe, o líder do campeonato, que dominou toda a corrida, mas que outra vez viu negado seu triunfo num oval pela terceira vez consecutiva. O australiano tinha tudo para, finalmente, ganhar, mas numa parada nos boxes o escocês da Ganassi foi mais rápido e acabou levando a melhor.

O destino da corrida foi decidido no último reabastecimento quando faltavam cinquenta voltas para o final. Enquanto Briscoe mantinha uma vantagem de pouco menos de um segundo na frente de Franchitti dentro da pista, os mecânicos deste último fizeram à diferença: O destino da corrida é decidido no último reabastecimento faltando cinquenta voltas para o final. O escocês levou a melhor sobre o australiano da Penske, assumiu a liderança e conquistou a vitória com uma confortável diferença de 5s0132 sobre Briscoe.

Com esse resultado, Franchitti chegou à vice-liderança do campeonato, somente três pontos atrás do líder Briscoe. "Gosto de correr aqui. Fizemos alguns testes na última quarta-feira. Os mecânicos fizeram um super trabalho com o acerto. Eles estavam incríveis nos pits. Tive de tomar a pista, fazer algumas manobras no tráfego e pronto, estamos aqui nessa posição.", comemorava Dario.

O pódio foi completado por um surpreendente Hideki Mutoh. O japonês da equipe Andretti Green, que não anda fazendo uma boa temporada, tem como seu melhor resultado em sua carreira um segundo lugar no ano passado nesse mesmo oval. "Foi um ótimo para a equipe. Tivemos um grande início de prova e terminei no pódio pela primeira vez nessa temporada. Estou feliz, pois sabia que éramos capazes de ficar na frente durante toda a corrida. Estou vendo avanços para Richmond.", acredita Mutoh.

Dan Wheldon, da Panther, foi o quarto. Assim, os quatro primeiros lugares foram ocupados por quatro equipes diferentes. A seqüência é quebrada por Scott Dixon, da Ganassi, que ficou em quinto. Nas primeiras voltas, quando ultrapassou Hélio Castro Neves para assumir a liderança, Dixon acabou levando um toque do piloto da Penske, e seu pneu traseiro esquerdo furou, o obrigando a antecipar sua parada nos pits.

Largando na pole position após o cancelamento da qualificação, devido à chuva, Hélio Castro Neves poderia ter conseguido algo melhor do que o sétimo lugar. Mas graças ao acidente com Dixon, o tricampeão de Indianápolis perdeu um pedaço da asa dianteira, além de um tempo precioso. No final, seu carro saía muito de frente, o que lhe exigiu uma pilotagem mais conservadora.

Se a prova teve um início complicado graças a quatro bandeiras amarelas em menos de 55 voltas, a situação foi então, de tranqüilidade até a 111ª volta. O brasileiro Tony Kanaan, da Andretti Green, liderava quando, logo após o seu retorno dos boxes, com os pneus frios, acabou perdendo a traseira na curva 3, indo de encontro com o muro. Kanaan chegou a liderar por 49 voltas. O brasileiro não vive uma grande fase neste momento. É seu terceiro abandono nas últimas quatro etapas da Indy. Depois de Indianápolis, seu melhor resultado foi o oitavo lugar no Texas.

"Todo mundo tem reclamado muito dessas ondulações, mas não posso culpar ninguém pelo que aconteceu. Eu acredito que foi uma combinação de pneus frios e eu acelerei um pouco além, pois estava tentando andar forte logo após o meu pit stop. Acredito que foi um erro meu. Pelo menos, desta vez, eu bati o lado direito no muro porque o esquerdo está bem sofrido", disse Kanaan, referindo-se a luxação nas costelas, sequela do acidente em Indianápolis.

O inglês Mike Conway conquistou seu melhor resultado na categoria ao terminar em oitavo lugar, ele avançou 11 posições em relação à largada. Raphael Matos e Mário Moraes abandonaram devido a um acidente. Matos rodou na curva 1 e Moraes para não bater nele desviou, mas quando fez isso, derrapou e acabou tocando no muro. Antes, Moraes fora punido por bloquear os adversários em uma das relargadas.

GP do Iowa
7ª etapa - 22/06/2009
Circuito oval com 1,3 milha
Iowa Speedway - Newton, Iowa (Estados Unidos)
1) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 1h39min47s9077
2) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 5s0132
3) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 10s9769
4) Dan Wheldon (ING/Panther), 17s5807
5) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 249 voltas
6) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 249 voltas
7) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 249 voltas
8) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 249 voltas
9) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 249 voltas
10) Ed Carpenter (EUA/Vision), 248 voltas
11) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 245 voltas
12) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 244 voltas
13) Jaques Lazier (EUA/3G), 237 voltas
14) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 108 voltas
15) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 58 voltas
16) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 53 voltas
17) Mário Moraes (BRA/KV), 52 voltas
18) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 33 voltas
19) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 2 voltas
20) E.J. Viso (VEN/HVM), 0 volta

A classificação da Indy após sete etapas
1) Ryan Briscoe (Penske) 241 pontos
2) Dario Franchitti (Ganassi) 238 pontos
3) Scott Dixon (Ganassi) 226 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 213 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 189 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 184 pontos
7) Tony Kanaan (Andretti Green) 162 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 159 pontos
9) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 145 pontos
10) Hideki Mutoh (Andretti Green) 142 pontos
11) Ryan Hunter-Reay (Vision) 128 pontos
12) Ed Carpenter (Vision) 126 pontos
13) Raphael Matos (Luczo Dragon) 120 pontos
14) Justin Wilson (Dale Coyne) 119 pontos
15) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 119 pontos
16) Mário Moraes (KV) 108 pontos
17) Will Power (Penske) 99 pontos
18) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 96 pontos
19) Ernesto Viso (HVM) 85 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 80 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 75 pontos
22) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
23) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
24) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
25) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
27) Paul Tracy (KV) 35 pontos
28) Townsend Bell (KV) 32 pontos
29) Jacques Lazier (3G) 29 pontos
30) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
31) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
32) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
33) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
34) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
35) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos

36) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

Iowa Speedway

Após uma ausência que durou duas semanas, a Fórmula Indy retorna para a sétima etapa da temporada 2009. A corrida acontece nesse domingo às 14h30min no Iowa Speedway, o segundo menor circuito oval da categoria com 0.875 milha. Ele fica localizado na cidade de Newton, distante 48 quilômetros de Des Moines, onde serão disputadas 250 voltas.

A pista foi desenhada e construída por Rusty Wallace, umas das estrelas da Nascar, inspirando-se no oval de Richmond, onde Wallace sempre se destacou, e possui capacidade para receber 40.000 pessoas em suas arquibancadas. O traçado do oval possui curvas com inclinações que variam de 12 a 14 graus, com a reta principal tendo 10 graus.

Diferente do que ocorre em Milwaukee, no Iowa as curvas são bem velozes, bom conta do maior grau de inclinação dessa pista em relação a tradicional milha, com isso os pilotos fazem as duas curvas do circuito pressionando totalmente o acelerador. O Iowa Speedway é o único circuito do calendário da Indy que possui seus muros totalmente revestidos pelo Safer Barrier, moderno sistema de segurança, que absorve uma grande parte da energia cinética liberada pelos carros quando se chocam contra o muro.

Em 24 de junho de 2007, ocorreu a estréia da Indy em Iowa, com a vitória ficando com o escocês Dario Franchitti, atualmente na Ganassi. O traçado desse oval é muito curto, dificultando as disputas por posição, já que existem poucos pontos de ultrapassagem, exigindo muito esforço físico dos pilotos. É preciso ter um carro bem acertado aerodinamicamente para poder ser rápido e ao mesmo tempo estável no tráfego, pois sempre terá um retardatário para passar porque o oval é bem curto.

Outro problema é a existência de somente uma trajetória ideal. Com isso, não é possível para os pilotos andar lado a lado e para piorar, em poucas voltas forma-se um trilho. Saindo dele os pneus se enchem de detritos, fazendo com que os carros percam velocidade, podendo ocasionar um acidente. Mais do que velocidade nas retas muito curtas, o que importa para ir bem nessa pista é a velocidade e a retomada nas curvas. O importante é largar nas primeiras posições e tentar ultrapassar nas relargadas.

Confira a programação para o GP de Iowa, sétima etapa da temporada de 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sábado (20/06)
12h15min - treino livre
15h00min - treino livre
18h15min - treino classificatório

Domingo (21/06)
14h30min - GP de Iowa (250 voltas)

Vencedor em 2008: Dan Wheldon (ING)

Pole em 2008: Scott Dixon (NZL)

Indy 2009: 6ª etapa - GP do Texas

6ª etapa - GP do Texas
No Texas, a centésima vitória brasileira

Largando na quarta posição, Hélio Castro Neves venceu no Texas Motor Speedway, 6ª etapa da Fórmula Indy, sua segunda vitória em 2009. Hélio chegou a sua terceira vitória neste oval de uma milha e meia. Pacientemente, o piloto da Penske construiu sua conquista, levando ao delírio grande parte do público presente ao autódromo localizado em Fort Worth, na primeira corrida noturna da temporada.

Com uma espetacular parada na última janela de pit stops ele saltou da terceira para a primeira posição, deixando para trás Marco Andretti e Ryan Briscoe. Depois Hélio não foi mais incomodado por seu companheiro de equipe Briscoe, cruzando a linha de chegada com 0s3904 de vantagem sobre o australiano e ainda conquistou a história 100ª vitória brasileira na Indy. Agora Castro Neves possui 22 conquistas, igualando a marca de Emerson Fittipaldi.

Eufórico, o brasileiro, que não fez as duas primeiras etapas do ano, pois respondia a um processo fiscal no tribunal de Miami, do qual viria a ser inocentado, entrando tardiamente no campeonato, acredita que a atual fase de sua carreira é muito feliz. "Não tenho nenhuma razão para não sorrir. A vida é muito curta, eu adoro o que faço. É por isso que eu sorrio o tempo todo. É fantástico. Na última parada, eu pulei para o primeiro lugar e assim foi feito. Em seguida, eu acelerei para fugir."

Liderando com mais de dez segundos à frente, Ryan Briscoe viu todo seu esforço ir para os ares por conta da bandeira amarela acionada pelos fiscais na 150ª volta, motivada pela acumulação de detritos na pista. "Fizemos o melhor que podíamos. Eu apenas não tive o suficiente para alcançar o Hélio nas últimas voltas", lamentou Briscoe. "As últimas vinte voltas foram as mais frustrantes que eu já tive. Após liderar toda a corrida e ter o carro mais rápido, simplesmente não consegui passar o Hélio. A linha de cima estava mais lenta", completou.

Pela segunda vez consecutiva, Briscoe perde a vitória na parte final de uma corrida. O mesmo tinha corrido em Milwaukee, uma semana antes. Só resto para ele acompanhar o domínio do seu companheiro nas últimas 46 voltas. Ao menos a segunda posição, acrescentado do maior número de voltas lideradas (160), lhe proporcionou 42 pontos, fazendo que o australiano retomasse a liderança do campeonato das mãos de Scott Dixon, da Ganassi, o terceiro colocado no Texas.

"Houve muitas voltas em bandeira verde, o que não é comum no Texas. Os carros da Penske eram os melhores. Os carros da Ganassi não foram ruins. Apenas precisamos trabalhar um pouco", disse Dixon.

Marco Andretti, num esforço final, conseguiu passar o pole Dario Franchitti (quinto) e Danica Patrick (sexta) após a última relargada. Tony Kanaan, ainda convalescente do acidente em Indianápolis, foi o oitavo colocado. Mário Moraes terminou na décima posição, enquanto Raphael Matos foi o 12º.

Franchitti se queixou de falta de velocidade durante toda a corrida, causado pelo elevado consumo de combustível. "Se eles tivessem me dito que desde o início, eu teria feito melhor e poupado etanol."

Quanto aos abandonos, logo na largada Graham Rahal perdeu a traseira do seu carro na saída da curva 2, o complicado circuito, levando junto Ernesto Viso e Milka Duno. Hideki Mutoh também não completou devido a problemas elétricos. Outro a sentir o muro da curva 2 foi A.J. Foyt IV, causando a bandeira amarela que deu a vitória para Hélio.

GP do Texas
6ª etapa - 06/06/2009
Circuito oval com 1,5 milha
Texas Motor Speedway - Fort Worth, Texas (Estados Unidos)
1) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 1h55min16s1670
2) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 0s3904
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 2s2461
4) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 4s3745
5) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), a 4s7965
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 5s2980
7) Dan Wheldon (ING/Panther), a 7s6203
8) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), a 8s5009
9) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 18s7088
10) Mário Moraes (BRA/KV), 227 voltas
11) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 227 voltas
12) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 226 voltas
13) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 226 voltas
14) Alex Tagliani (CAN/Conquest), 225 voltas
15) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 225 voltas
16) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 225 voltas
17) Sarah Fisher (EUA/Fisher), 222 voltas
18) Jaques Lazier (EUA/3G), 210 voltas
19) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 185 voltas
20) A.J. Foyt (EUA/Foyt), 170 voltas
21) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 153 voltas
22) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 1 volta
23) Milka Duno (VEN/HVM), 1 volta
24) Ernesto Viso (VEN/HVM), 1 volta

A classificação da Indy após seis etapas
1) Ryan Briscoe (Penske) 199 pontos
2) Scott Dixon (Ganassi) 196 pontos
3) Dario Franchitti (Ganassi) 188 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 186 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 167 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 152 pontos
7) Tony Kanaan (Andretti Green) 146 pontos
8) Marco Andretti (Andretti Green) 141 pontos
9) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 126 pontos
10) Ryan Hunter-Reay (Vision) 116 pontos
11) Justin Wilson (Dale Coyne) 107 pontos
12) Hideki Mutoh (Andretti Green) 107 pontos
13) Raphael Matos (Luczo Dragon Racing) 106 pontos
14) Ed Carpenter (Vision) 106 pontos
15) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 104 pontos
16) Will Power (Penske) 99 pontos
17) Mário Moraes (KV) 95 pontos
18) Alex Tagliani (Conquest) 75 pontos
19) Ernesto Viso (HVM) 73 pontos
20) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 72 pontos
21) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
22) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 52 pontos
23) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
24) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
25) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
27) Paul Tracy (KV) 35 pontos
28) Townsend Bell (KV) 32 pontos
29) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
30) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
31) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
32) Jacques Lazier (3G) 12 pontos
33) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
34) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
35) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
36) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

Texas Motor Speedway

Acontece neste sábado, a 6ª etapa da Fórmula Indy, sendo a primeira corrida noturna de 2009 no Texas Motor Speedway, pista que mais recebeu provas da categoria - esta será a 20ª corrida desde 1997. O complexo construído na cidade de Fort Worth, sexta maior cidade do Texas, e que está situado a aproximadamente 48 quilômetros ao oeste de Dallas, costuma proporcionar as mais emocionantes disputas do calendário da Indy. A corrida terá duração de 228 voltas, totalizando 348 milhas de extensão.

Isso se deve as características do oval, que possui curvas com inclinação de 24 graus e 1,5 milha de extensão (2,4 km). A reta principal tem 686 metros de extensão, enquanto a reta oposta 405 metros. Isso favorece combinação de altas velocidades superiores aos 370 km/h, e do jogo de vácuo, possibilitando ultrapassagens e emoção até a volta final. A combinação de muita velocidade e curvas com alto grau de inclinação, gerando incríveis quantidades de força G sobre os pilotos, sendo um desafio extra para eles. Para consegui o melhor resultado nesse oval, onde os pilotos geralmente andar em linhas de dois ou três carros, o acerto aerodinâmico é fundamental para ser competitivo.

A equipe Penske venceu aqui quatro vezes, incluindo três nas últimas cinco corridas com Hélio Castro Neves em 2004 e 2006, e Sam Hornish Jr., em 2007. Após sua vitória em Milwaukee, o bicampeão Scott Dixon vem como um maior favorito à vitória. Pole e vencedor no ano passado, ele pretende repetir o desempenho e aumentar a sua liderança no campeonato sobre Ryan Briscoe.

Dois monstros sagrados, Ganassi e Penske são as grandes favoritas neste fim de semana. Porém não se deve esquecer de colocar na lista de possíveis vencedores o inglês Dan Wheldon e a sua equipe, a Panther. Credenciado pelo ótimo desempenho nas 500 milhas de Indianápolis, pista rápida como em Fort Worth, Wheldon tem uma grande oportunidade de chegar a sua primeira vitória da temporada e na sua nova equipe, dona de um currículo vitorioso neste oval: foram cinco corridas com Scott Goodyear em 1999 e 2000, Sam Hornish Jr. em 2001 e 2002, finalmente em 2005 com Tomas Scheckter.

A lista de inscritos conta com algumas novidades: a Dreyer & Reinbold terá três carros alinhados, dando oportunidade para Tomas Scheckter. Enquanto isso, na Foyt, o neto da lenda, A.J. Foyt IV, entra como substituto de Vitor Meira. A Conquest confirmou presença com Alex Tagliani, enquanto Sarah Fisher faz sua segunda aparição no ano. Outro que regressa é Jaques Lazier, com a 3G no lugar de Stanton Barrett, que bateu durante os treinos livres em Milwaukee e só deve voltar na prova de Motegi, no Japão.

Confira a programação para o GP do Texas, sexta etapa da temporada de 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Quinta-feira (04/06)
21h45min - treino livre

Sexta-feira (05/06)
16h00min - treino livre
19h30min - treino classificatório

Sábado (06/06)
22h30min - GP do Texas (228 voltas)

Vencedor em 2008: Scott Dixon (NZL)

Pole em 2008: Scott Dixon (NZL)

Indy 2009: 5ª etapa - Milwaukee

5ª etapa - GP de Milwaukee
Dixon vence segunda no ano

O bicampeão Scott Dixon obteve a sua segunda vitória no ano ao vencer no oval de Milwaukee, 5ª etapa da Fórmula Indy. Numa inversão do duelo de 2008, quando Ryan Briscoe chegou a sua primeira vitória na categoria depois de passar Dixon no último trecho da prova, agora foi o neozelandês da Ganassi quem tomou a liderança do australiano da Penske, graças à ajuda dos retardatários.

Briscoe, que partiu da pole e liderou grande parte da corrida, ficou retido atrás do carro de Tomas Schekter, dando a Dixon a linha interna. Depois disso o australiano manteve a segunda posição até a bandeirada. O tráfego, aliás, foi um tormento para os pilotos da frente, que se desdobraram com os retardatários, como foi o caso de Dario Franchitti, o terceiro colocado no Wisconsin.

No entanto, Briscoe, que dominou a prova por 154 voltas seguidas, quando na 201ª de um total de 225 voltas, apareceu na frente do líder. O australiano não lidou tão bem com o retardatário na entrada da curva 3 e perdeu a ponta para Dixon.

"Tentei administrar o tráfego ao longo do dia. Desde o começo, eu senti que tinha um bom carro. Fazia voltas rápidas quando preciso. Lutei o tempo todo contra o Ryan, sendo frustrante ficar atrás na maior parte do tempo. Mas eu tinha que ultrapassá-lo", disse Dixon após a corrida.

Mesmo com problemas de estabilidade em seu carro, principalmente com saídas de frente ao encostar os retardatários no traçado interno, Briscoe gostou do trabalho da sua equipe nos pit stops. "Foi uma grande corrida. Scott foi um pouco melhor do que eu no final da corrida. Ele estava no trânsito e eu estava lutando, porque eu tinha uma ligeira saída de frente", falou. "Minhas paradas foram ótimas. Não perdi uma posição no pit lane neste ano, o crédito é todo da equipe", completou.

Graham Rahal ficou em quarto, seguido por Danica Patrick, enquanto o estreante Raphael Matos conquistou seu melhor resultado na Indy ao ser sexto. Hélio Castro Neves, vencedor das 500 milhas de Indianápolis na semana passada, não brilhou nesse fim de semana, ficando somente no décimo primeiro lugar, com três voltas atrás do vencedor. Paul Tracy, que substituiu o convalescente Vitor Meira na equipe Foyt, ficou o tempo inteiro nas últimas posições.

Tony Kanaan, que era o líder do campeonato antes das 500 milhas, outra vez teve problemas. Na 132ª volta, o motor do seu carro pegou fogo após um pit stop, o obrigando a abandonar a disputa. Ele liderou da largada até a 26ª volta, quando começou a perder rendimento.

Com a conquista, Dixon assumiu a liderança do campeonato, com quatro pontos à frente de Briscoe e do seu companheiro de equipe Dario Franchitti. É a primeira vez, desde o final da última temporada, que o neozelandês fica na ponta da classificação.

GP de Milwaukee
5ª etapa - 31/05/2009
Circuito oval com 1,032 milha
The Milwaukee Mile - Milwaukee, Wisconsin (Estados Unidos)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 225 voltas
2) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 2s1257
3) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), a 2s2644
4) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), a 2s6744
5) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 5s9824
6) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), a 15s8877
7) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), a 17s9448
8) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 1 volta
9) Mário Moraes (BRA/KV), a 1 volta
10) Dan Wheldon (ING/Panther), a 1 volta
11) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), a 3 voltas
12) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), a 3 voltas
13) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), a 3 voltas
14) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), a 5 voltas
15) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), a 6 voltas
16) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 6 voltas
17) Paul Tracy (CAN/Foyt), a 6 voltas
18) Ernesto Viso (VEN/HVM), 175 voltas
19) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 132 voltas
20) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 55 voltas

A classificação da Indy após cinco etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 161 pontos
2) Ryan Briscoe (Penske) 157 pontos
3) Dario Franchitti (Ganassi) 157 pontos
4) Danica Patrick (Andretti Green) 139 pontos
5) Hélio Castro Neves (Penske) 136 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 126 pontos
7) Tony Kanaan (Andretti Green) 122 pontos
8) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 114 pontos
9) Marco Andretti (Andretti Green) 109 pontos
10) Ryan Hunter-Reay (Vision) 102 pontos
11) Will Power (Penske) 99 pontos
12) Hideki Mutoh (Andretti Green) 95 pontos
13) Justin Wilson (Dale Coyne) 92 pontos
14) Raphael Matos (Luczo Dragon) 88 pontos
15) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 85 pontos
16) Ed Carpenter (Vision) 84 pontos
17) Mário Moraes (KV) 75 pontos
18) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
19) Ernesto Viso (HVM) 61 pontos
20) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 60 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 59 pontos
22) Stanton Barrett (3G) 56 pontos
23) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
24) Paul Tracy (KV) 35 pontos
25) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 35 pontos
26) Townsend Bell (KV) 32 pontos
27) Sarah Fisher (Fisher) 30 pontos
28) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 26 pontos
29) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
30) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
31) A.J. Foyt IV (Foyt) 14 pontos
32) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
33) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
34) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
35) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos