sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Galeria da Fama: Gil de Ferran (parte 5)

Os testes da pré-temporada em Homestead apontaram Gil de Ferran como um dos favoritos para a etapa de abertura do campeonato de 1999, após ficar atrás somente de Jimmy Vasser, da Ganassi e da dupla de canadenses Patrick Carpentier e Greg Moore, da Forsythe. Na primeira experiência com Reynard 1999 em ovais, o resultado foi satisfatório. O carro se mostrou mais fácil de acertar e com mais aderência que o modelo anterior, mostrando a evolução dos pneus Goodyear em oval. Já o motor Honda ganhou mais força nas médias e altas rotações. Tudo indicava um GP de Miami ao menos um lugar no pódio garantido. Porém o azar, velho companheiro, o acompanhou novamente.

No treino oficial, Gil bateu a 350 km/h, tendo que largar com o carro reserva. Ainda sentido fortes dores abdominais, consequência do acidente, largou da penúltima fila, e numa corrida de recuperação, superou o pelotão intermediário para terminar em sexto lugar, sendo o único piloto com pneus Goodyear a marcar pontos. Em Motegi, Ferran, que largou na pole position, terminou em segundo, chegando a liderar por 25 voltas durante os pit stops, mesmo rodando na largada. Na primeira prova da temporada em circuito de rua, em Long Beach, Gil de Ferran terminou em sexto. No começo ele acabou prejudicado pelo primeiro jogo de pneus Goodyear. Depois recuperou o tempo perdido no segundo jogo. O importante é que ele era o vice-líder do campeonato. Depois, as coisas pioraram.

O período de vacas magras começou com um desempenho para se esquecer em Nazareth: o Reynard Honda da Walker não rendeu o suficiente sequer para ele lutar pelos pontos, ficando somente num distante décimo quinto lugar. No Rio de Janeiro, ao menos conseguiu retornar à zona de pontuação ao chegar em décimo. Em Madison, abandonou após 36 voltas. O sonhado título ficava cada vez mais distante. A maré começa mudar a partir de Milwaukee. Gil tem um de seus melhores desempenhos na Indy ao ser terceiro, depois de largar em décimo sexto. Ferran só não ganhou por conta de uma bandeira amarela nas últimas voltas o prejudicou, permitindo ao vencedor Paul Tracy e Greg Moore fazer uma parada a menos.

Depois de percorrer seis pistas ovais e uma de rua, a Fórmula Indy finalmente corria em um circuito misto em Portland. A mudança foi ótima para Gil acabar com dois tabus: primeiro, quebrou um jejum de vitórias brasileiras que durava desde o GP de Vancouver, em 31 de agosto de 1997 e conseguiu para Goodyear sua primeira - e única - vitória no ano. Era a terceira vitória de Gil na Indy, sempre em mistos, aproveitando a tarde pouco inspirada de Juan Pablo Montoya e a perfeita estratégia de paradas da Walker. Na etapa de Cleveland, Ferran terminou na segunda colocação, após liderar nove voltas, porque não conseguiu manter a ponta após a relargada na 68ª volta devido à baixa temperatura de seus pneus. Montoya aproveitou para vencer a corrida.

No circuito Road America, localizado em Elkhart Lake, Gil deixou a prova com problemas de motor em função do forte calor. Na corrida de Toronto, largou na pole, mas logo era superado por Franchitti ainda na primeira volta. Depois foi punido e acabou não terminando, pois bateu na 71ª volta ao passar sobre o óleo lançado pelo motor de Greg Moore. No superoval de Michigan, abandonou por conta de um choque no muro. Para Detroit, uma ótima notícia: depois dos treinos oficiais, foi confirmando que Gil iria defender a Penske em 2000. O companheiro de equipe do brasileiro era Greg Moore, que estava saindo da Forsythe. Uma semana antes, ele anunciou sua saída da Walker, motivado pela saída da Valvoline, principal patrocinador da equipe. Na corrida, uma atuação discreta e outra desistência, a quarta consecutiva, agora ao bater enquanto aquecia os pneus durante uma bandeira amarela.

Ao entrar nos pits para sua primeira parada em Mid-Ohio, Gil acabou atrapalhado por Tony Kanaan, que ficou sem combustível a poucos metros da entrada dos boxes, com Ferran perdendo posições ao voltar à pista. Mesmo assim, conseguiu quebrar a série de péssimos resultados com um bom sexto lugar. No estreante oval de Chicago, ele terminou a corrida, mas longe da zona de pontuação. Mais um acidente, dessa vez envolvendo Al Unser Jr., na 12ª volta, o tirou da molhada etapa de Vancouver. Na prova de Laguna Seca, que ficou marcada pela morte do uruguaio Gonzalo Rodríguez, durante os treinos livres de sábado, após violenta batida na curva saca-rolha, Gil fez uma boa largada, mas ao tentar ajustar a mistura do combustível, através de um botão no painel de instrumentos, o motor apagou, sendo necessárias muitas tentativas para conseguir religá-lo, perdendo muitas posições. Apesar desse infortúnio, ainda foi o sexto.

O começo de prova foi promissor em Houston. Largou em sexto e vinha fazendo uma boa jornada até os pneus deteriorarem. No fim, ele chegou em 17º lugar, duas voltas atrás do vencedor. Desastre maior aconteceu na paradisíaca Surfer's Paradise. Gil sequer completou a primeira volta, ao se envolver numa colisão. Nas 500 milhas de Fontana, última prova do ano, mais uma tragédia ocorre em menos de dois meses: na 10ª volta, Greg Moore, futuro companheiro de Gil na Penske, morreu após sofrer diversas capotagens e chocar-se espetacularmente no muro de proteção. Enquanto isso, um abalado Ferran terminava na nona colocação. "Íamos correr juntos e já estávamos fazendo planos; estou chocado com o que aconteceu", disse na época.

Sem outra opção disponível, Roger Penske acabou contratando a jovem promessa brasileira Hélio Castro Neves como companheiro de Gil para 2000. Seria essa dupla que teria a responsabilidade de encerrar os seis anos de jejum de títulos da maior equipe da categoria.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tony George fecha a equipe Vision

O ex-chefão da Fórmula Indy, Tony George, resolveu fechar sua equipe, a Vision. George, que foi diretor executivo do Indianapolis Motor Speedway além de ser o fundador-presidente da Indy Racing League, acabou destituído desses cargos no meio do ano passado. A equipe Vision foi constituída em 2005, com o que sobrou da Kelley Racing, onde correu com o enteado de George, Ed Carpenter, entre 2005 a 2009, ao lado de vários companheiros de equipe, incluindo nomes como Tomas Scheckter, A.J. Foyt IV, Paul Tracy e Ryan Hunter-Reay.

Melhor resultado da equipe nesses cinco anos foi o segundo lugar de Carpenter no GP do Kentucky na última temporada. Ed Carpenter declarou ao jornal norte-americano Indy Star que "nós suspendemos as operações, mas não sei se é em definitivo. Ainda estamos buscando maneiras de retomar as atividades".

Ironicamente o anúncio foi feito no mesmo dia em que Randy Bernard - que transformou a partir do zero a Professional Bull Riders, o campeonato mundial de montaria, em um torneio visto por mais de 100 milhões de espectadores em todo o mundo - confirmou ter recebido uma oferta para se tornar o diretor executivo da Indy Racing League, substituindo George. Bernard, de 42 anos, ainda não aceitou a oferta, embora esteja inclinado a aceitá-la.

A desistência da Vision, juntamente com as dificuldades financeiras de equipes históricas como a Newman Haas Lanigan, por exemplo, continua a ilustrar as sérias dificuldades econômicas de um campeonato que mesmo unificado, demonstra enorme fragilidade estrutural.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vídeo do Dia: Budweiser e Christian

Para quem acompanhou a Fórmula Indy no meio dos anos 1990, certamente lembra-se do Newman Haas número 11 vermelho do Christian Fittipaldi, uma dentre muitas pinturas marcantes daquele período, quando a PPG, fabricante de tintas automotivas, premiava o mais bonito bólido da temporada.

Tudo indica que as gravações ocorreram durante os treinos de pré-temporada, realizados no Homestead Miami Speedway, no início de 1996. Reparem no que acontece com o aparelho de radar ao tentar medir a velocidade do brasileiro.

Assista e retorne aqueles tempos quando a Indy recebia maciço investimento publicitário.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Tony George abandona conselho do IMS

Anton Hulman "Tony" George, de 50 anos, fundador da Indy Racing League (IRL), renunciou esta semana a sua posição como membro do conselho no Indianapolis Motor Speedway (IMS) e da Hulman & Company, empresa familiar fundada em 1850 e sediada no estado norte-americano de Indiana. Na terça-feira, ele enviou a sua demissão do conselho administrativo à diretoria, segundo sua mãe, Mari Hulman George, que é presidente da companhia.

"Como membros da família, nós lamentamos a saída do Tony", afirmou Mari. "Somos gratos por seus serviços como membro do conselho e, claro, por atuar como diretor executivo e presidente de nossas companhias. Eu falo em nome de toda a família quando desejo o melhor para ele", continuou. "Todos nós tínhamos esperança de que Tony continuasse no conselho e deixamos isso claro para ele. Ficamos decepcionados com sua decisão, apesar de nossa vontade", comentou.

A partir de agora, Tony George não exerce qualquer influência nas decisões das empresas Hulman & Company, Indianapolis Motor Speedway, Indy Racing League, IMS Productions, entre outras, integrantes da organização. Seu contrato como diretor executivo, que começou em 1989, encerrou-se em 30 de junho do ano passado. Agora, o seu envolvimento com a Fórmula Indy se restringe ao comando da equipe Vision, fundada em 2005, que novamente deverá contar com o piloto Ed Carpenter, seu enteado.

Em breve será apresentado o substituto de George nas funções que ele desempenhava no grupo. No momento, o conselho administrativo é formado por Mari Hulman George, Nancy George, Josie George, Kathi George-Conforti e Jack Snyder. A presidente está satisfeita com o caminho trilhado pela Hulman & Company nos últimos seis meses de sua gestão.

"Nossa companhia está saudável e resistindo bem à recessão econômica", garantiu. "Jeff Belskus, presidente e diretor executivo do Indianapolis Motor Speedway, e Curt Brighton, que ocupa o mesmo cargo na Hulman & Company, são dois excelentes profissionais que estão guiando nossas empresas em tempos difíceis. Muitas decisões complicadas foram tomadas e agora nossa companhia está bem posicionada para o futuro", encerrou.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Foto da Semana

Nome do piloto: Al Unser Jr.
Data: 05/06/1994
Local: The Milwaukee Mile
Motor: Ilmor
Equipe: Penske
O fato: Al Jr. foi o vencedor da prova, sua terceira vitória consecutiva naquele ano.

Vai-e-Vem do Mercado (2)

Graham Rahal ainda não tem um contrato assinado para 2010. Ele estava certo que correria novamente pela a Newman Haas Lanigan - e ainda pode - mas a McDonald's desistiu de patrocinar o time, por conta da baixa audiência das corridas transmitidas na Versus, canal da TV fechada, ele está sem emprego. Agora, Rahal terá de conseguir alguns milhões de dólares para que a equipe tenha orçamento suficiente para mantê-lo.

Gil de Ferran afirmou que Graham é sua primeira escolha caso o norte-americano consiga arranjar ao menos metade da verba necessária para que a Ferran Motorsports saia do papel. A Ganassi também analisa contratar Rahal, caso consigam dinheiro suficiente para bancar o projeto de um terceiro carro. A Newman Haas Lanigan pode ter de três a dois carros, dependendo do que acontecer com Rahal. Alex Lloyd e Hideki Mutoh estão próximos de finalizar as negociações com o time.

A piloto brasileira da Indy Lights, Ana Beatriz Figueiredo, disse em seu site oficial que pretende competir pelo menos em algumas corridas da Indy nessa temporada, incluindo a abertura no Brasil, mas não divulgou por qual equipe. Sabe-se que ela participou de uma reunião com De Ferran e seu sócio, Robert Clarke. Dan Wheldon também esteve na reunião, embora ainda convalescente de ferimentos causados pela queda de um bobsled numa velocidade estimada em 104 km/h no último fim de semana em Lake Placid, Nova Iorque.

Enquanto isso, Dale Coyne confia que sua modesta organização terá condições de ter dois carros, prometendo anunciar a dupla de pilotos até o fim do mês. Justin Wilson, que correu com Coyne no ano passado, pode mudar de ares e ir parar na Dreyer & Reinbold. Eric Bachelart, dono da Conquest, ainda não revelou seus planos, mas ele se reuniu com Bruno Junqueira e o seu ex-piloto na Champ Car Jan Heylen. Em todo caso, Bachelart retornará com somente um único carro por toda temporada.

No final do ano passado, houve comentários de que Ernesto Viso poderia deixar a HVM e se transferir para Dreyer & Reinbold em 2010. Agora, fala-se que ele poderia partir para Newman Haas Lanigan Racing, porém o mais provável é que a KV seja seu destino, por ser uma equipe melhor estruturada, com boas chances de possuir dois carros bastante competitivos para incomodar Penske e Ganassi, principalmente nos ovais, como provou Mário Moraes em 2009. Uma dupla Morais/Viso poderia dar trabalho às duas grandes equipes da Indy. Dito isso, no site da HVM ainda consta os nomes de Viso e Robert Doornbos como seus pilotos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vai-e-Vem do Mercado (1)

Confira como anda situação das equipes para a temporada 2010 da Fórmula Indy.

Andretti: trabalhando para poder contar com Ryan Hunter-Reay durante toda a temporada, ao lado de Marco Andretti, Tony Kanaan e Danica Patrick.

Conquest: novamente terá apenas um carro. Piloto ainda a ser definido.

Dale Coyne: pretende manter Justin Wilson para mais uma temporada.

De Ferran: na esperança de estrear, mas ainda não possui nenhum patrocínio.

Dreyer & Reinbold: espera contar com dois carros numa associação de pilotos que inclui Mike Conway, Tomas Scheckter, Milka Duno e Ernesto Viso.

Fazzt: nova equipe que tem como co-proprietário Alex Tagliani, que vai ser o piloto titular para fazer toda a temporada. Espera contar com um segundo carro, pelo menos para Indianápolis.

Fisher: Sarah Fisher estará presente em nove corridas e Jay Howard em quatro, com os dois confirmados em Indianápolis.

Foyt: Vitor Meira vai dirigir o carro agora desenvolvido pelo engenheiro Jeff Britton. Eles trabalharam juntos na Rahal Letterman Racing, terminando em segundo as 500 milhas de Indianápolis de 2005.

Ganassi: Dario Franchitti e Scott Dixon, os dois últimos campeões da Indy, retornarão para mais um ano.

HVM: Robert Doornbos está confirmando para 2010. Simona de Silvestro, que se destacou em 2009 na Fórmula Atlantic, fez um teste mês passado pensado em assumir o segundo carro do time.

KV: tenta manter Mário Moraes e Paul Tracy.

Luczo Dragon: analisar o regresso de Raphael Matos.

Newman Haas Lanigan: objetiva ter dois carros, um efetivo para Graham Rahal, e o outro sendo revezado entre Alex Lloyd e Hideki Mutoh.

Panther: querem um companheiro para Dan Wheldon. Giorgio Pantano é o principal candidato.

Penske: Will Power se junta à Hélio Castro Neves e Ryan Briscoe para a disputa de todo o campeonato.

3G: espera ter um carro. E para guiá-lo, o nome preferido é o de Richard Antinucci.

Vision: trabalhando para finalizar o orçamento para colocar Ed Carpenter na pista.

De ARS a Indy Lights: 24 anos de história

A Indy Lights começou em 1986 sendo intitulada, inicialmente, como American Racing Series (ARS), os idealizadores foram Pat Patrick, lendário dono de equipe da Champ Car e IRL, Ralph Sanchez, promotor de corridas, e John Frasco, ex-presidente da Cart (entidade que organizava a Champ Car). O inglês naturalizado norte-americano Roger Bailey era o presidente nessa primeira fase de existência da categoria.

Desde o início, a Indy Lights foi responsável pelo surgimento de grandes pilotos. Entre os campeões da categoria, incluem-se dois campeões da Champ Car (Paul Tracy e Cristiano da Matta), dois campeões da IRL (Tony Kanaan e Scott Dixon), sete vencedores de provas da Champ Car (Paul Tracy, Bryan Herta, Greg Moore, Tony Kanaan, Cristiano da Matta, Oriol Servia e Scott Dixon) e dois pilotos de Fórmula 1 (Fabrizio Barbazza e Cristiano da Matta).

Durante as temporadas de 1986 e 1992, o campeonato utilizou o chassi Wildcat/March 85B, adaptados da Fórmula 3000 Internacional, com um motor Buick V6 de 4.2 litros e 425 cv, (que foi o único usado em todas as temporadas) com a tradicional caixa de câmbio Rewland de cinco marchas, capaz de levar o conjunto a uma velocidade final de 370 km/h em circuitos ovais velozes como o de Michigan. Todos os motores, lacrados, eram de responsabilidade do ex-piloto de dragster George Montgomery. A partir de 1991, o certame passou a se chamar Indy Lights, além da Firestone tornar-se a patrocinadora principal da categoria.

No ano de 1993 teve a estréia do Lola T92/20, novamente um chassi de Fórmula 3000 adaptado. Finalmente em 1997, ocorre a mais importante evolução técnica da categoria. Foi desenvolvido um chassi exclusivo pela Lola chamado T97/20, que melhorou o desempenho nos circuitos ovais.

Depois em 1998, a Firestone transferiu o direito de patrocinar da categoria para sua subdivisão, a Dayton, que permaneceu até a temporada de 2001. Foi nesse mesmo ano que a Cart assumiu o controle do campeonato, e quando começa a decadência do torneio, pois a Cart também organizava a Fórmula Atlantic, categoria de acesso concorrente da Indy Lights.

Então ocorre o que já era previsto: Bobby Rahal, então presidente da Cart, anunciou a um pequeno comitê de dos dirigentes e chefes de equipe da categoria no final de 2000 que havia decidido extinguir a Indy Lights no ano seguinte. Rahal justificou a decisão por não achar lógico manter duas categorias concorrentes, com prestígio de preparatória para a Champ Car. A Tasman, por exemplo, chegou a cobrar US$ 1,3 milhão por ano, enquanto as outras equipes de bom nível como a Brian Stewart, a Conquest e a Green, tinham orçamentos entre US$ 800 e US$ 900 mil por temporada.

A Fórmula Atlantic foi mantida por contar com o patrocínio da Toyota. Diante dessa decisão, muitos planos de equipes foram revistos, resultando em grids reduzidos durante a temporada de encerramento, com média de apenas dez carros por etapa. A categoria naufragou diante dos altos custos e, principalmente, pela falta de um patrocinador que pudesse dar sustentação técnica e de marketing ao certame.

No fim daquele ano, Tony George, ex-dono da IRL e do circuito de Indianápolis, adquiriu o espólio da falida categoria, para torná-la categoria de acesso da então Indy Racing League chamando-se Indy Pro Series (IPS). Desde 2002, a categoria utiliza chassi Dallara e motor Infiniti Q45 V8 aspirado de 450 cv, sendo atualmente a categoria de acesso para os pilotos que pretendem correr na Indy e participar das 500 milhas de Indianápolis. Em 2008, com o retorno do patrocínio da Firestone, o nome Indy Lights ressurgiu.

Os campeões da Indy Lights
1986 - Fabrizio Barbazza (ITA, Arciero)
1987 - Didier Theys (BEL, Truesports)
1988 - Jon Beekhuis (EUA, PIG)
1989 - Mike Groff (EUA, Leading Edge)
1990 - Paul Tracy (CAN, Landford)
1991 - Eric Bachelart (BEL, Landford)
1992 - Robbie Buhl (EUA, Leading Edge)
1993 - Bryan Herta (EUA, Tasman)
1994 - Steve Robertson (ING, Tasman)
1995 - Greg Moore (CAN, Forsythe)
1996 - David Empringham (CAN, Forsythe)
1997 - Tony Kanaan (BRA, Tasman)
1998 - Cristiano da Matta (BRA, Tasman)
1999 - Oriol Servia (ESP, Dorricott)
2000 - Scott Dixon (NZL, PacWest)
2001 - Townsend Bell (EUA, Dorricott)
2002 - A.J. Foyt IV (EUA, Foyt)
2003 - Mark Taylor (ING, Panther)
2004 - Thiago Medeiros (BRA, Sam Schmidt)
2005 - Wade Cunningham (AUS, Brian Stewart)
2006 - Jay Howard (ING, Sam Schmidt)
2007 - Alex Lloyd (ING, Sam Schmidt)
2008 - Raphael Matos (BRA, Andretti Green)
2009 - J.R. Hildebrand (EUA, Andretti Green)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Foto da Semana

Nome do piloto: Cristiano da Matta
Data: 16/06/2002
Local: Portland International Raceway
Motor: Toyota
Equipe: Newman Haas
O fato: o mineiro comemora com a torcida brasileira sua terceira vitória naquela temporada.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Autosport elege o piloto da década da Indy

Diferentemente de outras categorias, a Fórmula Indy, tanto em sua versão Cart quanto IRL, não tinha um único piloto dominante nos anos 2000. Não houve nomes como os de Alessandro Zanardi e Al Unser Jr., que demoliram a concorrência nas temporadas em que eles foram campeões. Isso apesar da supremacia de Sebastien Bourdais na Cart/Champ Car. Caso tivesse disputado a IRL certamente o francês estaria ao lado de uma meia dúzia de excelentes pilotos, disputado vitórias e títulos, mas não seria imbatível.

Assim, para definir a sua lista dos dez principais pilotos da última década, a Autosport inglesa teve de fazer um grande esforço para reunir esses nomes, devido à igualdade técnica entre estes. Vamos aos escolhidos:

1. Scott Dixon
2. Gil de Ferran
3. Sebastien Bourdais
4. Sam Hornish Jr.
5. Dario Franchitti
6. Hélio Castro Neves
7. Tony Kanaan
8. Paul Tracy
9. Dan Wheldon
10. Justin Wilson

Então, o que acham? Se fez justiça?