16ª etapa - GP de Motegi
Dixon vence no Japão e assume liderança após erro de Briscoe
Scott Dixon recuperou a liderança da Fórmula Indy antes da grande decisão, no oval de Homestead, em Miami, no próximo dia 10 de outubro, ao derrotar o companheiro de Ganassi Dario Franchitti e vencer o GP de Motegi, no Japão, 16ª etapa do campeonato. Enquanto o australiano Ryan Briscoe, da Penske, então líder, terminou num desastroso 18º lugar.
Briscoe, que chegou ao evento japonês com uma confortável vantagem de 25 pontos na classificação, viu suas chances de título antecipado se evaporar ao bater na saída do pitlane, justamente quando parecia que estava prestes a assumir a liderança da corrida. Ele ainda conseguiu voltar aos boxes para fazer uma longa parada para reparos, mas somente podia assistir impotente o domínio de Dixon durante todo fim de semana.
A dupla da Ganassi manteve-se na frente desde a largada, com Franchitti ultrapassando o segundo colocado no grid Mário Moraes antes da primeira curva, ficando atrás do pole Dixon. Dez voltas depois, Dixon liderava com 945 centésimos de vantagem sobre Franchitti. Enquanto isso, Dan Wheldon, vencedor em 2004, disputava contra sua desafeta Danica Patrick a quinta posição. Marco Andretti, por sua vez, ganhava cinco posições e já era o décimo.
Na 20ª volta, a vantagem de Dixon sobre o companheiro de equipe passava de um segundo. Porém com muito cuidado, o escocês foi reduzindo da diferença, volta após volta, tirando cinco centésimos até chegar aos seis décimos na 30ª volta. Em terceiro lugar, ainda estava Mário Moraes com 2,8 segundos atrás do líder. Enquanto Ryan Briscoe, que largou em quarto, manteve a posição e neste momento da prova estava à frente de Wheldon, Patrick, Rahal, Tomas Scheckter, Oriol Servia e Andretti na décima posição.
Sem muita sorte na qualificação, largando nas últimas posições, os brasileiros Tony Kanaan e Hélio Castro Neves faziam uma corrida de recuperação e brigavam em si pelo décimo quarto lugar na 35ª volta. No pelotão da frente, Franchitti ainda tentava diminuir a distância entre ele e Dixon, mas ela voltava a crescer e no final de 40 voltas estava em 850 centésimos de segundo. Então, com um carro visivelmente mais rápido no ar limpo, Franchitti pressionava Dixon para tomar a primeira posição.
Na 49ª volta, Dixon entrou no pit lane, uma volta à frente de seu companheiro de Dario. Quando Franchitti saiu do pit lane, o neozelandês veio como um foguete. Os dois entraram em um bonito duelo roda contra roda na curva 3. Mas colocado no lado externo, o campeão de 2007 conseguiu manter a ponta e abriu a pequena margem de cinco décimos sobre Dixon.
Até então ocupando uma soberba terceira colocação, Moraes teve um pit stop desastroso na 72ª volta. O carro do brasileiro teve um problema na mangueira de reabastecimento e teve de voltar na volta seguinte para completar o nível de combustível. No total, Moraes perdeu duas voltas completas.
No meio do pelotão, Tony Kanaan tomou uma volta de Franchitti, na 65ª passagem. Para o piloto da Andretti Green, Motegi foi outra vez uma corrida muito decepcionante, como praticamente toda sua temporada desse ano. Após 70 voltas, Franchitti tinha uma vantagem de nove décimos sobre Dixon. Dan Wheldon, em terceiro, e Ryan Briscoe, o quarto, seguiam muito distantes. A corrida tornou-se preocupante para a Penske na 75ª volta. Castro Neves figurava entre os dez primeiros, vendo Franchitti colocar uma volta, enquanto Briscoe seguia impotente em quarto lugar, com mais de nove segundos atrás.
A classificação permanecia a mesma até a 90ª volta, quando Tomas Scheckter, vítima do câmbio, foi obrigado a abandonar. Quando se aproximava a segunda janela de paradas, o campeão de 2007 começou a imprimir um ritmo impressionante. Constantemente com uma média acima das 194 milhas, ninguém era capaz de manter a mesma velocidade do escocês, nem mesmo seu parceiro Dixon, sempre 1 milha mais lento.
Justin Wilson deu início à segunda rodada de pit stops na 98ª volta. Quatro voltas mais tarde, era a vez de Dixon fazer seu abastecimento e aproveitou para regular a asa dianteira. Na volta seguinte era a vez de Franchitti contar com os serviços dos seus engenheiros. Desse modo, Briscoe aproveitou para liderar por duas voltas antes de também parar. O australiano entrou nos pits na 106ª volta, no mesmo instante em que Mike Conway perdia o controle de seu carro e batia na curva 3, considerada uma das mais difíceis do calendário. Numa disputa intensa de posição com Kanaan, Conway colocar as rodas na pista interna e imediatamente roda, indo de encontro à barreira de segurança. Os comissários, em seguida, acionavam a primeira bandeira amarela da corrida.
Briscoe continua na ponta, depois de deixar seu pit, mas acontece algo inusitado: surpreendido com os pneus frios, acelera mais do que devia, o carro desgarrou para o lado esquerdo, indo bater no muro das arquibancadas internas. Para completar o desastre, ele ainda atropelou um cone, que ficou preso embaixo de seu carro por duas voltas até ir aos boxes. Pelo menos os danos só foram na asa frontal e na suspensão dianteira esquerda. Agora o único objetivo era chegar até o fim.
A relargada acontece na 118ª volta, com Dixon na ponta. O neozelandês superou Franchitti durante os pits stops. Wheldon era o terceiro com Servia e Rahal em quarto e quinto, com Moraes em sexto. Patrick, Matos, Andretti e Wilson completavam o grupo dos dez primeiros. Atrás dos líderes, Raphael Matos superava Oriol Servia na briga pelo quarto lugar. Porém, algumas voltas mais tarde, o espanhol que fazia sua última corrida da temporada pela Newman Haas Lanigan e tenta convencer a equipe a mantê-lo para 2010, retoma a posição do estreante da Luczo Dragon.
Os três primeiros permaneceram nessa ordem até a 157ª volta, no momento em que a Panther chama Wheldon para os pits. Três voltas depois, a equipe Ganassi chama Dixon e Franchitti para fazer o reabastecimento ao mesmo tempo. As equipes de mecânicos da dupla entraram em disputa para saber quem faria a parada mais rápida, o que certamente definiria o vencedor. Então novamente, veio a bandeira amarela quando Ryan Hunter-Reay perdeu o controle de seu carro e bateu forte no muro da curva 4. Na saída do pit stop, Dixon manteve-se na frente de Franchitti.
A bandeira verde é acionada na 171ª volta. Era nítida a vantagem de Dixon quando os carros estavam pesados de combustível, enquanto Franchitti anda melhor com o tanque vazio. Portanto, parecia óbvio que dificilmente existiria alguém a ameaçar o triunfo de Dixon no oval japonês. Em vinte voltas, a diferença aumentou para mais de um segundo e na volta final, Dixon cruzou com uma vantagem 1s4475 para Franchitti.
Graham Rahal terminou em terceiro, seguido por Servia que venceu Moraes na disputa pelo quarto lugar nas voltas finais. Patrick, vencedora do ano passado, ficou em sexto, pressionada por Andretti e Wheldon, que foi prejudicado em sua terceira parada pela última bandeira amarela, quando vinha em uma ótima terceira posição. Raphael Matos, por sua vez, terminou em nono, seguido de perto por Castro Neves e Kanaan.
Com esta vitória, Dixon assumiu a liderança da classificação, chegando aos 570 pontos, cinco a mais que Franchitti. Briscoe agora é o terceiro, com 562 pontos. É a 14ª vez em 16 corridas neste ano que ocorre mudança na ponta da tabela. Com a disputa ainda indefinida, a decisão do campeão de 2009 da Fórmula Indy ficou mesmo para a última etapa, no próximo dia 10 de outubro, no circuito oval de Homestead, em Miami, nos Estados Unidos.
Difícil dizer quem é o favorito. Quatro das cinco conquistas de Dixon este ano (80%) ocorreram em ovais. Duas das três vitórias de Briscoe (66%) foram em ovais. Enquanto apenas um dentre os quatro primeiros lugares de Franchitti (25%) foi nesse tipo de circuito. Se levarmos em consideração somente os números, Dixon será campeão outra vez da Indy, mas depois do que ocorreu com Briscoe em Motegi, o título provavelmente ficará não com o mais rápido dos três, mas com quem tiver mais equilíbrio emocional no momento de decisão.
GP de Motegi
16ª etapa - 19/09/2009
Circuito oval com 1,549 milha
Twin Ring Motegi - Motegi, Tochigi (Japão)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 1h51min37s6411
2) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 1s4475
3) Graham Rahal (EUA/ Newman Haas Lanigan), 3s2002
4) Oriol Servià (ESP/Newman Haas Lanigan), 7s3720
5) Mário Moraes (BRA/KV), 12s7643
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 16s1392
7) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 16s6513
8) Dan Wheldon (ING/Panther), 17s2646
9) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 17s5790
10) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 199 voltas
11) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 199 voltas
12) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 199 voltas
13) Ed Carpenter (EUA/Vision), 198 voltas
14) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 198 voltas
15) Ernesto Viso (VEN/HVM), 198 voltas
16) Robert Doornbos (HOL/HVM), 198 voltas
17) Kosuke Matsuura (JAP/Conquest), 195 voltas
18) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 185 voltas
19) Stanton Barrett (EUA/3G), 182 voltas
20) Roger Yasukawa (EUA/Dreyer & Reinbold), 172 voltas
21) Ryan Hunter-Reay (EUA/Foyt), 157 voltas
22) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 103 voltas
23) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 90 voltas
A classificação da Indy após dezesseis etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 570 pontos
2) Dario Franchitti (Ganassi) 565 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 562 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 403 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 381 pontos
6) Marco Andretti (Andretti Green) 368 pontos
7) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 366 pontos
8) Tony Kanaan (Andretti Green) 354 pontos
9) Dan Wheldon (Panther) 342 pontos
10) Justin Wilson (Dale Coyne) 334 pontos
11) Hideki Mutoh (Andretti Green) 325 pontos
12) Ed Carpenter (Vision) 303 pontos
13) Raphael Matos (Luczo Dragon) 296 pontos
14) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 281 pontos
15) Mário Moraes (KV) 278 pontos
16) Robert Doornbos (HVM) 271 pontos
17) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 247 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 234 pontos
19) Will Power (Penske) 215 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 173 pontos
21) Oriol Servia (Newman Haas Lanigan) 115 pontos
22) Alex Tagliani (Conquest) 114 pontos
23) Paul Tracy (KV) 113 pontos
24) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 100 pontos
25) Sarah Fisher (Fisher) 77 pontos
26) Jacques Lazier (3G) 65 pontos
27) Richard Antinucci (3G) 63 pontos
28) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
29) Stanton Barrett (3G) 62 pontos
30) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
31) Townsend Bell (KV) 32 pontos
32) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
33) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
34) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
35) Nelson Philippe (HVM) 16 pontos
36) Kosuke Matsuura (Conquest) 12 pontos
37) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
38) Franck Montagny (Andretti Green) 12 pontos
39) Roger Yasukawa (Dreyer & Reinbold) 12 pontos
40) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos
Dixon vence no Japão e assume liderança após erro de Briscoe
Scott Dixon recuperou a liderança da Fórmula Indy antes da grande decisão, no oval de Homestead, em Miami, no próximo dia 10 de outubro, ao derrotar o companheiro de Ganassi Dario Franchitti e vencer o GP de Motegi, no Japão, 16ª etapa do campeonato. Enquanto o australiano Ryan Briscoe, da Penske, então líder, terminou num desastroso 18º lugar.
Briscoe, que chegou ao evento japonês com uma confortável vantagem de 25 pontos na classificação, viu suas chances de título antecipado se evaporar ao bater na saída do pitlane, justamente quando parecia que estava prestes a assumir a liderança da corrida. Ele ainda conseguiu voltar aos boxes para fazer uma longa parada para reparos, mas somente podia assistir impotente o domínio de Dixon durante todo fim de semana.
A dupla da Ganassi manteve-se na frente desde a largada, com Franchitti ultrapassando o segundo colocado no grid Mário Moraes antes da primeira curva, ficando atrás do pole Dixon. Dez voltas depois, Dixon liderava com 945 centésimos de vantagem sobre Franchitti. Enquanto isso, Dan Wheldon, vencedor em 2004, disputava contra sua desafeta Danica Patrick a quinta posição. Marco Andretti, por sua vez, ganhava cinco posições e já era o décimo.
Na 20ª volta, a vantagem de Dixon sobre o companheiro de equipe passava de um segundo. Porém com muito cuidado, o escocês foi reduzindo da diferença, volta após volta, tirando cinco centésimos até chegar aos seis décimos na 30ª volta. Em terceiro lugar, ainda estava Mário Moraes com 2,8 segundos atrás do líder. Enquanto Ryan Briscoe, que largou em quarto, manteve a posição e neste momento da prova estava à frente de Wheldon, Patrick, Rahal, Tomas Scheckter, Oriol Servia e Andretti na décima posição.
Sem muita sorte na qualificação, largando nas últimas posições, os brasileiros Tony Kanaan e Hélio Castro Neves faziam uma corrida de recuperação e brigavam em si pelo décimo quarto lugar na 35ª volta. No pelotão da frente, Franchitti ainda tentava diminuir a distância entre ele e Dixon, mas ela voltava a crescer e no final de 40 voltas estava em 850 centésimos de segundo. Então, com um carro visivelmente mais rápido no ar limpo, Franchitti pressionava Dixon para tomar a primeira posição.
Na 49ª volta, Dixon entrou no pit lane, uma volta à frente de seu companheiro de Dario. Quando Franchitti saiu do pit lane, o neozelandês veio como um foguete. Os dois entraram em um bonito duelo roda contra roda na curva 3. Mas colocado no lado externo, o campeão de 2007 conseguiu manter a ponta e abriu a pequena margem de cinco décimos sobre Dixon.
Até então ocupando uma soberba terceira colocação, Moraes teve um pit stop desastroso na 72ª volta. O carro do brasileiro teve um problema na mangueira de reabastecimento e teve de voltar na volta seguinte para completar o nível de combustível. No total, Moraes perdeu duas voltas completas.
No meio do pelotão, Tony Kanaan tomou uma volta de Franchitti, na 65ª passagem. Para o piloto da Andretti Green, Motegi foi outra vez uma corrida muito decepcionante, como praticamente toda sua temporada desse ano. Após 70 voltas, Franchitti tinha uma vantagem de nove décimos sobre Dixon. Dan Wheldon, em terceiro, e Ryan Briscoe, o quarto, seguiam muito distantes. A corrida tornou-se preocupante para a Penske na 75ª volta. Castro Neves figurava entre os dez primeiros, vendo Franchitti colocar uma volta, enquanto Briscoe seguia impotente em quarto lugar, com mais de nove segundos atrás.
A classificação permanecia a mesma até a 90ª volta, quando Tomas Scheckter, vítima do câmbio, foi obrigado a abandonar. Quando se aproximava a segunda janela de paradas, o campeão de 2007 começou a imprimir um ritmo impressionante. Constantemente com uma média acima das 194 milhas, ninguém era capaz de manter a mesma velocidade do escocês, nem mesmo seu parceiro Dixon, sempre 1 milha mais lento.
Justin Wilson deu início à segunda rodada de pit stops na 98ª volta. Quatro voltas mais tarde, era a vez de Dixon fazer seu abastecimento e aproveitou para regular a asa dianteira. Na volta seguinte era a vez de Franchitti contar com os serviços dos seus engenheiros. Desse modo, Briscoe aproveitou para liderar por duas voltas antes de também parar. O australiano entrou nos pits na 106ª volta, no mesmo instante em que Mike Conway perdia o controle de seu carro e batia na curva 3, considerada uma das mais difíceis do calendário. Numa disputa intensa de posição com Kanaan, Conway colocar as rodas na pista interna e imediatamente roda, indo de encontro à barreira de segurança. Os comissários, em seguida, acionavam a primeira bandeira amarela da corrida.
Briscoe continua na ponta, depois de deixar seu pit, mas acontece algo inusitado: surpreendido com os pneus frios, acelera mais do que devia, o carro desgarrou para o lado esquerdo, indo bater no muro das arquibancadas internas. Para completar o desastre, ele ainda atropelou um cone, que ficou preso embaixo de seu carro por duas voltas até ir aos boxes. Pelo menos os danos só foram na asa frontal e na suspensão dianteira esquerda. Agora o único objetivo era chegar até o fim.
A relargada acontece na 118ª volta, com Dixon na ponta. O neozelandês superou Franchitti durante os pits stops. Wheldon era o terceiro com Servia e Rahal em quarto e quinto, com Moraes em sexto. Patrick, Matos, Andretti e Wilson completavam o grupo dos dez primeiros. Atrás dos líderes, Raphael Matos superava Oriol Servia na briga pelo quarto lugar. Porém, algumas voltas mais tarde, o espanhol que fazia sua última corrida da temporada pela Newman Haas Lanigan e tenta convencer a equipe a mantê-lo para 2010, retoma a posição do estreante da Luczo Dragon.
Os três primeiros permaneceram nessa ordem até a 157ª volta, no momento em que a Panther chama Wheldon para os pits. Três voltas depois, a equipe Ganassi chama Dixon e Franchitti para fazer o reabastecimento ao mesmo tempo. As equipes de mecânicos da dupla entraram em disputa para saber quem faria a parada mais rápida, o que certamente definiria o vencedor. Então novamente, veio a bandeira amarela quando Ryan Hunter-Reay perdeu o controle de seu carro e bateu forte no muro da curva 4. Na saída do pit stop, Dixon manteve-se na frente de Franchitti.
A bandeira verde é acionada na 171ª volta. Era nítida a vantagem de Dixon quando os carros estavam pesados de combustível, enquanto Franchitti anda melhor com o tanque vazio. Portanto, parecia óbvio que dificilmente existiria alguém a ameaçar o triunfo de Dixon no oval japonês. Em vinte voltas, a diferença aumentou para mais de um segundo e na volta final, Dixon cruzou com uma vantagem 1s4475 para Franchitti.
Graham Rahal terminou em terceiro, seguido por Servia que venceu Moraes na disputa pelo quarto lugar nas voltas finais. Patrick, vencedora do ano passado, ficou em sexto, pressionada por Andretti e Wheldon, que foi prejudicado em sua terceira parada pela última bandeira amarela, quando vinha em uma ótima terceira posição. Raphael Matos, por sua vez, terminou em nono, seguido de perto por Castro Neves e Kanaan.
Com esta vitória, Dixon assumiu a liderança da classificação, chegando aos 570 pontos, cinco a mais que Franchitti. Briscoe agora é o terceiro, com 562 pontos. É a 14ª vez em 16 corridas neste ano que ocorre mudança na ponta da tabela. Com a disputa ainda indefinida, a decisão do campeão de 2009 da Fórmula Indy ficou mesmo para a última etapa, no próximo dia 10 de outubro, no circuito oval de Homestead, em Miami, nos Estados Unidos.
Difícil dizer quem é o favorito. Quatro das cinco conquistas de Dixon este ano (80%) ocorreram em ovais. Duas das três vitórias de Briscoe (66%) foram em ovais. Enquanto apenas um dentre os quatro primeiros lugares de Franchitti (25%) foi nesse tipo de circuito. Se levarmos em consideração somente os números, Dixon será campeão outra vez da Indy, mas depois do que ocorreu com Briscoe em Motegi, o título provavelmente ficará não com o mais rápido dos três, mas com quem tiver mais equilíbrio emocional no momento de decisão.
GP de Motegi
16ª etapa - 19/09/2009
Circuito oval com 1,549 milha
Twin Ring Motegi - Motegi, Tochigi (Japão)
1) Scott Dixon (NZL/Ganassi), 1h51min37s6411
2) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), 1s4475
3) Graham Rahal (EUA/ Newman Haas Lanigan), 3s2002
4) Oriol Servià (ESP/Newman Haas Lanigan), 7s3720
5) Mário Moraes (BRA/KV), 12s7643
6) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), 16s1392
7) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 16s6513
8) Dan Wheldon (ING/Panther), 17s2646
9) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 17s5790
10) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 199 voltas
11) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 199 voltas
12) Justin Wilson (ING/Dale Coyne), 199 voltas
13) Ed Carpenter (EUA/Vision), 198 voltas
14) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), 198 voltas
15) Ernesto Viso (VEN/HVM), 198 voltas
16) Robert Doornbos (HOL/HVM), 198 voltas
17) Kosuke Matsuura (JAP/Conquest), 195 voltas
18) Ryan Briscoe (AUS/Penske), 185 voltas
19) Stanton Barrett (EUA/3G), 182 voltas
20) Roger Yasukawa (EUA/Dreyer & Reinbold), 172 voltas
21) Ryan Hunter-Reay (EUA/Foyt), 157 voltas
22) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), 103 voltas
23) Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), 90 voltas
A classificação da Indy após dezesseis etapas
1) Scott Dixon (Ganassi) 570 pontos
2) Dario Franchitti (Ganassi) 565 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 562 pontos
4) Hélio Castro Neves (Penske) 403 pontos
5) Danica Patrick (Andretti Green) 381 pontos
6) Marco Andretti (Andretti Green) 368 pontos
7) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 366 pontos
8) Tony Kanaan (Andretti Green) 354 pontos
9) Dan Wheldon (Panther) 342 pontos
10) Justin Wilson (Dale Coyne) 334 pontos
11) Hideki Mutoh (Andretti Green) 325 pontos
12) Ed Carpenter (Vision) 303 pontos
13) Raphael Matos (Luczo Dragon) 296 pontos
14) Ryan Hunter-Reay (Foyt) 281 pontos
15) Mário Moraes (KV) 278 pontos
16) Robert Doornbos (HVM) 271 pontos
17) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 247 pontos
18) Ernesto Viso (HVM) 234 pontos
19) Will Power (Penske) 215 pontos
20) Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold) 173 pontos
21) Oriol Servia (Newman Haas Lanigan) 115 pontos
22) Alex Tagliani (Conquest) 114 pontos
23) Paul Tracy (KV) 113 pontos
24) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 100 pontos
25) Sarah Fisher (Fisher) 77 pontos
26) Jacques Lazier (3G) 65 pontos
27) Richard Antinucci (3G) 63 pontos
28) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
29) Stanton Barrett (3G) 62 pontos
30) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
31) Townsend Bell (KV) 32 pontos
32) A.J. Foyt IV (Foyt) 26 pontos
33) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
34) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
35) Nelson Philippe (HVM) 16 pontos
36) Kosuke Matsuura (Conquest) 12 pontos
37) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
38) Franck Montagny (Andretti Green) 12 pontos
39) Roger Yasukawa (Dreyer & Reinbold) 12 pontos
40) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos