O GP de Motegi, a 16ª etapa da Fórmula Indy, é a penúltima da série final de circuitos ovais da temporada. Serão 200 voltas, com a largada ocorrendo às 01h00min na madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília). A prova final ocorre em Homestead (Estados Unidos), no dia 02 de outubro. O Twin Ring Motegi, construído pela Honda Motor Company, foi inaugurado em 1998, com um circuito trioval com 1,549 milhas (2,493 km) e 2,983 milhas (4,801 km) no traçado misto.
Esse complexo fica distante uma hora e meia de Tóquio. Em seu ano de inauguração recebeu uma corrida de exibição da Nascar. O autódromo está localizado na região de Motegi, na província de Tochigi, no Japão. A pista oval possui inclinações de 10 graus nas curvas, na reta principal e na reta oposta e capacidade para receber 68 mil espectadores.
Com suas curvas rápidas, com uma largura maior que outros ovais similares, o circuito proporciona emoção e perigo aos pilotos nas ultrapassagens. Alguns pilotos a consideram uma das mais difíceis do calendário. Mesmo sendo um dos mais bem estruturados autódromo do mundo, existindo até escadas rolantes nas arquibancadas, Motegi possui alguns pontos negativos quanto à visibilidade dos espectadores, pois o oval atrapalha a visão do misto. Outros problemas são: a dificuldade de acesso e de hospedagem.
O traçado representa um grande desafio para equipes e pilotos. O carro é difícil de ser controlado em alguns pontos. As curvas 3 e 4 são muito técnicas, enquanto as curvas 1 e 2 são bem mais fáceis. A curva 1 possui o raio aberto, possibilitando quando o carro está bem acertado, fazê-la com aceleração total, enquanto na curva 2, os pilotos reduzem uma marcha, freiam e aceleram. Mesmo com essa redução de marcha e a freada eles alcançam uma média acima de 200 milhas por hora nesse trecho. Ela também representa um tremendo desafio para os engenheiros quanto à definição o melhor acerto aerodinâmico.
Raramente teremos um carro ideal em todas as curvas, já que elas são totalmente diferentes, num asfalto bastante liso. Ali não é o tipo de lugar onde se costuma perdoar erros, sempre ocorrendo espetaculares acidentes nos treinos e na corrida. Por essa característica peculiar, as equipes preferem conseguir um bom equilíbrio para a prova somente nas curvas 3 e 4, sendo fundamentais para se andar na frente.
Também é muito importante ter belo ajuste para andar no tráfego. O vácuo vai ser muito importante e quem saber aproveita-lo poderá apresentar uma grande vantagem nos tempos de volta. Outra preocupação é com o instável clima na região de Motegi, que por duas vezes atrasou o início da corrida por conta da chuva.
A primeira vez que a Indy esteve no Japão foi no ano de 1966, no Fuji Speedway, em evento organizado pela Usac. Em 9 de outubro, Jackie Stewart, escocês tricampeão de Fórmula 1, pilotando um Lola Ford da equipe Mecom, venceu as 200 milhas de Fuji, corrida de exibição que não valeu pontos para o campeonato daquele ano. A Usac nunca mais retornaria à Ásia.
Por um curto período, entre o final de 1980 e o início de 1990, a Cart analisava a possibilidade de realizar uma corrida no Japão. Suzuka, Fuji e talvez um circuito de rua em outra cidade eram os possíveis locais onde a corrida seria disputada. A FIA se opôs, alegando conflitos com a Fórmula 1 entre outros interesses. Além disso, as regras vigentes na época exigiam que qualquer corrida da Indy fora da América do Norte seria realizada em um oval. Apesar das pressões, a Cart fez sua primeira viagem ao Oceano Pacífico em 1991, ao colocar em prática uma corrida de rua em Surfer's Paradise, na Austrália. Os planos para se ter a prova japonesa foram esquecidos.
Em 1994, a Honda ingressou na Indy, e dois anos depois foi campeã com a equipe Ganassi. Então o interesse em disputar uma corrida no Japão ressurgiu, e após a conclusão do Twin Ring Motegi, a primeira corrida foi realizada em 1998, sem objeção da FIA. Até 2002 que realizava o evento era a Cart. De 2003 em diante, a Honda aliou-se a IRL, e a corrida mudou de organizador. Entre 2003 a 2006, ela era a última prova antes das 500 milhas de Indianápolis, no final de semana antes ou depois da Páscoa. A partir de 2007 a corrida no Kansas Speedway passou a ter esse privilégio.
Em 2008, após a reunificação da Indy, ela foi uma das duas corridas disputadas num mesmo fim de semana, ambas válidas pelo campeonato, em razão dos compromissos assumidos com os organizadores das provas de Long Beach e Motegi, que não puderam ser transferidos para outras datas por conta da demora em se definir o acordo entre Champ Car e IRL. Para 2009, numa tentativa de adequar o calendário, a corrida foi transferida para outubro.
Will Power e Dario Franchitti escreverão um novo capítulo na sua batalha pelo título. Líder com 17 pontos à frente, Power necessita de uma grande resultado para chegar à última corrida em Miami sem estar muito pressionado. Em uma pista que ele pouco conhece, o australiano vai contar com a experiência de seus companheiros para ajudá-lo a dominar esse complicado oval. Pois após do péssimo resultado em Kentucky, Power não tem mais direito de errar, especialmente agora que Franchitti vem em ótima fase. O escocês é atualmente o melhor piloto no oval da Indy e espera vencer no Japão depois do segundo lugar no ano passado.
Mais do que os dois candidatos para a coroa, as maiores atenções vão estar voltadas para o ídolo japonês Takuma Sato. Até agora seu desempenho é decepcionante, apesar de sua comprovada velocidade, o ex-piloto de Fórmula 1 não terá direito de cometer erros na frente do seus apaixonados fãs que não o vê em ação desde 2007, em sua última aparição em seu país durante GP do Japão de Fórmula 1. Está corrida terá um sabor especial para um segundo piloto japonês. Hideki Mutoh irá correr sob os olhos atentos de seu pai que pela primeira vez acompanhará seu filho na pista em uma corrida da Indy.
Finalmente, ainda teremos a participação de um terceiro corredor com sangue nipônico circulando pelas veias. Trata-se de Roger Yasukawa, que fará seu regresso ao banco de um carro de Fórmula Indy neste fim de semana. Como no ano passado, o nipo-americano vai estar junto com a equipe Conquest para ajudar o novato Bertrand Baguette. Motegi também terá a presença do veterano Paul Tracy na equipe Dreyer & Reinbold e a volta de Graham Rahal a Newman Haas.
Os maiores vencedores em Motegi são o mexicano Adrian Fernández e o inglês Dan Wheldon com duas vitórias. Três brasileiros também venceram no Japão: Bruno Junqueira, Hélio Castro Neves e Tony Kanaan. A única vitória de uma mulher na categoria ocorreu no ano passado e a autora da façanha foi a norte-americana Danica Patrick, que liderou somente a volta final, após ultrapassar Castro Neves, que tinha sérios problemas de combustível.
Confira a programação para o GP de Motegi, décima sexta etapa da temporada de 2010 da Fórmula Indy (horários de Brasília):
Sexta-feira (17/09)
21h30min - treino livre
Sábado (18/09)
00h30min - treino livre
03h30min - treino classificatório
Domingo (19/09)
01h00min - GP de Motegi (200 voltas)
Vencedora em 2009: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2009: Scott Dixon (NZL)
Esse complexo fica distante uma hora e meia de Tóquio. Em seu ano de inauguração recebeu uma corrida de exibição da Nascar. O autódromo está localizado na região de Motegi, na província de Tochigi, no Japão. A pista oval possui inclinações de 10 graus nas curvas, na reta principal e na reta oposta e capacidade para receber 68 mil espectadores.
Com suas curvas rápidas, com uma largura maior que outros ovais similares, o circuito proporciona emoção e perigo aos pilotos nas ultrapassagens. Alguns pilotos a consideram uma das mais difíceis do calendário. Mesmo sendo um dos mais bem estruturados autódromo do mundo, existindo até escadas rolantes nas arquibancadas, Motegi possui alguns pontos negativos quanto à visibilidade dos espectadores, pois o oval atrapalha a visão do misto. Outros problemas são: a dificuldade de acesso e de hospedagem.
O traçado representa um grande desafio para equipes e pilotos. O carro é difícil de ser controlado em alguns pontos. As curvas 3 e 4 são muito técnicas, enquanto as curvas 1 e 2 são bem mais fáceis. A curva 1 possui o raio aberto, possibilitando quando o carro está bem acertado, fazê-la com aceleração total, enquanto na curva 2, os pilotos reduzem uma marcha, freiam e aceleram. Mesmo com essa redução de marcha e a freada eles alcançam uma média acima de 200 milhas por hora nesse trecho. Ela também representa um tremendo desafio para os engenheiros quanto à definição o melhor acerto aerodinâmico.
Raramente teremos um carro ideal em todas as curvas, já que elas são totalmente diferentes, num asfalto bastante liso. Ali não é o tipo de lugar onde se costuma perdoar erros, sempre ocorrendo espetaculares acidentes nos treinos e na corrida. Por essa característica peculiar, as equipes preferem conseguir um bom equilíbrio para a prova somente nas curvas 3 e 4, sendo fundamentais para se andar na frente.
Também é muito importante ter belo ajuste para andar no tráfego. O vácuo vai ser muito importante e quem saber aproveita-lo poderá apresentar uma grande vantagem nos tempos de volta. Outra preocupação é com o instável clima na região de Motegi, que por duas vezes atrasou o início da corrida por conta da chuva.
A primeira vez que a Indy esteve no Japão foi no ano de 1966, no Fuji Speedway, em evento organizado pela Usac. Em 9 de outubro, Jackie Stewart, escocês tricampeão de Fórmula 1, pilotando um Lola Ford da equipe Mecom, venceu as 200 milhas de Fuji, corrida de exibição que não valeu pontos para o campeonato daquele ano. A Usac nunca mais retornaria à Ásia.
Por um curto período, entre o final de 1980 e o início de 1990, a Cart analisava a possibilidade de realizar uma corrida no Japão. Suzuka, Fuji e talvez um circuito de rua em outra cidade eram os possíveis locais onde a corrida seria disputada. A FIA se opôs, alegando conflitos com a Fórmula 1 entre outros interesses. Além disso, as regras vigentes na época exigiam que qualquer corrida da Indy fora da América do Norte seria realizada em um oval. Apesar das pressões, a Cart fez sua primeira viagem ao Oceano Pacífico em 1991, ao colocar em prática uma corrida de rua em Surfer's Paradise, na Austrália. Os planos para se ter a prova japonesa foram esquecidos.
Em 1994, a Honda ingressou na Indy, e dois anos depois foi campeã com a equipe Ganassi. Então o interesse em disputar uma corrida no Japão ressurgiu, e após a conclusão do Twin Ring Motegi, a primeira corrida foi realizada em 1998, sem objeção da FIA. Até 2002 que realizava o evento era a Cart. De 2003 em diante, a Honda aliou-se a IRL, e a corrida mudou de organizador. Entre 2003 a 2006, ela era a última prova antes das 500 milhas de Indianápolis, no final de semana antes ou depois da Páscoa. A partir de 2007 a corrida no Kansas Speedway passou a ter esse privilégio.
Em 2008, após a reunificação da Indy, ela foi uma das duas corridas disputadas num mesmo fim de semana, ambas válidas pelo campeonato, em razão dos compromissos assumidos com os organizadores das provas de Long Beach e Motegi, que não puderam ser transferidos para outras datas por conta da demora em se definir o acordo entre Champ Car e IRL. Para 2009, numa tentativa de adequar o calendário, a corrida foi transferida para outubro.
Will Power e Dario Franchitti escreverão um novo capítulo na sua batalha pelo título. Líder com 17 pontos à frente, Power necessita de uma grande resultado para chegar à última corrida em Miami sem estar muito pressionado. Em uma pista que ele pouco conhece, o australiano vai contar com a experiência de seus companheiros para ajudá-lo a dominar esse complicado oval. Pois após do péssimo resultado em Kentucky, Power não tem mais direito de errar, especialmente agora que Franchitti vem em ótima fase. O escocês é atualmente o melhor piloto no oval da Indy e espera vencer no Japão depois do segundo lugar no ano passado.
Mais do que os dois candidatos para a coroa, as maiores atenções vão estar voltadas para o ídolo japonês Takuma Sato. Até agora seu desempenho é decepcionante, apesar de sua comprovada velocidade, o ex-piloto de Fórmula 1 não terá direito de cometer erros na frente do seus apaixonados fãs que não o vê em ação desde 2007, em sua última aparição em seu país durante GP do Japão de Fórmula 1. Está corrida terá um sabor especial para um segundo piloto japonês. Hideki Mutoh irá correr sob os olhos atentos de seu pai que pela primeira vez acompanhará seu filho na pista em uma corrida da Indy.
Finalmente, ainda teremos a participação de um terceiro corredor com sangue nipônico circulando pelas veias. Trata-se de Roger Yasukawa, que fará seu regresso ao banco de um carro de Fórmula Indy neste fim de semana. Como no ano passado, o nipo-americano vai estar junto com a equipe Conquest para ajudar o novato Bertrand Baguette. Motegi também terá a presença do veterano Paul Tracy na equipe Dreyer & Reinbold e a volta de Graham Rahal a Newman Haas.
Os maiores vencedores em Motegi são o mexicano Adrian Fernández e o inglês Dan Wheldon com duas vitórias. Três brasileiros também venceram no Japão: Bruno Junqueira, Hélio Castro Neves e Tony Kanaan. A única vitória de uma mulher na categoria ocorreu no ano passado e a autora da façanha foi a norte-americana Danica Patrick, que liderou somente a volta final, após ultrapassar Castro Neves, que tinha sérios problemas de combustível.
Confira a programação para o GP de Motegi, décima sexta etapa da temporada de 2010 da Fórmula Indy (horários de Brasília):
Sexta-feira (17/09)
21h30min - treino livre
Sábado (18/09)
00h30min - treino livre
03h30min - treino classificatório
Domingo (19/09)
01h00min - GP de Motegi (200 voltas)
Vencedora em 2009: Scott Dixon (NZL)
Pole em 2009: Scott Dixon (NZL)
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