segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Galeria da Fama: Paul Tracy (parte final)


Então, ocorreu a reunificação da Indy em fevereiro desse ano. Ainda com quatro anos de contato a cumprir, Tracy pela primeira vez em sua carreira fica desempregado, já que a Forsythe anunciou que não iria participar da temporada 2008, alegando não dispor dos recursos e patrocinadores necessários para competir na nova categoria. Paul começou a procurar uma nova equipe. O problema é que todas as vagas de equipes competitivas já estavam preenchidas, e as organizações menores não dispunham de um orçamento capaz de atender as exigências do piloto.

Ele esperava receber um convite para disputar as 500 milhas de Indianápolis, mas ao invés disso, a Kingdom acabou chamando o norte-americano Davey Hamilton. Com tantas dificuldades, Tracy admitiu até mesmo aposentar-se, já que estava receoso em aceitar o único convite que recebeu, no caso, o da Vision, equipe de Tony George, por achar que ela não lhe daria possibilidade de vencer corridas e disputar campeonatos.


Finalmente mudou de idéia e aceitou a oferta de George, principalmente depois da evolução que a equipe demonstrou nos ovais, como na prova de abertura em Homestead, onde a Vision classificou-se na segunda e terceira posições no grid. Agora o desafio era encontrar patrocinadores dispostos a investir nesse projeto com mais da metade do campeonato disputado. No fim, deu todo certo, já que a cadeia de lanchonetes Subway se dispôs a bancar as despesas, enquanto a preparação do carro ficaria ao encargo da Walker, equipe que pretende retornar à categoria em 2009. Por enquanto, só ficando definida a participação na etapa de Edmonton, no Canadá.

Até mesmo Tracy duvidava que conseguisse ser competitivo, em razão da falta de tempo para treinar e conhecer a equipe. “Não temos nenhum tipo de objetivo como, por exemplo, ganhar esta corrida”. Objetivo real era assegurar uma vaga no restante da temporada ou para 2009 e voltar às competições da Indy.


Para felicidade do público local, Paul fez uma corrida magnífica, como nos velhos tempos. Mesmo largando numa modesta 15ª colocação, conseguiu ganhar 11 posições durante a prova, chegando num excelente quarto lugar, bem na frente dos pilotos titulares da Vision, A.J. Foyt IV e Ed Carpenter.

Aos críticos que disseram que ele precisava provar seu valor como piloto, a resposta foi dada, o que para ele e seus fãs, deve o sabor de vitória. Que seja a primeira de muitas outras conquistas nesse novo renascimento do mais querido piloto de monopostos da América do Norte.

Histórico do Piloto
2007 - Equipe Forsythe, 11º colocado, 1 vitória, 171 pontos.
2006 - Equipe Forsythe, 7º colocado, 209 pontos.
2005 - Equipe Forsythe, 4º colocado, 2 vitórias, 3 poles, 246 pontos.
2004 - Equipe Forsythe, 4º colocado, 2 vitórias, 3 poles, 254 pontos.
2003 - Equipe Forsythe, campeão, 7 vitórias, 6 poles, 226 pontos.
2002 - Equipe Green, 11º colocado, 1 vitória, 101 pontos.
2001 - Equipe Green, 14º colocado, 73 pontos.
2000 - Equipe Green, 5º colocado, 3 vitórias, 1 pole, 134 pontos.
1999 - Equipe Green, 3º colocado, 2 vitórias, 161 pontos.
1998 - Equipe Green, 13º colocado, 61 pontos.
1997 - Equipe Penske, 5º colocado, 3 vitórias, 2 poles, 121 pontos.
1996 - Equipe Penske, 13º colocado, 3 poles, 60 pontos.
1995 - Equipe Newman Haas, 6º colocado, 2 vitórias, 4 poles, 115 pontos.
1994 - Equipe Penske, 3º colocado, 3 vitórias, 4 poles, 152 pontos.
1993 - Equipe Penske, 3º colocado, 5 vitórias, 2 poles, 157 pontos.
1992 - Equipe Penske, 12º colocado, 1 pole, 59 pontos.
1991 - Estréia na Fórmula Indy, equipes Dale Coyne e Penske, 21º colocado, 6 pontos.
1990 - Campeão da Indy Lights, 9 vitórias, 7 poles.
1989 - Indy Lights, 8º colocado.
1988 - Indy Lights, 1 vitória, 9º colocado.
1987 - Fórmula 2000, 1 vitória. SCCA Endurance. Grandstand Inglesa.
1986 - Fórmula 2000, 1 vitória. Can-Am, 1 vitória.
1985 - Campeão da Fórmula Ford Canadense.
1984 - Começa a correr de Kart. Mundial de Kart, 6º colocado.

Estatísticas na Fórmula Indy
GPs disputados: 264
Vitórias: 31
Pódios: 75
Poles: 25

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Kentucky Speedway



O Kentucky Speedway é um circuito trioval de 1,500 milha, localizado na região centro-norte do Estado do Kentucky, próximo a Esparta, o palco da 14ª etapa da Fórmula Indy. Serão 200 voltas, totalizando 300 milhas de extensão.

A pista foi inaugurada em 2000, possuindo curvas com inclinações de 14 graus, com uma volta sendo percorrida em torno de 25 segundos durante a corrida. A classificação para o grid de largada será definido com a média das quatro voltas cronometradas de cada piloto.

Essa será a penúltima prova em um oval nessa temporada, e depois dessa, restarão somente mais três provas para definir o campeonato, em Sonoma, Detroit e Chicago. Ainda será disputada uma corrida extra-campeonato em Surfer's Paradise, na Austrália, no dia 26 de outubro.

E como sempre, o favoritismo recai sobre a Ganassi e principalmente no neozelandês Scott Dixon, que lidera a classificação, com 65 pontos na frente do vice-líder Hélio Castro Neves, da Penske. O companheiro de equipe de Dixon, o inglês Dan Wheldon, é o terceiro com 115 pontos de desvantagem, seguido por Tony Kanaan, a 118 pontos do primeiro colocado.

Para esse ano, os pilotos terão que se adaptar às novas condições da disputa na corrida, pois com o aumento no número de carros em relação ao ano passado, o tráfego se tornou um fator decisivo para um grande resultado no Kentucky.

Antes, os carros tinham diminuídos ao máximo a pressão aerodinâmica, e assim, os pilotos não podiam cometer erros na condução, em razão desse acerto, quando se tinha um carro pela frente, a forte turbulência ocasionava perda de aderência, aumentando o risco de acidentes.

Agora, as equipes estudam qual o melhor acerto a ser utilizado nessas novas condições, sendo os treinos livres dessa sexta feira muitos importantes para se definir a estratégia a ser seguida para a corrida.

Devido a essa preocupação, a Firestone disponibilizará um novo composto que será usando tanto em Kentucky, quanto na última prova de oval do ano, em Chicago. O objetivo é conseguir uma maior aderência nesses circuitos.

O formato dos pneus será o mesmo dos utilizados normalmente em outros ovais de 1,500 milha, com os pneus direitos possuindo um diâmetro maior em meia polegada em relação aos esquerdos. No total, vão ser 1008 pneus, sendo oito jogos (32 unidades) para cada carro.

Confira a programação para o GP do Kentucky, décima quarta etapa da temporada de 2008 da Fórmula Indy (horários de Brasília):

Sexta-feira (08/08)
12h15 - treino livre
15h45 - treino livre
19h30 - treino classificatório

Sábado (09/08)
19h30 - GP do Kentucky (200 voltas)

Vencedor em 2007: Tony Kanaan (BRA)
Pole em 2007: Tony Kanaan (BRA)

Galeria da Fama: Paul Tracy (parte 3)


Em 2005, o campeonato começou muito bem para Paul. Ele liderou a classificação nas cinco primeiras corridas, vencendo em Milwaukee e Cleveland. Porém a falta de sorte e os erros caracterizaram o restante do ano. Em Toronto, Tracy foi vítima do regulamento. Ele liderava a corrida e se preparava para mais um pit stop quando surgiu uma bandeira amarela. Os boxes ficaram fechados e ela não teve combustível para continuar na pista até a abertura dos boxes.

Em Denver, o piloto liderava a corrida, com mais de dez segundos de vantagem sobre Sebastien Bourdais, quando bateu sozinho na 63ª volta. Uma forte colisão com Bourdais em Las Vegas encerrou com suas chances de disputar o título. Terminou o ano em quarto. Contrariado com a perda de competitividade da equipe, além da redução de salários e premiações, testou em agosto um carro da Nascar, buscando novos rumos na carreira.

Parecia que 2006 seria um ano de transição para Tracy, com o piloto disputando 6 etapas da Nascar Nationwide Series pela equipe de Frank Cicci, com o objetivo de fechar um contrato para uma temporada completa para 2007, mudando definitivamente de categoria. No entanto, por uma série de razões, inclusive os maus resultados nas três primeiras corridas na Nationwide, fizeram Paul reconsiderar sua decisão, determinando que ele trata-se a Indy como sua melhor opção.

Em maio, anunciou a renovação do contrato com a Forsythe por mais cinco temporadas (até 2011). Tracy tinha afirmado ter planos para competir na Nationwide em 2007 pela Riley D'Hondt com o patrocínio da SportClips, mas então, disse ter desistido da Nascar. Em novembro, ao sair embriagado de uma festa, acabou tombando um carrinho de golfe, fraturou um osso nas costas e ficando fora da última etapa da temporada, disputada na Cidade do México.


Com tanta coisa acontecendo de uma vez, não é de se admirar que tenha dito um ano tão ruim, com muitos abandonos e quase sempre envolvido em acidentes e brigas. Uma das mais notórias ocorreu em San Jose, quando brigou com Alex Tagliani nos pits depois que Tracy, que acabou saindo da pista, acertou o carro de Tagliani na 54ª volta. Como punição, perdeu sete pontos e teve de pagar uma multa.

Outro momento tenso ocorreu na etapa seguinte, em Denver, onde Tracy, que estava sob observação após a confusão de San Jose, bateu em Sebastien Bourdais na última volta, e os dois quase se agrediram fisicamente. Os dirigentes consideraram que as atitudes do canadense na pista violaram novamente as regras, sendo punido em três pontos no campeonato, pagou multa de 25 mil dólares e teve seu período de observação prorrogado até a corrida de Surfer’s Paradise.

Para piorar ainda mais, seu companheiro de equipe e apadrinhado A.J. Allmendinger fez um campeonato magnífico, substituindo o trapalhão Mario Dominguez, sendo o único a ameaçar o domínio de Bourdais naquele ano, o que lhe valeu a transferência para a série principal da Nascar financiado pela Toyota e Red Bull, indo justamente para onde Paul mais desejava estar nesse período.


Definitivamente 2007 é um ano a ser esquecido. A Forsythe estava com sérias dificuldades financeiras, não tinha orçamento o suficiente nem para alinhar um segundo carro, tamanha a falta de patrocinadores. De última hora, acertam novamente com Mario Dominguez, graças a algumas empresas mexicanas, que resolveram bancá-lo nas três primeiras corridas daquela temporada.

Mesmo assim, Paul estava motivando, principalmente pela adoção de um novo chassi que teoricamente aproximaria as equipes, depois de anos de um monótono domínio da agora Newman Haas Lanigan e de Sebastien Bourdais.

Na corrida de abertura, disputada nas ruas de Las Vegas, largou em segundo, e na largada, assumiu a liderança, perdendo a posição na 9ª volta para Will Power. No primeiro pit stop, teve problemas ao reabastecer, deixando o pit lane com combustível suficiente para fazer somente quatro voltas, sendo obrigado a realizar uma parada não programada, caindo para o nono lugar. Ainda conseguiu recuperar-se, chegando em terceiro.


Porém, em 14 de abril, durante uma sessão de treinos livres antes da corrida de Long Beach, sofre uma forte batida contra um muro de concreto, sofrendo uma fratura na primeira vértebra lombar, sendo substituído por Oriol Servia nessa prova e em mais na etapa de Houston. No fim de maio, recebe a luz verde dos médicos para o retorno que acontece no autódromo de Portland em 10 de junho.

Seu único grande momento no ano aconteceu duas semanas depois em Cleveland, quinta etapa, realizada no dia 24 de junho. Tracy venceu uma corrida muito tumultuada, onde nas seis primeiras voltas se viu envolvido em dois acidentes (o primeiro com Graham Rahal e o outro com Bruno Junqueira), que o obrigou a entrar nos pits para trocar a asa dianteira por duas vezes. A mudança forçada na programação dos reabastecimentos garantiu sua 31ª vitória na Fórmula Indy, na frente do holandês Robert Doornbos, da Minardi.

Nas outras provas, foi superado pelo seu companheiro de equipe Oriol Servia, que teve maior regularidade, e desenvolveu o novo equipamento, terminado em sexto na classificação final, ao contrário dos acidentes e dos maus resultados de Tracy, que ficou somente na décima primeira posição.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Galeria da Fama: Paul Tracy (parte 2)


Tracy teve uma temporada de extremos em 1997. O começo foi arrasador, pois venceu três etapas consecutivas, em Nazareth, Rio de Janeiro e Madison, e assumiu a liderança, com 18 pontos sobre o segundo colocado, Alessandro Zanardi. A partir de Detroit sua sorte mudou, quando foi vetado pelo diretor médico da Cart, Steve Olvey, e não pôde disputar o Grande Prêmio em razão de dores agudas na coluna cervical depois de sentir vertigens já no treino de sábado e passou mal novamente durante o warm up no domingo. A partir de Mid-Ohio, não pontuou mais, caindo para o quinto lugar na tabela de pontuação geral do campeonato. Tornou-se o sétimo piloto a ganhar três corridas seguidas em uma mesma temporada e o primeiro a não conquistar o título após chegar a essa marca. Paul Tracy conseguiu ainda a 99ª vitória da Penske na Indy. A equipe teve de esperar por mais três anos para chegar à marca centenária, feito atingido pelo brasileiro Gil de Ferran em Nazareth.

Fez, em 1998, sua pior temporada na Indy, no seu primeiro ano como piloto da Green. Terminou somente três provas entre os cinco melhores, enquanto seu companheiro de equipe, Dario Franchitti, conquistou três vitórias. Para piorar, foi o piloto mais indisciplinado que a categoria já teve em um só campeonato. Foi culpado por vários acidentes, recebendo diversas penalidades. Em Detroit, foi multado em 20 mil dólares e foi desclassificado em Portland. Em Elkhart Lake, terminou seu período de observação, porém foi multado em 5 mil dólares na corrida seguinte em Houston, em conseqüência do empurrão que aplicou no seu patrão, Barry Green nos boxes, quando ele fez um gesto indicando que o piloto deveria usar a cabeça, após tentar uma ultrapassagem impossível sobre o líder da corrida e seu parceiro, Dario Franchitti, que saiu ileso do acidente, mas o carro de Tracy teve a suspensão dianteira direita quebrada.

Mas a maior confusão ficou para Surfer's Paradise, envolvendo seu antigo desafeto Michael Andretti, que bloqueou as rodas numa tentativa de ultrapassagem e jogou Tracy longe. O canadense deu uma fechada no norte-americano na reta, mas levou a pior: recebeu um toque na traseira, decolou na zebra e teve um pneu furado e a suspensão e os freios traseiros quebrados. Andretti fez então um protesto formal a Wally Dallenbach, chefe dos comissários. O dirigente examinou o vídeo da batida, punido o canadense com uma corrida de suspensão, que foi cumprida somente na prova inaugural da próxima temporada, no oval de Homestead. E se a situação estava ruim, ficou ainda pior. Tracy liderava a última prova do ano, em Fontana, quando a cinco voltas do fim, rodou na curva 2 e parou na grama, quando parecia com a vitória nas mãos. Terminou o campeonato em 13º.


Embora não tenha disputado a primeira corrida, Paul teve uma das melhores temporadas de sua carreira em 1999. Conquistou duas vitórias e ficou em terceiro no campeonato, com 161 pontos, após disputar 19 corridas, igualando seus melhores resultados de 1993 e 1994, quando ainda estava na Penske. Foi um dos quatro pilotos a vencer mais de uma prova naquele ano, triunfando em Milwaukee e Houston, e subindo ao pódio por sete vezes, com dois segundo lugares (Toronto, Detroit e Mid-Ohio) e duas terceiras posições (Nazareth e Michigan). Depois de pontuar em somente duas, entre as cinco primeiras provas que disputou, terminou onze vezes nos pontos nas 14 corridas restantes. Foi quatro pódios seguidos (Toronto, Michigan, Detroit e Mid-Ohio), a maior quantidade durante a temporada, e pontuando em oito eventos consecutivos, desde Milwaukee até Mid-Ohio.

Novamente outro campeonato de sucesso para Tracy em 2000, quando venceu em Long Beach, Elkart Lake e Vancouver e fez uma pole position em Michigan (sua primeira desde Milwaukee em 1997). Terminou o ano em quinto, marcando pontos em onze das vinte corridas. Liderou a competição desde a segunda corrida, em Long Beach, até a sétima, em Detroit, disputando o título até na última etapa, no oval de Fontana, quando abandona, com apenas 23 voltas completadas, por problemas de motor.

Um dos piores anos na carreira ocorreu em 2001, na sua quarta temporada junto a Green. O começo parecia animador, pontuando nas três primeiras corridas, sempre entre os quatro melhores: foi terceiro em Monterrey, quarto em Long Beach, e finalmente terceiro em Nazareth. Mas depois, só pontuou em outros três eventos. Perdeu cinco pontos, em duas punições, por aprontar bastante na maioria das provas, classificando-se no campeonato apenas em 14º, com 73 pontos.



Com a Green, Tracy retornou as 500 milhas de Indianápolis em 2002, onde correria pela primeira vez desde 1995. Só não venceu de maneira triunfante, porque depois de assumir a ponta, ao ultrapassar Hélio Castro Neves quando faltavam apenas duas voltas para o final, os comissários descobriram que o canadense tinha feito a manobra depois de a bandeira amarela ter sido acionada, em virtude do acidente entre Laurent Rendon e Bubby Lazier.

Alguns acreditam que Tracy foi prejudicado por ser um piloto de uma equipe que disputava na época a Indy, organizada pela Cart, rival da dissidente IRL, comandada pelo proprietário do circuito de Indianápolis, Tony George. Como nos dois anos anteriores a vitória tinha ficado com equipes da Cart, não era interessante uma terceira conquista consecutiva deles. Uma semana depois, venceu em Milwaukee, já pelo campeonato da Indy, e conquistou mais três pódios. Ainda foi pole em Toronto, Vancouver e Milwaukee, terminado em 11ª no campeonato.



Finalmente, em 2003, Paul Tracy conquista o título da Fórmula Indy, ao se transferir da Green (que passou a se chamar Andretti Green e mudou para IRL) para Forsythe durante os testes da primavera, fazendo uma das melhores campanhas de um campeão na história da categoria. Tornou-se o primeiro a vencer em 32 anos as três primeiras corridas de uma temporada, com vitórias em São Petersburgo, Monterrey e Long Beach. Suas outras conquistas ocorreram em Toronto (sua melhor atuação na temporada e em sua carreira, quando largou da pole, e liderou todas as 112 voltas, não perdendo a primeira posição nem durante os pit stops), Vancouver, Mid-Ohio e Cidade do México. Liderou 658 voltas, fez seis poles, e dez pódios.

Com a proibição da propaganda de cigarros no Canadá, a sua equipe perdeu o seu principal patrocinador para a temporada seguinte. Ao mesmo tempo, a Cart faliu e os seus bens foram leiloados pela Corte de Falências de Indiana. A série foi comprada por Kevin Kalkhoven, Paul Gentilozzi e Gerald Forsythe, dono da equipe de Tracy. A falta de patrocínio atrapalhou o desempenho da equipe nas pistas, e Tracy não foi capaz de defender seu título em 2004, que foi conquistado pelo então novato Sebastien Bourdais. Terminou em quarto, com vitórias em Long Beach e Vancouver e poles em Vancouver, Cleveland e Surfer's Paradise.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Galeria da Fama: Paul Tracy (parte 1)



Paul Anthony Tracy nasceu em 17 de dezembro de 1968, em Scarborough, Toronto, Ontário, Canadá. Compete na Fórmula Indy desde 1991, e é atualmente, o piloto mais experiente e popular da categoria. No Brasil é conhecido como "Senhor apronta-tudo", em razão de sua incrível capacidade de se envolver nas mais bizarras confusões em uma corrida, nos momentos mais inoportunos. Desde 2006 reside em Fort Lauderdale, Flórida, na companhia de seus dois filhos, Alysha e Conrad e da esposa Patty.

Fascinado por carros desde garoto, Paul participou de sua primeira corrida de kart em 1984, no kartódromo de Goodwood, localidade vizinha a sua cidade-natal, quando tinha 15 anos. Naquele mesmo ano foi o sexto no campeonato mundial de Kart. Com apenas 16 anos, em 1985, tornou-se o mais jovem piloto da história a ser campeão da Fórmula Ford canadense. Obteve outro recorde de precocidade em 1986, ao vencer uma etapa da Can-Am com somente 17 anos. Além disso, venceu a etapa de Sanair na sua primeira temporada de Fórmula 2000.

Ficou mais um ano na Fórmula 2000, e somou outra vitória. Competiu também em provas da SCCA Endurance Series, nas 24 Horas de Mosport, e na Grandstand Series Inglesa. Em 1988, ficou em nono em sua estréia na Indy Ligths, e venceu logo em sua primeira corrida, em Phoenix, além de terminar entre os dez primeiros em cinco oportunidades. Ficou em oitavo no seu segundo ano na Indy Lights, subindo três vezes ao pódio, obtendo como melhores resultados dois segundos lugares em Phoenix e Portland.

Tornou-se em 1990, o campeão da Indy Lights, com nove vitórias e sete poles em 14 etapas, estabelecendo o recorde de vitórias e poles naquela ocasião. Fez um bem-sucedido teste com a equipe Truesports, já planejando se juntar às fileiras da Fórmula Indy em 1991. Ainda foi agraciado com o prêmio Bruce McLaren emitido pela British Racing Drivers' Club, entregue ao piloto mais promissor do ano.



No ano seguinte, competiu em seu primeiro evento de Fórmula Indy em Long Beach, Califórnia, largando na 14ª posição e terminando em 22º. Então na metade de 1991, assinou um contrato para ser piloto de testes da Penske. Teve a chance de disputar três provas pela equipe naquela ocasião. Sua primeira corrida na nova casa foi em Michigan, onde se classificou em oitavo. No entanto, sua apresentação durou apenas três voltas, pois sofreu um acidente, fraturando a perna direita. Recuperado, voltou somente para participar das últimas duas corridas do ano. No seu retorno, em Nazareth, conseguiu seu melhor resultado na temporada, uma sétima posição.

Iniciou novamente outro campeonato como piloto de testes da Penske em 1992. Ficou estabelecido que Paul fosse disputar somente algumas corridas. No entanto, participou de 11 etapas, substituindo o veterano Rick Mears, que convalescia de uma cirurgia no punho. Tracy subiu três vezes ao pódio, incluindo dois segundos lugares em Michigan e Mid-Ohio, ficando em 12º lugar no geral. Obteve sua primeira pole em Elkhart Lake. Liderou sete corridas, ficando classificado em quarto entre os pilotos que mais voltas estiveram na liderança.

Seu primeiro campeonato completo como titular na Fórmula Indy veio em 1993, e ele venceu cinco vezes, mesmo número do campeão Nigel Mansell. A sua primeira vitória de sua carreira na Indy chegou no circuito de rua montado em Long Beach, largando na segunda posição. Venceu também em Cleveland, Toronto, Elkhart Lake e Laguna Seca, e largou na pole em Cleveland e Elkhart Lake. Além disso, foi o piloto que liderou mais voltas (757 de 2,112 possíveis), terminando o ano no terceiro lugar.

A temporada de 1994 começou pífia, com Tracy marcando apenas dois pontos nas quatro primeiras corridas. Ele recuperou-se do mau início e subiu ao pódio em oito das doze corridas finais, com vitórias em Detroit, Nazareth (sua primeira em um oval), e Laguna Seca. O terceiro lugar obtido por Paul no final da temporada demonstrou a superioridade do "Time dos Sonhos" montado pela Penske na época. Com Al Unser Jr. conquistando o título e Emerson Fittipaldi sendo o vice. Nesse ano, realizou ainda um teste com a equipe Benetton de Fórmula 1, no autódromo português do Estoril, onde fez o sexto tempo nos treinos particulares, 1min22s79. Tracy não aceitou os termos do contrato apresentado pelo chefe da equipe, Flavio Briatore, que exigia um contrato de cinco temporadas, o que não lhe agradou.

Apesar das três temporadas bem sucedidas na Penske, Paul assinou com a Newman Haas para a temporada 1995. Embora tendo vencido duas corridas (Surfer's Paradise e Milwaukee) e terminado o campeonato em sexto, Tracy regressou a Penske para 1996. Seu retorno a equipe foi uma decepção, com ele terminando o ano sem vencer e em 13º no campeonato. Ainda não correu as etapas de Michigan e Mid-Ohio por conta do acidente ocorrido durante os treinos em Michigan.