terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O legado de Greg Moore (parte 2)

No ano seguinte, estreava na Fórmula Indy, usando o lendário número 99, o mesmo que usou na Indy Lights, e que virou sua marca registrada. As expectativas de ele ser o vencedor da premiação de Novato do Ano daquele campeonato. Mas não foi o que ocorreu. Moore foi ultrapassado por Alessandro Zanardi na pontuação, perdendo a disputa. Mesmo assim obteve bons resultados, incluindo dois pódios, terminando em nono lugar da classificação geral, com 84 pontos.

Seu excesso de arrojo o fez cometer muitos erros ao longo do ano, estando sempre envolvido em algum acidente, e assim colecionava desafetos entre os pilotos, principalmente entre os brasileiros. O desprezo entre os nossos compatriotas tinha uma boa justificativa: o acidente com Émerson Fittipaldi nas 500 milhas de Michigan. Na largada o canadense forçou uma ultrapassagem sobre Fittipaldi e acabou tocando no Penske do brasileiro, que se chocou violentamente contra o muro do oval. Hospitalizado, Emerson por pouco não ficou paralítico e nunca mais voltou a correr na Indy. A partir de então Greg era acusado de ser o culpado pelo ocorrido.

Uma corrida depois, em Mid-Ohio, mais confusão. Moore prejudicou André Ribeiro, tirando-o da pista na última volta. Na reunião de pilotos, os dois quase se agrediram. Moore só se calou quando Christian Fittipaldi, que depois se tornou um grande amigo do piloto, entrou no bate-boca: "Depois de quase ter aleijado meu tio, é melhor você ficar quietinho...". As críticas mexeram com o jovem piloto, na época com 21 anos, que prometeu amadurecer seu comportamento nas pistas.

Ele cumpriu a risca esse objetivo ao vencer sua primeira corrida no oval de Milwaukee em 1997, aos 22 anos, 1 mês e 10 dias, tornando-se o mais jovem a ganhar uma corrida na Indy até então. Na prova seguinte, nas ruas de Detroit, vence na última volta, graças à pane seca nos carros de Maurício Gugelmin e Mark Blundell, pilotos da PacWest. Termina o ano em sétimo lugar na classificação, com 111 pontos. Greg continuava ousado, porém aprendera a controlar seus impulsos, e os acidentes bizarros ficaram no passado. Então todas as grandes equipes querem tê-lo como piloto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Greg Moore seria um dos grandes! Bela matéria! Fonte de inspiração para a temporada que começa em maio.
www.motorizado.wordpress.com