O paulista André Ribeiro tem um bom motivo para figurar na história do automobilismo brasileiro. Ele foi o primeiro a ganhar uma corrida no Brasil por uma categoria internacional depois de Ayrton Senna, tricampeão de Fórmula 1. Sua vitória aconteceu no primeiro GP do Rio de Janeiro da Fórmula Indy, realizado no dia 17 de março de 1996. O feito teve como cenário uma versão modificada do autódromo de Jacarepaguá, que tornou oval uma das mais tradicionais pistas do País. "A primeira corrida que eu vi na minha vida foi no Rio. Os primeiros carros que vi estavam em Jacarepaguá", lembra André. "Então é uma pista muito especial. Lembro daquela época e vejo que se tivesse vencido em São Paulo, em Interlagos, a sensação não seria tão forte", analisa. "Além do mais, o evento daquele primeiro ano foi muito bem articulado, com uma organização muito intensa", conta sobre a prova que recentemente retornou ao calendário, agora disputada nas ruas de São Paulo.
Ao vencer a etapa carioca, André era piloto contratado da equipe Tasman, com a qual já obtivera sua primeira vitória da carreira. Em 1995, ele fazia seu ano de estréia na então principal categoria dos Estados Unidos, quando ganhou em New Hampshire, dando à Honda também seu primeiro êxito na Indy. Ele já chamara a atenção dos donos de equipes na temporada anterior, ao ser o estreante do ano na Indy Lights, chegando ao vice-campeonato com quatro vitórias e quatro poles positions. Ribeiro conta que o carro justificava certa dose de otimismo para sua conquista no Rio. "Ele estava muito rápido logo nos treinos. Só que há uma diferença muito grande entre estar bem e vencer, ainda mais numa prova de longa duração", diz. A sorte também foi um aspecto considerável para que recebesse a bandeirada em primeiro lugar. "Meu carro deu uma escapada duas vezes e não bateu no muro por muito pouco. E ainda aconteceram algumas coisas que limparam o caminho", comenta.
Sua estratégia em Jacarepaguá era retardar o quanto fosse possível os reabastecimentos, aproveitando-se das bandeiras amarelas que interrompiam com freqüência a disputa no circuito. "Tínhamos um carro espetacular", destaca. O canadense Greg Moore chegou a ocupar a ponta, mas abandonou. "Quando o Robby Gordon bateu, veio uma amarela e achei que estava com a vitória nas mãos. Mas eles limparam a pista em três voltas. O público até vaiou o carro de resgate", descreve. O principal adversário de André Ribeiro nas voltas finais era o veterano norte-americano Al Unser Jr., bicampeão da Indy. "Gelei quando vi que ele estava atrás de mim. O cara sempre foi conhecido por acelerar no fim, ganhando nos últimos momentos," reconhece. Ele ainda fala sobre o jogo psicológico do rival. "Durante o tempo em que a corrida ficou interrompida, o Al Unser colocava o carro do meu lado só para me ameaçar e me desestabilizar, mas continuei na minha", relata.
André não economiza adjetivos na hora de descrever a emoção da vitória. "É mais do que se eu ganhasse em Indianápolis ou levasse o título. Tive a chance de agradecer às pessoas que confiaram em mim. Dei um abraço no Bruno Minelli, por exemplo, como se dissesse: 'olha o que dou em troca depois do que você fez por mim'", recorda. No pódio, ele esticou a bandeira do Brasil atrás da cabeça num gesto que tomou as páginas dos jornais da segunda-feira seguinte e dos anúncios dos patrocinadores.
Em julho de 2005, André Ribeiro relembrou a conquista. O ex-piloto expôs em Jacarepaguá o mesmo carro que o levou à vitória anos antes. Ele também mostrou aos pilotos da Fórmula Renault e da Copa Clio e da Fórmula 3 Sul-Americana que disputavam o Renault Speed Show, seu capacete, a luva e o troféu conquistado. Na ocasião, André recebeu um capacete comemorativo das mãos de João Vitorino, diretor de marketing do ABN Aymoré Financiamentos. Visivelmente emocionado, ele aproveitou para se posicionar contrário às anunciadas obras no autódromo, que, segundo projetos, retaliariam o traçado. "Dá um aperto saber que o autódromo será alterado ou mutilado. Vamos tentar ajudar o automobilismo que deu tantas glórias ao Brasil e contribuir na formação de novos talentos", completou Ribeiro, que levantou outra vez o troféu de mais de 20 quilos entregue em 1996 (texto: divulgação).
Ao vencer a etapa carioca, André era piloto contratado da equipe Tasman, com a qual já obtivera sua primeira vitória da carreira. Em 1995, ele fazia seu ano de estréia na então principal categoria dos Estados Unidos, quando ganhou em New Hampshire, dando à Honda também seu primeiro êxito na Indy. Ele já chamara a atenção dos donos de equipes na temporada anterior, ao ser o estreante do ano na Indy Lights, chegando ao vice-campeonato com quatro vitórias e quatro poles positions. Ribeiro conta que o carro justificava certa dose de otimismo para sua conquista no Rio. "Ele estava muito rápido logo nos treinos. Só que há uma diferença muito grande entre estar bem e vencer, ainda mais numa prova de longa duração", diz. A sorte também foi um aspecto considerável para que recebesse a bandeirada em primeiro lugar. "Meu carro deu uma escapada duas vezes e não bateu no muro por muito pouco. E ainda aconteceram algumas coisas que limparam o caminho", comenta.
Sua estratégia em Jacarepaguá era retardar o quanto fosse possível os reabastecimentos, aproveitando-se das bandeiras amarelas que interrompiam com freqüência a disputa no circuito. "Tínhamos um carro espetacular", destaca. O canadense Greg Moore chegou a ocupar a ponta, mas abandonou. "Quando o Robby Gordon bateu, veio uma amarela e achei que estava com a vitória nas mãos. Mas eles limparam a pista em três voltas. O público até vaiou o carro de resgate", descreve. O principal adversário de André Ribeiro nas voltas finais era o veterano norte-americano Al Unser Jr., bicampeão da Indy. "Gelei quando vi que ele estava atrás de mim. O cara sempre foi conhecido por acelerar no fim, ganhando nos últimos momentos," reconhece. Ele ainda fala sobre o jogo psicológico do rival. "Durante o tempo em que a corrida ficou interrompida, o Al Unser colocava o carro do meu lado só para me ameaçar e me desestabilizar, mas continuei na minha", relata.
André não economiza adjetivos na hora de descrever a emoção da vitória. "É mais do que se eu ganhasse em Indianápolis ou levasse o título. Tive a chance de agradecer às pessoas que confiaram em mim. Dei um abraço no Bruno Minelli, por exemplo, como se dissesse: 'olha o que dou em troca depois do que você fez por mim'", recorda. No pódio, ele esticou a bandeira do Brasil atrás da cabeça num gesto que tomou as páginas dos jornais da segunda-feira seguinte e dos anúncios dos patrocinadores.
Em julho de 2005, André Ribeiro relembrou a conquista. O ex-piloto expôs em Jacarepaguá o mesmo carro que o levou à vitória anos antes. Ele também mostrou aos pilotos da Fórmula Renault e da Copa Clio e da Fórmula 3 Sul-Americana que disputavam o Renault Speed Show, seu capacete, a luva e o troféu conquistado. Na ocasião, André recebeu um capacete comemorativo das mãos de João Vitorino, diretor de marketing do ABN Aymoré Financiamentos. Visivelmente emocionado, ele aproveitou para se posicionar contrário às anunciadas obras no autódromo, que, segundo projetos, retaliariam o traçado. "Dá um aperto saber que o autódromo será alterado ou mutilado. Vamos tentar ajudar o automobilismo que deu tantas glórias ao Brasil e contribuir na formação de novos talentos", completou Ribeiro, que levantou outra vez o troféu de mais de 20 quilos entregue em 1996 (texto: divulgação).
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