quinta-feira, 30 de julho de 2009

Kentucky Speedway

Depois de realizar três corridas consecutivas em circuitos mistos e de rua (Watkins Glen, Toronto e Edmonton), a Fórmula Indy retorna aos ovais, nesse sábado à noite, para a disputa da 12ª etapa, no Kentucky Speedway, trioval de 1,500 milha, localizado na região centro-norte do Estado de Kentucky, próximo à cidade de Esparta. Serão 200 voltas, totalizando 300 milhas de extensão.

A pista foi inaugurada em 2000, possuindo curvas com inclinações de 14 graus, com uma volta sendo percorrida em torno de 25 segundos durante a corrida. A classificação para o grid de largada será definido com a média das quatro voltas cronometradas de cada piloto.

Esta corrida marca a chegada do novo pacote aerodinâmico e algumas outras mudanças. A partir de Kentucky, os carros terão o dispositivo "push to pass” para auxiliar nas ultrapassagens. Quando acionado o botão no volante, o ganho pode ser de até 20 cavalos de potência, dependendo da mistura de combustível utilizada. Neste sábado, o sistema estará disponível 20 vezes por 12 segundos cada, e com um intervalo mínimo de 10 segundos.

Será a décima vez a corrida é realizada. Os maiores vencedores são Buddy Lazier (2000 e 2001) e Sam Hornish Jr. (2003 e 2006). Em 2002, o brasileiro Felipe Giaffone alcançou a sua única vitória na categoria, enquanto Sarah Fisher obteve a primeira pole de uma mulher na Indy. A outra conquista brasileira nessa pista foi com Tony Kanaan, que largou na pole position e liderou a maior parte das 200 voltas.

Após o susto em Edmonton, quando seu carro pegou fogo após um abastecimento, Kanaan está recuperado. O piloto sofreu queimaduras leves no queixo e nariz, e de segundo grau nas mãos, mas passou a semana fazendo tratamento e está liberado pelos médicos para correr o em Kentucky.

"Eu falei para o pessoal da minha equipe ficar tranquilo porque o homem tocha vai correr em Kentucky", brincou Tony. "Meu queixo ainda está meio feio, mas as queimaduras nas mãos melhoraram bastante. Foi somente um grande susto mesmo", completou.

Três pilotos farão sua estréia no Kentucky: Mike Conway, Robert Doornbos e Raphael Matos. Quem volta à Indy após ficarem de fora nas últimas corridas (realizadas em circuitos de rua e mistos) serão Sarah Fisher e o veterano Jaques Lazier, que assumirá a vaga de Richard Antinucci na equipe 3G.

Confira a programação para o GP do Kentucky, décima segunda etapa da temporada de 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (31/07)
14h15min - treino livre
18h45min - treino classificatório
22h00min - treino livre

Sábado (01/08)
17h00min - warm up
21h45min - GP do Kentucky (200 voltas)

Vencedor em 2008: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2008: Scott Dixon (NZL)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Indy 2009: 11ª etapa - Edmonton

11ª etapa - GP de Edmonton
Will Power passeia em Edmonton

Em sua quinta participação nessa temporada, o australiano Will Power deu um show, vencendo praticamente de ponta a ponta em Edmonton, no circuito localizado dentro do aeroporto da cidade, durante a 11ª etapa da Fórmula Indy. Largando na pole position, o piloto da Penske não teve adversários nas 90 voltas disputadas, só não liderando 5 voltas por conta das paradas para reabastecimento.

Os outros pilotos que também lideraram foram o neozelandês Scott Dixon e o brasileiro Hélio Castro Neves com duas voltas cada, enquanto o australiano Ryan Briscoe também esteve na frente, mas somente por uma volta. No final, todos os três carros da Penske completaram a corrida, por pouco não fizeram um pódio particular entre eles. Porém, o terceiro lugar de Dixon impediu a façanha.

A corrida terminou sob bandeira amarela (a única do dia) porque Tomas Scheckter atingiu o muro a duas voltas do fim. Power, portanto, assinalou sua primeira vitória oficial nessa nova fase da Indy. Na verdade, ele ganhou em Long Beach, na despedida da Champ Car, ano passado. Os pontos da prova valeram para o campeonato, mas a etapa não contava com os principais pilotos e equipes da categoria, que naquele fim de semana estavam disputando o GP de Motegi, no Japão.

Power não esqueceu de agradecer Roger Penske por ter dado a chance de ele correr pelo terceiro carro de sua equipe em algumas corridas desse ano. "Estou muito feliz. A equipe Penske fez um trabalho fabuloso. Eu realmente adoro ser um membro da Penske. Não estou estressado, estou apenas fazendo uma corrida de cada vez e fazendo meu melhor. Tenho de agradecer o Roger por esta oportunidade. Hoje foi um dia maravilhoso".

Em nenhum momento da prova Power esteve em dificuldades, independente do tipo de pneus utilizado. O carro dele sempre era o melhor ajustado em todas as condições de pista. Na parte final, seus únicos perseguidores eram seus companheiros de equipe e o bicampeão Scott Dixon. Faltando 10 voltas a percorrer, Hélio ultrapassou Dixon com uma manobra arrojada para ganhar a segunda colocação. Dixon terminou em terceiro, apesar das investidas de Briscoe, enquanto Dario Franchitti completou a lista dos cinco primeiros.

O ídolo local Paul Tracy ficou e sexto, mesmo tendo tocado no seu companheiro de KV Mário Moraes, na largada. O brasileiro foi obrigado a desistir com sua suspensão quebrada. Irado, Moraes fez pesadas acusações contra o canadense. "Para que serve o companheiro de equipe? Para ajudar no desenvolvimento, não? O meu só tem fudido tudo.", esbravejou.

Tracy, que antes já tinha pedido desculpas publicamente a Moraes, ao ficar sabendo dos ataques, respondeu que não teve a intenção de tocar Moraes e que o colega não queria falar com ele. Também prometeu que em dois dias iria ligar para ele e resolver a situação. Para concluir, ele deu um conselho ao jovem parceiro. "Tive muitos companheiros de equipe e disputei duramente com eles. São só corridas. No fim das contas, é melhor ter amigos do que odiar a todos."

Outro que não teve sorte na largada foi Raphael Matos. O piloto da Luczo Dragon foi atingido por Mike Conway e teve de recolher seu carro à garagem para que os mecânicos de sua equipe fizessem os reparos, o que lhe custou 11 voltas em relação ao líder e conseguiu terminar na 18.ª posição..

Um dos principais momentos em Edmonton foi o incêndio que vitimou Tony Kanaan durante a parada para reabastecimento. Na 34ª volta, após deixar o seu pit, a mangueira de combustível jorrou etanol em cima do carro de Kanaan, e alguns metros o bólido estava em chamas, com o brasileiro na angústia para se livrar do cinto de segurança. Kanaan teve a ajuda dos mecânicos da Penske e da Panther para apagar o fogo e tirá-lo do carro. Após ser levado ao centro médico, o piloto sofreu algumas queimaduras leves nas duas mãos e no rosto.

"Ao sair do pit, o fogo entrou no carro e chegou até o meu capacete. Tentei ao máximo sair o mais rápido, mas era uma sensação terrível. Tenho que agradecer aos materiais anti-fogo que usamos, além do pessoal da Penske e Panther que me ajudaram muito. Foi um grande susto, mas felizmente nada demais aconteceu", comentou Kanaan.

A disputa está novamente embolada. Scott Dixon lidera o campeonato com 380 pontos, três a mais que o companheiro Dario Franchitti. Ryan Briscoe é o terceiro com 14 pontos a menos que o líder, enquanto Hélio Castro Neves agora é o quarto colocado, mas está bem atrás: são 71 pontos de diferença.

GP de Edmonton
11ª etapa - 26/07/2009
Circuito misto com 1,960 milha
Edmonton City Centre Airport - Edmonton, Alberta (Canadá)
1) Will Power (AUS/Penske), 1h42min42s3773
2) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 1s0936
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 1s3213
4) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 1s8266
5) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 4s4652
6) Paul Tracy (CAN/KV), 6s3941
7) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 26s5700
8) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 26s169
9) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 94 voltas
10) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 94 voltas
11) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 94 voltas
12) Ernesto Viso (VEN/HVM), 94 voltas
13) Alex Tagliani (CAN/Conquest), 94 voltas
14) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 94 voltas
15) Dan Wheldon (ING/Panther), 94 voltas
16) Ed Carpenter (EUA/Vision), 94 voltas
17) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 87 voltas
18) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 85 voltas
19) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 73 voltas
20) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 63 voltas
21) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 34 voltas
22) Richard Antinucci (EUA/3G), 20 voltas
23) Mário Moraes (BRA/KV), 0 volta

A classificação da Indy após onze etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 380 pontos
2) Dario Franchitti (Ganassi) 377 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 366 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 309 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 285 pontos
6) Marco Andretti (Andretti Green) 259 pontos
7) Dan Wheldon (Panther) 255 pontos
8) Justin Wilson (Dale Coyne) 241 pontos
9) Tony Kanaan (Andretti Green) 239 pontos
10) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 235 pontos
11) Hideki Mutoh (Andretti Green) 220 pontos
12) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 197 pontos
13) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 194 pontos
14) Raphael Matos (Luczo Dragon) 194 pontos
15) Will Power (Penske) 187 pontos
16) Ed Carpenter (Vision) 186 pontos
17) Mário Moraes (KV) 169 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 164 pontos
19) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 160 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 125 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 114 pontos
22) Paul Tracy (KV) 87 pontos
23) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
24) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 51 pontos
25) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
26) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
27) Jacques Lazier (3G) 41 pontos
28) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
29) Richard Antinucci (3G) 36 pontos
30) Townsend Bell (KV) 32 pontos
31) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
32) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
33) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
34) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
35) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
36) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
37) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Edmonton City Centre Airport

Por Bobby Rahal*

Após um intervalo de uma semana, a Fórmula Indy continua sua jornada no Canadá, dessa vez em Edmonton, palco da 11ª etapa da temporada 2009. Espera-se a repetição das disputas ocorridas em Toronto, já que o traçado, montado dentro de um aeroporto, é muito largo, possuindo vários pontos de ultrapassagem, sendo esse o principal motivo dos pilotos gostarem tanto de correr aqui.

Vencedor em Toronto, Dario Franchitti é o grande favorito. O escocês é quem está se destacando em circuitos com as mesmas características de Edmonton, apesar de nunca ter corrido lá, ao contrário de Scott Dixon, Ryan Briscoe e Hélio Castro Neves, seus principais rivais, que no ano passado disputaram a primeira prova organizada pela IRL na pista que teve a vitória de Dixon, deixando o pole Briscoe em segundo.

O Edmonton City Centre Airport é um circuito misto temporário com 1,960 milha de extensão, localizado próximo ao centro da cidade, capital do estado de Alberta. Serão 95 voltas, totalizando 187,435 milhas de percurso. São 14 curvas, apresentando trechos travados, exigindo concentração constante dos pilotos.

Nos primeiros treinos, uma das preocupações é com a melhoria constante das condições do asfalto, que ganha uma maior camada de borracha a cada passagem dos carros, normalmente usado pelos aviões que pousam e decolam no local, permitindo tempos mais baixos. Essa é a quarta edição da prova, que tem sido sinônimo de emoção dentro e fora da pista. As vitórias em 2005 e 2007, com o francês Sebastien Bourdais e em 2006, com Justin Wilson, que corre nesta temporada pela Dale Coyne.

Há semelhanças entre a reta que leva a chicane da entrada dos pits e a curva 1 do aeroporto de Cleveland. A maior parte da ação durante a corrida deverá acontecer ali, com os carros chegando a velocidades próximas dos 320 km/h antes da freada forte, a exemplo do que acontecia em Cleveland. As semelhanças terminam por aí, pois depois vem um trecho bastante sinuoso, com pequenas retas e curvas de 90 graus.

Esse não é o primeiro grande evento do automobilismo internacional realizado em Edmonton. Entre 1968 e 1983 existiu um circuito misto de 2,530 milhas e 14 curvas chamado Edmonton International Speedway, que chegou a receber corridas da Can-Am, na época a principal categoria de esporte protótipo do mundo. Essa pista foi demolida em meados dos anos 1980 para dar lugar a um conjunto residencial, com Edmonton sumindo do calendário automobilístico internacional, condição que a Indy se encarregou de mudar.

Confira a programação para o GP de Edmonton, décima primeira etapa da temporada de 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (24/07)
14h45min - treino livre
18h45min - treino livre

Sábado (25/07)
12h45min - treino livre
18h20min - treino classificatório

Domingo (26/07)
13h45min - warm up
19h00min - GP de Edmonton (95 voltas)

Vencedor em 2008: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2008: Ryan Briscoe (AUS)

* com modificações.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Indy 2009: 10ª etapa - Toronto

10ª etapa - GP de Toronto
Depois de 10 anos, Franchitti volta a vencer em Toronto

Largando na pole position, Dario Franchitti venceu após 10 anos pela segunda vez o GP de Toronto, 10ª etapa da Fórmula Indy. Falando assim, temos a falsa impressão que o escocês dominou a corrida sem maiores surpresas, o que definitivamente não aconteceu.

O circuito de rua montando no Exhibition Place, um parque de exposições próximo ao centro de Toronto, teve uma prova imprevisível, marcada por acidentes e reviravoltas. Indiferente aos problemas, o piloto da Ganassi venceu, beneficiado por um pit stop durante uma bandeira amarela. Ryan Briscoe e Will Power completaram o pódio, também ajudados por suas estratégias.

"É ótimo voltar ao Canadá e levar o carro para vitória", disse Franchitti, que chegou a sua terceira vitória na temporada. "Foi uma corrida difícil. Na metade da prova, pensei que realmente tínhamos condições de lutar por um bom resultado. Com uma boa estratégia, e um carro rápido com o diabo, nós conseguimos."

As confusões começaram antes de a bandeira verde ser tremulada. Graham Rahal, terceiro, tocou a traseira de Will Power, segundo, causando um furo ao australiano da Penske e a asa dianteira quebrada no carro da Newman Haas Lanigan.

Franchitti manteve a liderança diante de Alex Tagliani, com ambos fazendo uma disputa ferrenha até as primeiras bandeiras amarelas, causadas por um incidente entre Dan Wheldon e Richard Antinucci, e pela rodada de Ed Carpenter. O líder optou por fazer a sua primeira parada nos boxes na 25ª volta, perdendo tempo com o aperto de uma roda e por tocar Marco Andretti no pit-lane, enquanto Tagliani preferiu alongar seu pit stop até à 31ª volta.

Então foi o momento de Paul Tracy brilhar ao sair da 15ª posição para a liderança. Com um ótimo acerto em seu carro, o experiente canadense ultrapassou com arrojo Mike Conway, Dixon e Tagliani. Com isso, a etapa de Toronto passou a ter dois canadenses na frente. Então Tracy foi aos pits, colocou pneus macios, disposto a abrir grande vantagem sobre os adversários.

A partir desse momento, as estratégias começaram a ser determinantes, com Tomas Scheckter assumindo momentaneamente a liderança, mas sofrendo forte pressão de Castro Neves e Power, que aproveitariam uma outra bandeira amarela para fazerem novamente suas paradas nos pits.

Outra paralisação, na 59ª volta, dessa vez causada pelo acidente entre Rahal e Carpenter, proporcionou a oportunidade que Franchitti tanto queria. O escocês saiu dos boxes em segundo atrás de Castro Neves e na frente de Paul Tracy, que tinha parado antes da batida e acabou perdendo muito tempo. Contudo, o grande prejudicado seria Tagliani, que estava na frente e que teve de esperar o pelotão se alinhar para efetuar o seu reabastecimento.

Dario Franchitti atacou Castro Neves na relargada, passando o brasileiro na curva 1. Depois, quando Tracy tentou roubar o segundo lugar de Hélio, os dois colidiram na curva 3, fazendo o carro do canadense colidisse com o muro e partindo a suspensão do Penske.

O final da corrida não foi dos melhores para um dos ídolos do público. Tagliani, autor de uma grande corrida e um fim de semana quase perfeito, perdeu completamente o ponto de frenagem durante a tentativa de ultrapassar Scheckter, o jogando no muro. Louco de raiva, o sul-africano esperou a passagem do canadense para atirar suas luvas na direção ao carro da Conquest. Graças a essa longa parada, Franchitti conseguiu poupar combustível e vencer a prova, a sua terceira conquista na temporada.

Além de Hélio, os outros brasileiros também tiveram um dia para esquecer. O melhor classificado foi Raphael Matos, em décimo. Logo atrás, chegou Mário Moraes, que acabou perdendo um pedaço da asa dianteira, sendo obrigado a fazer mais uma parada, ao se envolver no toque entre Tagliani e Scheckter. Tony Kanaan bateu e não terminou a prova.

"Os mecânicos e engenheiros trabalharam muito duro para arrumar o carro no sábado. Então, na corrida, nós tínhamos a chance de ter um final sólido, mas, com a batida, nosso dia terminou mais cedo", lamentou Kanaan.

Franchitti reassume a ponta do campeonato, agora com 2 pontos à frente do seu companheiro Dixon. Briscoe segure na terceira posição com 13 pontos de desvantagem. Depois vem Hélio Castro Neves e Danica Patrick com 78 e 81 pontos atrás respectivamente.

GP de Toronto
10ª etapa - 12/07/2009
Circuito de rua com 1,755 milha
Exhibition Place - Toronto, Ontário (Canadá)
1) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 1h43min47s1408
2) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 1s6745
3) Will Power (AUS/Penske), 2s1355
4) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 2s4803
5) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 2s9230
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 6s4095
7) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 7s1837
8) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 8s2552
9) Alex Tagliani (CAN/Conquest), 13s4745
10) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 16s0983
11) Mário Moraes (BRA/KV), 19s0141
12) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 84 voltas
13) Ernesto Viso (VEN/HVM), 84 voltas
14) Dan Wheldon (ING/Panther), 84 voltas
15) Ed Carpenter (EUA/Vision), 82 voltas
16) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 74 voltas
17) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 70 voltas
18) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 65 voltas
19) Paul Tracy (CAN/KV), 65 voltas
20) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 57 voltas
21) Richard Antinucci (EUA/3G), 41 voltas
22) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 32 voltas
23) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 26 voltas

A classificação da Indy após dez etapas
1) Dario Franchitti (Ganassi) 347 pontos
2) Scott Dixon (Ganassi) 345 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 334 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 269 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 266 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 240 pontos
7) Marco Andretti (Andretti Green) 239 pontos
8) Tony Kanaan (Andretti Green) 227 pontos
9) Justin Wilson (Dale Coyne) 217 pontos
10) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 209 pontos
11) Hideki Mutoh (Andretti Green) 204 pontos
12) Raphael Matos (Luczo Dragon) 182 pontos
13) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 181 pontos
14) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 175 pontos
15) Ed Carpenter (Vision) 172 pontos
16) Mário Moraes (KV) 157 pontos
17) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 148 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 146 pontos
19) Will Power (Penske) 134 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 113 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 97 pontos
22) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
23) Paul Tracy (KV) 59 pontos
24) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 51 pontos
25) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
26) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
27) Jacques Lazier (3G) 41 pontos
28) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
29) Townsend Bell (KV) 32 pontos
30) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
31) Richard Antinucci (3G) 24 pontos
32) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
33) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
34) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
35) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
36) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
37) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Exhibition Place - Ontário

Por Bobby Rahal*

A Indy Toronto celebra em 2009 sua vigésima terceira edição de um dos eventos mais importantes e de maior sucesso do automobilismo canadense. Essa é uma tradição iniciada em 1986 no circuito de rua do Exhibition Place, um parque de exposições próximo ao centro da cidade canadense de Toronto, na província de Ontário.

A idéia de realizar uma corrida no centro de Toronto surgiu em 1968. Entretanto, essa idéia levou quase 20 anos para ser concretizada. Naquele ano, John F. Basset Jr. (herdeiro do Toronto Telegram) e Don Hunt, executivo da Sun Publishing, anunciaram a intenção de criar um circuito no Exhibition Place, para receber corridas anuais da Indy e de Fórmula 1. Para gerenciar evento foi criada a Lakeshore Raceway.

O planejamento inicial era de um circuito com 3,700 km e a linha de chegada e os pits localizados no Exhibition Stadium, usando a longa Avenida Lakeshore Boulevard como reta oposta. Houve grande oposição por parte dos moradores próximos ao Exhibition Place, que temiam o barulho e a bagunça que as multidões provocariam nas vizinhanças, dos proprietários do circuito misto de Mosport Park, que temiam a concorrência e daqueles que se opunham ao uso de um local público por uma companhia privada.

Mesmo obtendo a aprovação do governo, os planos de Basset e Hunt tiveram que ser abandonados devido a ações judiciais da associação de moradores. Assim se passaram sete anos até a idéia de correr nas ruas de Toronto ressurgiu em 1975, ironicamente através dos promotores do GP do Canadá de Fórmula 1, em Mosport Park. Como os custos de realização da corrida em Mosport Park estavam se tornando proibitivos, até eles passaram a defender a transferência da prova para o centro de Toronto, no Exhibition Place. Outra vez, os moradores de Toronto não estavam dispostos a ceder. O GP do Canadá foi parar na Ilha Notre Dame, em Montreal, no ano de 1977.

Em 1984, a cervejaria canadense Molson comprou os direitos de realização de corridas da Fórmula Indy no Canadá. Naquele ano eles patrocinaram uma prova no circuito trioval de 1,2 km de Sanair, próximo a Montreal. A entrada da Molson no negócio fez com que os planos de realizar corridas no Exhibition Place voltassem à tona. O grupo fez uma enorme campanha para convencer a população local a apoiar o evento, e obteve a aprovação para seguir com o projeto.

Em 26 de novembro de 1985, uma conferência de imprensa foi marcada para anunciar que Toronto teria finalmente a sua corrida. A primeira edição da Indy Toronto aconteceu em 20 de julho de 1986, para um público de 60 mil espectadores. O circuito tinha 2,769 km de extensão e aproveitava a idéia de Bassett e Hunt da reta oposta na Avenida Lakeshore Boulevard. Emerson Fittipaldi marcaria a pole position, mas ao final a vitória seria de Bobby Rahal. Naquele mesmo ano, a Indy se despediria do acanhado circuito oval de Sanair e a partir de 1987, a prova de Toronto se consolidaria como o principal evento da categoria em terras canadenses.

O sucesso da Indy em Toronto possibilitou a entrada de novas provas em território canadense, patrocinadas pela Molson: de 1990 a 2004 em Vancouver e de 2002 a 2006 em Montreal. Por conseqüência desse esforço, surgiu uma talentosa geração de pilotos canadenses, que contribuíram para o sucesso dessas provas: Paul Tracy, Greg Moore, Jacques Villeneuve, Scott Goodyear, Alex Tagliani, Patrick Carpentier e Andrew Ranger.

Após a prova de 2006, a Champ Car foi comunicada da desistência da Molson em patrocinar e promover o evento, mesmo motivo que levou as corridas de Vancouver e Montreal a serem extintas. Assim, o principal apoiador da prova passou a ser outra marca de cerveja canadense, a Steelback, com a organização da prova indo para uma associação criada somente com esse objetivo.

Em 2008, Toronto ficou de fora do calendário graças à saída da Steelback do evento, além da falta de datas para realização da prova, causada pela reunificação da Champ Car com a IRL. O evento retorna esse ano com a organização da Andretti Green Promotions, financiada pela Honda.

Ao longo desses 23 anos, o desenho do circuito praticamente não sofreu alterações e sempre se caracterizou pela grande presença de público e pela dificuldade do traçado, onde é muito difícil ultrapassar. O melhor ponto de ultrapassagem é na freada forte da fechada curva no final da reta oposta (Lakeshore Boulevard). O circuito atualmente tem 2,770 km de extensão e 11 curvas. Com baixa velocidade média, Toronto, como qualquer circuito de rua, tem várias curvas acentuadas, algumas de mais de 90 graus de inclinação, o que dificulta a pilotagem para os inexperientes.

A constante mudança no tipo de piso é uma característica marcante de Toronto, sendo vista como a maior dificuldade a ser enfrentada nesse circuito. Em alguns trechos, os pilotos freiam no concreto, enquanto em outros, no meio de uma curva, asfalto com baixa aderência. Isso exige um acerto especial do carro, sendo muito importante encontrá-lo durante os treinos livres. Um setor bastante problemático é a curva 8, por possui muitas ondulações no seu ponto de freada.

É um desafio que desgasta bastante os freios e câmbio, além de exigir uma pilotagem ao mesmo tempo agressiva, para tentar ultrapassagens, e cautelosa, para não ver todo o esforço terminar em um dos vários muros que cercam a pista. Além disso, é importante saber lidar com o tráfego, pois ao se tentar ultrapassar um retardatário, pode-se arruinar uma corrida por conta de um acidente causado pela reduzida largura em alguns pontos do circuito.

Confira a programação para o GP de Toronto, décima etapa da temporada 2009 de Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (10/07)
11h10min - treino livre
14h50min - treino livre

Sábado (11/07)
10h40min 12h40 - treino livre
15h05min - treino classificatório

Domingo (12/07)
10h00min - warm up
14h00min - GP de Toronto (85 voltas)

Vencedor em 2007: Will Power (AUS)
Pole em 2007: Sebastien Bourdais (FRA)

* com modificações.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Indy 2009: 9ª etapa - Watkins Glen

9ª etapa - GP de Watkins Glen
Justin Wilson dá vitória inédita à Dale Coyne

Após 25 anos de esforço e sacrifício, a equipe Dale Coyne finalmente chega a sua primeira vitória na Fórmula Indy, em Watkins Glen, 9ª etapa da temporada, graças ao talento do inglês Justin Wilson. Autor do segundo melhor tempo durante a qualificação, Wilson assumiu a liderança na 4ª volta ao passar Ryan Briscoe nos esses. Antes, ele já havia tentando uma manobra parecida, duas voltas antes, mas o australiano conseguiu defender sua posição. Talvez de modo que os comissários pudessem tê-lo punido com um drive-though.

Assim, Wilson foi capaz de executar uma estratégia perfeita ao utilizar seus dois conjuntos de pneus macios por um total de 49 voltas, recorde na história da corrida. No final ele superou Briscoe por 4s9906. Para Dale Coyne, esse é o resultado de 558 corridas como piloto e proprietário, premiando seu altruísmo, seu envolvimento e sua paixão pelo automobilismo. "Levou muito tempo. Temos feito grandes esforços para tentar vencer. Sabíamos que Justin era forte em circuitos mistos. Quase mostramos isso em São Petersburgo, e mostramos aqui em Watkins Glen".

Enquanto isso, Justin Wilson estava muito emocionado por alcançar sua sexta vitória na Indy, a primeira desde Detroit, em 2008: "Dominar do modo como fizemos é fantástico. Esta é a mais importante vitória da minha carreira, e está difícil explicar meus sentimentos nesse instante. É ótimo dar para Dale Coyne sua primeira vitória. A nossa equipe fez uma excelente parada e este é o resultado de um esforço coletivo".

Briscoe, autor da pole position, teve de contentar-se com a segunda posição, adiando assim, mais uma vez, a sua primeira vitória nessa pista, apesar de terminar a corrida nova-iorquina na frente do seu rival na luta pelo campeonato, Scott Dixon. A corrida não foi fácil para o australiano que foi prejudicado por uma bandeira amarela na 19ª volta.

Então ele foi obrigado a fazer apenas um splash and go em sua primeira parada, pois os pits estavam fechados, tendo que parar novamente para completar o combustível e trocar os pneus, caindo para o décimo primeiro lugar. Mostrando um grande espírito de luta, o piloto da Penske conseguiu ficar novamente entre os líderes.

O neozelandês teve mais sorte do que o seu companheiro de equipe, Dario Franchitti, que perdeu uma volta depois de uma inoportuna rodada. Com o terceiro lugar na corrida, ele lidera o campeonato à frente do seu companheiro. O escocês deixou a pista, surpreendido por uma manobra arriscada de Mário Moraes, que bateu em Ed Carpenter na chicane. Terminou em 15º.

Marco Andretti foi quinto, recuperando uma volta perdida no começo da corrida, quando Ernesto Viso tocou na traseira de seu carro e os dois precisaram entrar nos pits para fazer reparos. Andretti conseguiu terminar à frente do melhor novato da etapa, o inglês Mike Conway, que obteve seu melhor resultado na categoria. Essa atuação é vital para seu futuro na Indy após um início de ano muito complicado, principalmente nos ovais.

Enquanto isso o vencedor de 2008, Ryan Hunter-Reay teve sua corrida prejudicada por causa do acidente com A.J. Foyt IV na primeira volta. Quanto ao veterano Paul Tracy, ele saiu sozinho da pista na 29ª volta, ao tentar acompanhar o ritmo de Briscoe e Dixon, batendo de traseira num guard-rail.

Hélio Castro Neves foi o melhor brasileiro em Watkins Glen, fazendo uma prova recuperação que o levou ao quarto lugar depois de largar apenas na 13ª posição. Tony Kanaan foi o oitavo e não ficou satisfeito com o resultado. Quando era o quinto, seu primeiro pit stop, realizado em bandeira amarela, comprometeu sua estratégia. Raphael Matos terminou em décimo segundo, em atuação discreta.

Mário Moraes fazia uma boa corrida. Ultrapassou Scott Dixon na 3ª volta, assumindo o terceiro posto. Depois foi outro a ter sua corrida atrapalhada pela primeira bandeira amarela. Na relargada, ansioso em recuperar as posições perdidas, forçou passagem por dentro sobre Ed Carpenter na Bus Stop, batendo no piloto da Vision e teve de ir aos pits para trocar os pneus. Seu erro lhe custou um drive-through, que o tirou da disputa pela liderança. No final, ficou em 14º.

Dixon assumiu a liderança, com 313 pontos. Franchitti e Briscoe estão empatados em segundo, com 294. Castro Neves é o quanto com 257 pontos, contra os 238 de Danica Patrick, quinta colocada. O sexto é o inglês Dan Wheldon com 224.

GP de Watkins Glen
9ª etapa - 05/07/2009

Circuito misto com 3,400 milhas
Watkins Glen International - Watkins Glen, Nova Iorque (Estados Unidos)

1) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 1h48min24s1947
2) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 4s9906
3) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 5s1632
4) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 7s0755
5) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 8s5595
6) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 9s3646
7) Ernesto Viso (VEN/HVM), 11s3804
8) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 13s0020
9) Robert Doornbos (HOL/Newman Haas Lanigan), 13s2633
10) Dan Wheldon (EUA/Panther), 18s0412
11) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 18s5656
12) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 18s9342
13) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 23s0413
14) Mário Moraes (BRA/KV), 23s3821
15) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 59 voltas
16) Ed Carpenter (EUA/Vision), 59 voltas
17) Milka Duno (VEN/HVM), 58 voltas
18) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 51 voltas
19) Richard Antinucci (EUA/3G), 47 voltas
20) Paul Tracy (CAN/KV), 29 voltas
21) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 0 voltas

A classificação da Indy após nove etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 313 pontos
2) Dario Franchitti (Ganassi) 294 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 294 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 257 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 238 pontos
6) Dan Wheldon (Panther) 224 pontos
7) Marco Andretti (Andretti Green) 215 pontos
8) Tony Kanaan (Andretti Green) 214 pontos
9) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 197 pontos
10) Justin Wilson (Dale Coyne) 187 pontos
11) Hideki Mutoh (Andretti Green) 186 pontos
12) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 163 pontos
13) Raphael Matos (Luczo Dragon) 162 pontos
14) Ed Carpenter (Vision) 157 pontos
15) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 155 pontos
16) Mário Moraes (KV) 138 pontos
17) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 136 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 129 pontos
19) Will Power (Penske) 99 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 99 pontos
21) Alex Tagliani (Conquest) 75 pontos
22) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
23) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 51 pontos
24) Stanton Barrett (3G) 50 pontos
25) Paul Tracy (KV) 47 pontos
26) Sarah Fisher (Fisher) 43 pontos
27) Jacques Lazier (3G) 41 pontos
28) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
29) Townsend Bell (KV) 32 pontos
30) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
31) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
32) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
33) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
34) RichardAntinucci (3G) 12 pontos
35) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
36) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
37) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Irmãs afastam Tony George

Reprodução/Gary Varvel/Indy Star
Tony George está fora do negócio da família, e a mesma coisa acontece em relação à Indy Racing League. Na terça-feira George foi afastado do seu posto como presidente e CEO do Indianapolis Speedway Corp. Ele também renunciou oficialmente ao seu cargo como CEO da IRL, de modo que agora o seu papel na Fórmula Indy tem limitações importantes. A Indy Racing League, fundada por George há 14 anos, terá de sobreviver por sua própria conta e se tornar economicamente viável sem o generoso apoio financeiro do IMS (Indianapolis Motor Speedway).

As três irmãs de George, todas elas membros do conselho diretivo do IMS, votaram em ele ser destituído de suas funções. Ele segue sendo parte da mesa diretora, porém sem o mesmo poder. Deixou de conduzir o barco. Agora, não controla mais o dinheiro gerado pelo IMS, advindo das 500 milhas, da Moto GP e da corrida de Nascar, que ele ajudou a trazer para a Indy em 1994. Parte desses ganhos (algumas estimativas falam em algo em torno de 600 milhões de dólares) foi utilizada para financiar a IRL enquanto George travava na guerra contra a extinta Champ Car (antiga Cart).

Este conflitou chegou ao fim com a reunificação do ano passado. De modo que as irmãs de George acreditavam que era hora para a IRL passar a funcionar sem o dinheiro da fortuna conquistada pela família vinda da Hulman & Co. e do IMS. A IRL nunca deu lucro, por isso este é um momento decisivo para a continuidade da Indy. A mudança de liderança no IMS foi noticiada pela primeira vez no mês passado, mas George tinha desmentido publicamente a informação.

O chocante da notícia de terça-feira foi que ele não se tornou o presidente do conselho, em substituição de sua mãe, Mari Hulman George. Era esperado que ela se afastasse em favor do filho, mas isso não aconteceu. Tirar Tony George da cadeira de presidente de certa maneira salvaria sua pele junto a restante do conselho por apoiar por anos as decisões do filho. De todo modo, George perdeu o controle sobre os fundos do IMS.

Naturalmente, todos os envolvidos estavam sorridentes na terça, explicando que a decisão era benéfica ao campeonato e para o autódromo. Talvez, em longo prazo, realmente seja. Entretanto, foi muito estranho à maneira como ocorreu o rompimento entre George, a IRL e o Indianapolis Motor Speedway. O antigo todo poderoso de Indiana segue como proprietário da equipe Vision na Indy, agora sem subsídios da família. Sua posição oficial como chefe da IRL mudou, mas o campeonato continua sendo um filho querido. Mesmo com menos poderes, vai continuar a trabalhar para equilibrar as finanças do campeonato. Mais do que um desejo, é uma necessidade para sobreviver.

Esta decisão levará os participantes da Indy a se perguntar qual vai ser o rumo a seguir. Todos os proprietários de equipes assinaram um documento no mês passado, expressando apoio incondicional a George. Esta mudança trás muitas incertezas sobre o futuro. Por enquanto, Jeff Belskus, funcionário do grupo desde 1987, será o comandante do lendário oval. Enquanto a IRL será administrada pelos diretores Brian Barnhart, Terry Angstadt, Joie Chitwood e Charlie Morgan.

Desde 1996, após o rompimento de Indianápolis com a Cart (antiga gestora da Indy), a categoria, que na época chegou a incomodar a Fórmula 1, aos poucos foi encolhendo de tamanho, com sucessivas perdas de patrocinadores, público nos autódromos e audiência da televisão. Justamente durante a gestão de George, sempre empenhado em acabar com a Cart, mesmo destruindo a credibilidade da Fórmula Indy.

O excesso de vaidade, unido com a pouca habilidade administrativa, derrubaram um outrora gigante do automobilismo norte-americano. A falta de profissionalismo, estratégias para crescimento, aliada a crise econômica, abalaram a Indy. Mais do que dinheiro, a salvação está na adequação de interesses para que voltemos a ter um campeonato que mereça respeito dos aficionados no esporte a motor.

Galeria da Fama: Gil de Ferran (parte 2)

Em 1996, Ferran se julgava com condições de chegar ao título, pois o conjunto da Hall esteve muito competitiva nos testes de inverno. Mas mesmo contando com o poderoso motor Honda e a motivação da sua equipe, que o apoiava incondicionalmente, acabou prejudicado por não usar os pneus Firestone, que começaram a dominar o campeonato. Enquanto isso, Gil continuou com os Goodyear, bem menos competitivos. Ainda erros estúpidos de sua equipe prejudicaram Gil em muitos momentos.

Ele começou a temporada como terminou a do ano anterior: no pódio. Chegou em segundo no acidentado GP de Miami, disputado no recém inaugurado oval de Homestead. Jimmy Vasser conquistou a primeira vitória em 56 corridas na Indy, ultrapassando Gil na 101ª volta, numa manobra polêmica: Vasser poder ter feito à manobra em bandeira amarela, antes da relargada ter sido autorizada, o que é proibido.

Na etapa brasileira, disputada no Rio de Janeiro, no Emerson Fittipaldi Speedway, na primeira aparição da categoria em nosso país, uma pane seca na 80ª volta tira possibilidade do então líder Gil. O problema foi com o pescador de combustível, dispositivo responsável por levar o líquido para o motor, mesmo com o computador de bordo indicando ainda dois galões de metanol. O piloto tinha esperança vencer as duas provas seguintes, Surfer's Paradise e Long Beach, disputadas em circuitos de rua, foram nesse tipo de pista que sua equipe tinha se destacado em 1995. Infelizmente, foram mais duas decepções.

Na Austrália, quando era o quinto, depois de sofrer dois acidentes, abandonou na antepenúltima volta, graças ao erro da equipe ao calcular o consumo de combustível, o que causou outra pane seca. Mais uma vitória escapa de suas mãos na Califórnia, a poucas voltas do final, pela quebra duma mangueira que conecta o turbo ao motor. Ainda assim, completou o percurso em quinto.

Um dos grandes destaques nas primeiras provas, Ferran desta vez não teve carro para andar na frente na milha de Nazareth. Para piorar, ao deixar os boxes após uma parada, foi atingido por Adrian Fernandez e abandonou. Na U.S. 500, em Michigan, chegou em nono, depois de se envolver com outros 10 carros, em um espetacular acidente na volta de apresentação. No Grande Prêmio de Milwaukee, Gil marca pontos com o nono lugar, mas teve atuação discreta, justificada pelos problemas em acertar o carro.

No circuito de rua de Detroit terminou em terceiro apesar do erro ao sair dos pits. Ele esqueceu de desligar o limitador de velocidade quando voltou para a pista. Ao perceber o engano, desligou o sistema no meio de uma curva, com o pé no acelerador. Aí ele rodou, caindo de segundo para quarto, mas depois ganhou uma posição ao passar Paul Tracy. Em Portland, volta ao pódio. Desta vez, foi segundo, após boa briga com o compatriota Christian Fittipaldi.

Um dos grandes destaques nas primeiras provas, Ferran desta vez não teve carro para andar na frente na milha de Nazareth. Para piorar, ao deixar os boxes após uma parada, foi atingido por Adrian Fernandez e abandonou. Na U.S. 500, em Michigan, chegou em nono, depois de se envolver com outros 10 carros, em um espetacular acidente na volta de apresentação. No Grande Prêmio de Milwaukee, Gil marca pontos com o nono lugar, mas teve atuação discreta, justificada pelos problemas em acertar o carro.

No circuito de rua de Detroit terminou em terceiro apesar do erro ao sair dos pits. Ele esqueceu de desligar o limitador de velocidade quando voltou para a pista. Ao perceber o engano, desligou o sistema no meio de uma curva, com o pé no acelerador. Aí ele rodou, caindo de segundo para quarto, mas depois ganhou uma posição ao passar Paul Tracy. Em Portland, volta ao pódio. Desta vez, foi segundo, após boa briga com o compatriota Christian Fittipaldi.

A grande glória daquela temporada ocorreu o mesmo local que, um ano antes, o imprudente Scott Pruett o fez perder uma vitória certa: o aeroporto Burke Lakefront de Cleveland. Um choque na traseira de André Ribeiro na largada quase estragou a corrida de Gil. Mas no confronto dos reabastecimentos, ele venceu a espetacular batalha contra o italiano Alessandro Zanardi, parando somente duas vezes, nas voltas 20 e 54, três depois do italiano.

Ao contrário de Gil, que planejou sua estratégia junto com o engenheiro, Bill Pappas, e o dono da equipe, Jim Hall, Zanardi não tinha a experiência necessária para opinar na sua tática de corrida. Com isso o italiano teve de fazer um terceiro pit stop na 80ª volta, faltando dez para a bandeira quadricula, e mesmo sendo bem mais rápido que o brasileiro, não conseguir se impor na larga pista localizada sobre o lago Erie.

No trágico GP de Toronto, no qual morreram o piloto norte-americano Jeff Krosnoff,e o bandeirinha Gary Arvin, Gil, que vinha atrás de Krosnoff e viu todo o acidente, ficou em estado de choque. "Foi o acidente mais terrível que já vi na minha vida", afirmou. Sua atuação foi muito ruim: perdeu o bico do carro, ficando parado nos pits por três voltas para trocá-lo e terminou em 18º lugar.

Nas 500 milhas de Michigan, seu ídolo Émerson Fittipaldi sofreu um violento acidente na largada, constatou-se uma fratura na sétima vértebra cervical e colapso de 30% no pulmão esquerdo, o fazendo anunciar sua aposentadoria no fim daquela temporada. Ferran abandonou com uma suspensão quebrada. A possibilidade de brigar pelo campeonato diminuiu após a desastrosa largada do GP de Mid-Ohio. Ele perdeu o ponto de freada no final da reta, acertando a traseira do PacWest Maurício Gugelmin. Gil ficou por três voltas nos pits, fez reparos e trocou outra vez a asa dianteira do Reynard, ficando pela terceira vez consecutiva fora da zona de pontuação.

Em Elkhart Lake, mais uma batida na largada tira Ferran da disputa pelo título. Ao disputar a liderança, novamente a falta de paciência do brasileiro o tirou de uma corrida ao bateu em Zanardi. Finalmente, depois de um período de acidentes e quebras, fez uma boa atuação em Vancouver. Mesmo economizando metanol nas voltas finais, terminou como quarto colocado. Na última prova, em Laguna Seca, abandonou logo na 15ª volta, com a suspensão traseira esquerda quebrada. Despediu-se da Hall com a sexto lugar na classificação. Uma enorme decepção frente às expectativas iniciais de lutar pelo título.

Desde junho corria o boato de que a Hall não renovaria o patrocínio com a fábrica de lubrificantes Pennzoil, fechando as atividades para 1997. O compromisso, assinado em 1990, venceu no fim de julho e existia uma cláusula de renovação condicionada a um título que a Hall nunca conquistou. A empresa só manteve a parceria com a equipe Patrick, por causa de Scott Pruett. Gil tinha a opção de ficar com Jim Hall por mais uma temporada, somente se a equipe renovasse com o parceiro ou se conseguisse outro investidor. Como as negociações não evoluíram Ferran acabou assinando com a Walker. Na nova equipe, o piloto continuava utilizando pneus Goodyear e chassi Reynard, levando consigo Bill Pappas e os motores Honda.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Watkins Glen International

Por Bobby Rahal*

A Fórmula Indy voltará a correr em um circuito misto. Será disputada em Watkins Glen a nona etapa da temporada após a sequência de seis corridas em ovais. Será o palco do primeiro desafio em um misto do ano. Serão 60 voltas nos 5,470 km, totalizando 204 milhas de extensão, que une curvas rápidas, freadas fortes, exigindo muito do câmbio e dos freios. Situada na região norte do estado norte-americano de Nova York, o circuito foi construído em 1956. Porém, desde 1948, por iniciativa de Cameron Argentsinger, aconteciam corridas no local, aproveitando as ruas e as estradas da região.

O perigoso circuito, com marcantes mudanças de elevação e curvas rápidas e abauladas, tornou-se palco para históricos e extraordinários acontecimentos do automobilismo. A partir de 1961, tornou-se a sede do GP dos Estados Unidos de Fórmula 1, ficando mundialmente conhecido. Entre as décadas de 1960 a 1980, recebeu estrelas da Fórmula 1 como Jim Clark, Jackie Stewart, Niki Lauda, Graham Hill, Ronnie Peterson, Gilles Villeneuve, Nélson Piquet e foi o palco da primeira vitória de Emerson Fittipaldi. A prova de 1980 foi a última da Fórmula 1 em Watkins Glen, pois naquela época o circuito passava por sérias dificuldades financeiras que quase levaram ao seu fechamento. Após uma prova da Fórmula Indy em 1981, a pista não receberia qualquer evento importante nos anos seguintes.

A salvação viria em 1983, quando o circuito foi adquirido pela Corning Enterprises (subsidiária da Corning Glass Works, fabricante de vidros pirex) em associação com a International Speedway Corp. (ISC). Isso permitiu que o circuito entrasse para o calendário da divisão principal da Nascar em 1986 e se reerguesse como um dos mais importantes do país. Isso teve mais do que um significado simbólico, pois a primeira corrida disputada em 1957 e foi justamente uma prova de Nascar, vencida por Buck Baker. Em 1997, a ISC compraria a parte da Corning e se tornaria a única proprietária de Watkins Glen, como continua até hoje.

Finalmente, em 2005, a Fórmula Indy fez o seu retorno triunfal ao velho circuito, após uma ausência de 24 anos, no dia 25 de setembro. Resgatou-se também a tradicional data de início do outono, quando acontecia o GP de Fórmula 1. A Indy resgatou um trecho do traçado conhecido como "The Boot" (A Bota), que começa logo após a maior reta do circuito e foi inaugurado no GP dos Estados Unidos de 1972, não utilizado pela Nascar. O trajeto por onde a Indy corre difere significativamente do circuito da Nascar pela inclusão da parte da "Bota" e pela exclusão da "Inner Loop", uma chicane no final da maior reta do circuito.

Embora seja um misto, as curvas possuem inclinações variando de 6 a 10 graus. Por outro lado, em se tratando de uma pista antiga, a largura é em média de apenas 11,5 metros, o tornando um circuito estreito. Watkins Glen pode, eventualmente, ser como Sonoma, onde se um carro lento consegue seguir trajetórias defensivas, ele segura os pilotos mais rápidos, tornando as ultrapassagens escassas e difíceis. Isso são apenas detalhes. Watkins Glen continua sendo um circuito muito rápido e assustador, de deixar os cabelos em pé. Imperdível para quem gosta de automobilismo.

Confira a programação para o GP de Watkins Glen, nona etapa da temporada 2009 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sábado (04/07)
11h00min - treino livre
16h00min - treino classificatório

Domingo (05/07)
10h30min - warm up
14h30min - GP de Watkins Glen (60 voltas)

Vencedor em 2008: Ryan Hunter-Reay (EUA)
Pole em 2008: Ryan Briscoe (AUS)

* com modificações.