4ª etapa - 500 Milhas de Indianápolis
Renascido em Indiana
A 93ª edição das 500 milhas de Indianápolis viu o renascimento do brasileiro Hélio Castro Neves como ídolo, ao escalar pela terceira vez a grande de proteção do mais famoso autódromo do automobilismo, sob o olhar atento de aproximadamente 225.000 expectadores. Este é Hélio Castro Neves. Um homem emocionado que cruzou a linha de chegada, e soluçando saudava sua equipe na volta de desaceleração. Após parar no círculo da vitória ele chorava por trás do seu capacete enquanto recebia os cumprimentos do australiano Ryan Briscoe, seu companheiro na equipe Penske.
Partindo da pole position, Castro Neves manteve a vantagem na primeira curva, mas surgiu um problema quando Mário Moraes e Marco Andretti se tocaram na curva 2, provocando a bandeira amarela da corrida. Este choque teve sérias conseqüências para os jovens pilotos, pois ambos abandonaram. Embora Marco ainda tenha conseguido reuniu forças para regressar à disputa, só completou pouco mais de 50 voltas antes de desistir em definitivo. Indignado, Moraes fez sérias críticas ao herdeiro da dinastia Andretti: "Eu não sei se o Marco já conversou com o pai ou o avô dele, ou se já explicaram a ele que isso aqui é uma corrida de 500 milhas, que ele não vai ganhar nada tentando ultrapassar assim por fora". É a primeira vez desde 2001 que ocorreu uma interrupção já na primeira volta. Foi também a terceira oportunidade que Hélio liderou a largada, como em 2003 e 2006. Nessas ocasiões Gil de Ferran e Sam Hornish Jr., seus respectivos companheiros naquelas provas, foram os vencedores.
A relargada ocorreu na 6ª volta com Castro Neves à frente de Franchitti. Justamente quando era acionada a bandeira verde Alex Lloyd decidiu voltar aos pits para reparos. Como castigo imediato o inglês perdeu uma volta em relação aos líderes. Na volta seguinte Franchitti ultrapassou Hélio, ocorrendo a primeira mudança na liderança. O escocês ainda estava à frente na 19ª volta, quando Ryan Hunter-Reay bateu na curva 4, o primeiro dentre uma longa lista de acidentados nesse trecho durante a corrida. Novamente a amarela é acionada. O piloto do carro nº 21 ainda se arrastou para chegar aos pits. Durante esta paralisação, todos os pilotos aproveitaram, reabastecendo e trocando os pneus. Na saída, Franchitti manteve-se como líder. Briscoe, Castro Neves, Dixon, Rahal e Kanaan completaram as seis primeiras posições.
A disputa recomeça na 28ª volta com Franchitti se mantendo firme até a 54ª volta ao ser superado por Ryan Briscoe. Duas voltas mais tarde, outra amarela, graças ao encontro de Rahal com o muro da curva 4. Mais uma vez, o inexperiente piloto para a Newman Haas Lanigan abandonava em um oval. A equipe de Carl Haas já pensava na etapa seguinte em Milwaukee antes do fim, pois Doornbos, o outro piloto do time, bateu na mesma curva algumas voltas depois.
Os pilotos aproveitaram para cumprir a segunda rodada de pits stops. Wilson rodou nos boxes, perdendo muitas posições. Tudo recomeça na 63ª volta, com Briscoe liderando pela primeira vez em sua carreira a 500 milhas, seguido por Dixon, Franchitti, Kanaan, Castro Neves e Matos. Porém o australiano perdeu várias posições. Caiu para o nono lugar, indo em seguida para os pits sofrendo sérios problemas de aderência nos pneus. Assim acabou perdendo uma volta.
Briscoe se recuperou na próxima amarela, na 83ª volta, quando sua equipe não o deixou parar nos pits, mantendo-o na pista, enquanto os adversários entravam para fazer o terceiro pit stop. Isto se deveu a Davey Hamilton, a mais nova vítima da curva 4. Com as paradas efetuadas ordem era: Franchitti, Dixon, Kanaan, Castro Neves e Matos.
Reiniciada na 90ª volta, a corrida foi interrompida outra vez oito voltas mais tarde por causa do acidente com Tony Kanaan. O piloto ajustava o carro através de um botão no volante, quando súbita e violentamente, foi parar no muro da reta oposta. Ainda ricocheteou para bater violentamente na entrada da curva 3. Após o acidente, foi levado ao centro médico, mas foi liberado com dores e mancando, mas sem nenhum ferimento grave. Enquanto isso, seus mecânicos avaliavam o carro destruído na garagem para saber exatamente o que houve. "Não sei o que aconteceu. Algo quebrou no meio da reta", explicou.
Os líderes então fizeram outra parada nos pits. Na saída, Dixon continuava na frente, seguindo por Franchitti, Power, Matos e Castro Neves. A bandeira verde veio na 109ª volta, com Scott Dixon liderando e tendo seu companheiro Franchitti no encalço. Hélio aproveita para ultrapassar Matos e ser o terceiro.
Mantendo um início de corrida muito limpo, o francês Nelson Philippe, foi outro a sucumbir na curva 4 na 131ª volta. "É uma vergonha. Tivemos uma boa corrida, mas eu ataquei um pouco o muro. Foi suave, mas foi o suficiente", lamentava.
Todos os pilotos entraram para os boxes. Franchitti perdeu um tempo precioso, pois a sua equipe enfrentou dificuldades para remover a mangueira utilizada para reabastecimento. Por sorte ele não arrancou com o equipamento ainda conectado ao carro. Sofrendo do mesmo infortúnio, Meira não teve a mesma chance. Seu carro começou a pegar fogo. As chamas foram rapidamente colocadas e que ele pode prosseguir na prova. Enquanto Matos teve problemas com a roda traseira, perdendo a chance de brigar pela vitória.
Dixon era o primeiro, seguido por Castro Neves, Power, Tracy e Wheldon. A prova recomeça na 141ª volta, e na passagem seguinte Hélio supera Dixon, assumindo a ponta das 500 milhas de Indianápolis. Power é outro a passar o neozelandês, formando a dobradinha da Penske.
Justin Wilson sofre acidente na curva 1 na 161ª volta. Ocorre outra amarela, a penúltima da tarde. Todos os pilotos decidem entrar para o último pit stop. Ryan Briscoe, graças a uma rapidíssima parada, ganha seis posições e figura na segunda posição atrás somente do seu companheiro Castro Neves. Power teve problemas com a roda traseira direita, perdendo tempo nos boxes. Wheldon, Patrick e Townsend Bell viam logo a seguir.
Infelizmente os mecânicos de Briscoe não colocaram em seu tanque combustível suficiente, e ele teve de ir novamente aos pits para sua última parada. Faltando 25 voltas para o fim ocorreu a última paralisação quando Meira e Matos protagonizaram o acidente mais grave desta edição das 500 milhas: eles tocaram rodas e o piloto da Foyt arrastou o assoalho de seu carro no muro por vários metros. Meira foi levado para o centro médico, e com fortes dores nas costas e foi encaminhado, para o Hospital Metodista, onde foi constatada a fratura de duas vértebras, com o piloto correndo o sério risco de perder o restante da temporada. Os reparos no Safer Barrier tomaram várias voltas, e a relargada só aconteceu a 18 voltas da bandeira quadriculada.
No reinício, Danica, em terceiro, tentou passar Wheldon por fora, mas não conseguiu. Ambos perderam tempo e, ali, qualquer oportunidade de vencer. Quem se deu bem foi Hélio que abriu uma boa distância e não foi mais incomodado. Então o brasileiro não suportou tamanha emoção, chorando, finalmente, por uma razão mais do que especial. Era como renascer. Wheldon, Patrick, Bell, Power, Dixon, Franchitti, Carpenter, Tracy e Hideki Mutoh completaram as dez melhores posições.
Ao obter a sexta vitória brasileira em Indianápolis, Hélio Castro Neves entrou para história, mas também estabeleceu um novo recorde de premiações. É o primeiro piloto a ganhar mais de US$ 3 milhões na Brickyard. O recorde anterior pertencia a Scott Dixon, que em 2008 levou US$ 2.988.065 milhões. No entanto, o dinheiro recolhido pelos patrocinadores para esta edição do "O Maior Espetáculo do Automobilismo" foram ligeiramente inferior ao do ano passado: US$ 14.315.315. Dan Wheldon, vencedor em 2005, ganhou US$ 1.258.805, enquanto Danica Patrick, terceira colocada, seu melhor resultado em Indianápolis, levou US$ 763.305.
500 Milhas de Indianápolis
4ª etapa - 24/05/2009
Circuito oval com 2,500 milhas
Indianapolis Motor Speedway - Indianápolis, Indiana (Estados Unidos)
1) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 3h19min34s6427
2) Dan Wheldon (ING/Panther), a 1s9819
3) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 2s3350
4) Townsend Bell (EUA/KV), a 2s7043
5) Will Power (AUS/Penske), a 3s6216
6) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 4s2988
7) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), a 4s9159
8) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 5s5096
9) Paul Tracy (CAN/KV), a 6s5180
10) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 7s3312
11) Alex Tagliani (CAN/Conquest), a 10s5351
12) Tomas Scheckter (AFS/Dale Coyne), a 10s9874
13) Alex Lloyd (ING/Ganassi Sam Schmidt), a 11s1944
14) Scott Sharp (EUA/Panther), a 11s4259
15) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 12s6695
16) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 15s4867
17) Sarah Fisher (EUA/Sarah Fisher), a 15s9774
18) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), a 16s3488
19) John Andretti (EUA/Petty Dreyer & Reinbold), a 18s0868
20) Milka Duno (VEN/HVM), a 199 voltas
21) Vitor Meira (BRA/Foyt), 173 voltas
22) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 173 voltas
23) Justin Wilson (ING/Coyne), 160 voltas
24) Ernesto Viso (VEN/HVM), 139 voltas
25) Nelson Philippe (FRA/HVM), 130 voltas
26) Oriol Servia (ESP/Rahal Letterman), 98 voltas
27) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 97 voltas
28) Robert Dornboos (HOL/Newman Haas Lanigan), 85 voltas
29) Davey Hamilton (EUA/Dreyer & Reinbold), 79 voltas
30) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 56 voltas
31) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 55 voltas
32) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 19 voltas
33) Mário Moraes (BRA/KV), 0 volta
A classificação da Indy após quatro etapas
1) Dario Franchitti (Ganassi) 122 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 116 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 114 pontos
4) Scott Dixon (Ganassi) 111 pontos
5) Tony Kanaan (Andretti Green) 110 pontos
6) Danica Patrick (Andretti Green) 109 pontos
7) Dan Wheldon (Panther) 106 pontos
8) Will Power (Penske) 99 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Vision) 84 pontos
10) Marco Andretti (Andretti Green) 83 pontos
11) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 82 pontos
12) Justin Wilson (Dale Coyne) 77 pontos
13) Hideki Mutoh (Andretti Green) 71 pontos
14) Ed Carpenter (Vision) 70 pontos
15) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 69 pontos
16) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
17) Raphael Matos (Luczo Dragon) 60 pontos
18) Alex Tagliani (Conquest) 59 pontos
19) Mário Moraes (KV) 53 pontos
20) Ernesto Viso (HVM) 49 pontos
21) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 48 pontos
22) Stanton Barrett (3G) 44 pontos
23) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
24) Townsend Bell (KV) 32 pontos
25) Sarah Fisher (Fisher) 30 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 26 pontos
27) Paul Tracy (KV) 22 pontos
28) Tomas Scheckter (Dale Coyne) 18 pontos
29) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
30) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
31) A.J. Foyt IV (Foyt) 14 pontos
32) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
33) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
34) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
35) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos
Renascido em Indiana
A 93ª edição das 500 milhas de Indianápolis viu o renascimento do brasileiro Hélio Castro Neves como ídolo, ao escalar pela terceira vez a grande de proteção do mais famoso autódromo do automobilismo, sob o olhar atento de aproximadamente 225.000 expectadores. Este é Hélio Castro Neves. Um homem emocionado que cruzou a linha de chegada, e soluçando saudava sua equipe na volta de desaceleração. Após parar no círculo da vitória ele chorava por trás do seu capacete enquanto recebia os cumprimentos do australiano Ryan Briscoe, seu companheiro na equipe Penske.
Partindo da pole position, Castro Neves manteve a vantagem na primeira curva, mas surgiu um problema quando Mário Moraes e Marco Andretti se tocaram na curva 2, provocando a bandeira amarela da corrida. Este choque teve sérias conseqüências para os jovens pilotos, pois ambos abandonaram. Embora Marco ainda tenha conseguido reuniu forças para regressar à disputa, só completou pouco mais de 50 voltas antes de desistir em definitivo. Indignado, Moraes fez sérias críticas ao herdeiro da dinastia Andretti: "Eu não sei se o Marco já conversou com o pai ou o avô dele, ou se já explicaram a ele que isso aqui é uma corrida de 500 milhas, que ele não vai ganhar nada tentando ultrapassar assim por fora". É a primeira vez desde 2001 que ocorreu uma interrupção já na primeira volta. Foi também a terceira oportunidade que Hélio liderou a largada, como em 2003 e 2006. Nessas ocasiões Gil de Ferran e Sam Hornish Jr., seus respectivos companheiros naquelas provas, foram os vencedores.
A relargada ocorreu na 6ª volta com Castro Neves à frente de Franchitti. Justamente quando era acionada a bandeira verde Alex Lloyd decidiu voltar aos pits para reparos. Como castigo imediato o inglês perdeu uma volta em relação aos líderes. Na volta seguinte Franchitti ultrapassou Hélio, ocorrendo a primeira mudança na liderança. O escocês ainda estava à frente na 19ª volta, quando Ryan Hunter-Reay bateu na curva 4, o primeiro dentre uma longa lista de acidentados nesse trecho durante a corrida. Novamente a amarela é acionada. O piloto do carro nº 21 ainda se arrastou para chegar aos pits. Durante esta paralisação, todos os pilotos aproveitaram, reabastecendo e trocando os pneus. Na saída, Franchitti manteve-se como líder. Briscoe, Castro Neves, Dixon, Rahal e Kanaan completaram as seis primeiras posições.
A disputa recomeça na 28ª volta com Franchitti se mantendo firme até a 54ª volta ao ser superado por Ryan Briscoe. Duas voltas mais tarde, outra amarela, graças ao encontro de Rahal com o muro da curva 4. Mais uma vez, o inexperiente piloto para a Newman Haas Lanigan abandonava em um oval. A equipe de Carl Haas já pensava na etapa seguinte em Milwaukee antes do fim, pois Doornbos, o outro piloto do time, bateu na mesma curva algumas voltas depois.
Os pilotos aproveitaram para cumprir a segunda rodada de pits stops. Wilson rodou nos boxes, perdendo muitas posições. Tudo recomeça na 63ª volta, com Briscoe liderando pela primeira vez em sua carreira a 500 milhas, seguido por Dixon, Franchitti, Kanaan, Castro Neves e Matos. Porém o australiano perdeu várias posições. Caiu para o nono lugar, indo em seguida para os pits sofrendo sérios problemas de aderência nos pneus. Assim acabou perdendo uma volta.
Briscoe se recuperou na próxima amarela, na 83ª volta, quando sua equipe não o deixou parar nos pits, mantendo-o na pista, enquanto os adversários entravam para fazer o terceiro pit stop. Isto se deveu a Davey Hamilton, a mais nova vítima da curva 4. Com as paradas efetuadas ordem era: Franchitti, Dixon, Kanaan, Castro Neves e Matos.
Reiniciada na 90ª volta, a corrida foi interrompida outra vez oito voltas mais tarde por causa do acidente com Tony Kanaan. O piloto ajustava o carro através de um botão no volante, quando súbita e violentamente, foi parar no muro da reta oposta. Ainda ricocheteou para bater violentamente na entrada da curva 3. Após o acidente, foi levado ao centro médico, mas foi liberado com dores e mancando, mas sem nenhum ferimento grave. Enquanto isso, seus mecânicos avaliavam o carro destruído na garagem para saber exatamente o que houve. "Não sei o que aconteceu. Algo quebrou no meio da reta", explicou.
Os líderes então fizeram outra parada nos pits. Na saída, Dixon continuava na frente, seguindo por Franchitti, Power, Matos e Castro Neves. A bandeira verde veio na 109ª volta, com Scott Dixon liderando e tendo seu companheiro Franchitti no encalço. Hélio aproveita para ultrapassar Matos e ser o terceiro.
Mantendo um início de corrida muito limpo, o francês Nelson Philippe, foi outro a sucumbir na curva 4 na 131ª volta. "É uma vergonha. Tivemos uma boa corrida, mas eu ataquei um pouco o muro. Foi suave, mas foi o suficiente", lamentava.
Todos os pilotos entraram para os boxes. Franchitti perdeu um tempo precioso, pois a sua equipe enfrentou dificuldades para remover a mangueira utilizada para reabastecimento. Por sorte ele não arrancou com o equipamento ainda conectado ao carro. Sofrendo do mesmo infortúnio, Meira não teve a mesma chance. Seu carro começou a pegar fogo. As chamas foram rapidamente colocadas e que ele pode prosseguir na prova. Enquanto Matos teve problemas com a roda traseira, perdendo a chance de brigar pela vitória.
Dixon era o primeiro, seguido por Castro Neves, Power, Tracy e Wheldon. A prova recomeça na 141ª volta, e na passagem seguinte Hélio supera Dixon, assumindo a ponta das 500 milhas de Indianápolis. Power é outro a passar o neozelandês, formando a dobradinha da Penske.
Justin Wilson sofre acidente na curva 1 na 161ª volta. Ocorre outra amarela, a penúltima da tarde. Todos os pilotos decidem entrar para o último pit stop. Ryan Briscoe, graças a uma rapidíssima parada, ganha seis posições e figura na segunda posição atrás somente do seu companheiro Castro Neves. Power teve problemas com a roda traseira direita, perdendo tempo nos boxes. Wheldon, Patrick e Townsend Bell viam logo a seguir.
Infelizmente os mecânicos de Briscoe não colocaram em seu tanque combustível suficiente, e ele teve de ir novamente aos pits para sua última parada. Faltando 25 voltas para o fim ocorreu a última paralisação quando Meira e Matos protagonizaram o acidente mais grave desta edição das 500 milhas: eles tocaram rodas e o piloto da Foyt arrastou o assoalho de seu carro no muro por vários metros. Meira foi levado para o centro médico, e com fortes dores nas costas e foi encaminhado, para o Hospital Metodista, onde foi constatada a fratura de duas vértebras, com o piloto correndo o sério risco de perder o restante da temporada. Os reparos no Safer Barrier tomaram várias voltas, e a relargada só aconteceu a 18 voltas da bandeira quadriculada.
No reinício, Danica, em terceiro, tentou passar Wheldon por fora, mas não conseguiu. Ambos perderam tempo e, ali, qualquer oportunidade de vencer. Quem se deu bem foi Hélio que abriu uma boa distância e não foi mais incomodado. Então o brasileiro não suportou tamanha emoção, chorando, finalmente, por uma razão mais do que especial. Era como renascer. Wheldon, Patrick, Bell, Power, Dixon, Franchitti, Carpenter, Tracy e Hideki Mutoh completaram as dez melhores posições.
Ao obter a sexta vitória brasileira em Indianápolis, Hélio Castro Neves entrou para história, mas também estabeleceu um novo recorde de premiações. É o primeiro piloto a ganhar mais de US$ 3 milhões na Brickyard. O recorde anterior pertencia a Scott Dixon, que em 2008 levou US$ 2.988.065 milhões. No entanto, o dinheiro recolhido pelos patrocinadores para esta edição do "O Maior Espetáculo do Automobilismo" foram ligeiramente inferior ao do ano passado: US$ 14.315.315. Dan Wheldon, vencedor em 2005, ganhou US$ 1.258.805, enquanto Danica Patrick, terceira colocada, seu melhor resultado em Indianápolis, levou US$ 763.305.
500 Milhas de Indianápolis
4ª etapa - 24/05/2009
Circuito oval com 2,500 milhas
Indianapolis Motor Speedway - Indianápolis, Indiana (Estados Unidos)
1) Hélio Castro Neves (BRA/Penske), 3h19min34s6427
2) Dan Wheldon (ING/Panther), a 1s9819
3) Danica Patrick (EUA/Andretti Green), a 2s3350
4) Townsend Bell (EUA/KV), a 2s7043
5) Will Power (AUS/Penske), a 3s6216
6) Scott Dixon (NZL/Ganassi), a 4s2988
7) Dario Franchitti (ESC/Ganassi), a 4s9159
8) Ed Carpenter (EUA/Vision), a 5s5096
9) Paul Tracy (CAN/KV), a 6s5180
10) Hideki Mutoh (JAP/Andretti Green), a 7s3312
11) Alex Tagliani (CAN/Conquest), a 10s5351
12) Tomas Scheckter (AFS/Dale Coyne), a 10s9874
13) Alex Lloyd (ING/Ganassi Sam Schmidt), a 11s1944
14) Scott Sharp (EUA/Panther), a 11s4259
15) Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 12s6695
16) A.J. Foyt IV (EUA/Vision), a 15s4867
17) Sarah Fisher (EUA/Sarah Fisher), a 15s9774
18) Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), a 16s3488
19) John Andretti (EUA/Petty Dreyer & Reinbold), a 18s0868
20) Milka Duno (VEN/HVM), a 199 voltas
21) Vitor Meira (BRA/Foyt), 173 voltas
22) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon), 173 voltas
23) Justin Wilson (ING/Coyne), 160 voltas
24) Ernesto Viso (VEN/HVM), 139 voltas
25) Nelson Philippe (FRA/HVM), 130 voltas
26) Oriol Servia (ESP/Rahal Letterman), 98 voltas
27) Tony Kanaan (BRA/Andretti Green), 97 voltas
28) Robert Dornboos (HOL/Newman Haas Lanigan), 85 voltas
29) Davey Hamilton (EUA/Dreyer & Reinbold), 79 voltas
30) Marco Andretti (EUA/Andretti Green), 56 voltas
31) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 55 voltas
32) Ryan Hunter-Reay (EUA/Vision), 19 voltas
33) Mário Moraes (BRA/KV), 0 volta
A classificação da Indy após quatro etapas
1) Dario Franchitti (Ganassi) 122 pontos
2) Hélio Castro Neves (Penske) 116 pontos
3) Ryan Briscoe (Penske) 114 pontos
4) Scott Dixon (Ganassi) 111 pontos
5) Tony Kanaan (Andretti Green) 110 pontos
6) Danica Patrick (Andretti Green) 109 pontos
7) Dan Wheldon (Panther) 106 pontos
8) Will Power (Penske) 99 pontos
9) Ryan Hunter-Reay (Vision) 84 pontos
10) Marco Andretti (Andretti Green) 83 pontos
11) Graham Rahal (Newman Haas Lanigan) 82 pontos
12) Justin Wilson (Dale Coyne) 77 pontos
13) Hideki Mutoh (Andretti Green) 71 pontos
14) Ed Carpenter (Vision) 70 pontos
15) Robert Doornbos (Newman Haas Lanigan) 69 pontos
16) Vitor Meira (Foyt) 62 pontos
17) Raphael Matos (Luczo Dragon) 60 pontos
18) Alex Tagliani (Conquest) 59 pontos
19) Mário Moraes (KV) 53 pontos
20) Ernesto Viso (HVM) 49 pontos
21) Mike Conway (Dreyer & Reinbold) 48 pontos
22) Stanton Barrett (3G) 44 pontos
23) Darren Manning (Dreyer & Reinbold) 38 pontos
24) Townsend Bell (KV) 32 pontos
25) Sarah Fisher (Fisher) 30 pontos
26) Milka Duno (Dreyer & Reinbold) 26 pontos
27) Paul Tracy (KV) 22 pontos
28) Tomas Scheckter (Dale Coyne) 18 pontos
29) Alex Lloyd (Ganassi Sam Schmidt) 17 pontos
30) Scott Sharp (Panther) 16 pontos
31) A.J. Foyt IV (Foyt) 14 pontos
32) John Andretti (Petty Dreyer & Reinbold) 12 pontos
33) Nelson Philippe (HVM) 10 pontos
34) Oriol Servia (Rahal Letterman) 10 pontos
35) Davey Hamilton (Dreyer & Reinbold) 10 pontos
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