sexta-feira, 3 de julho de 2009

Galeria da Fama: Gil de Ferran (parte 2)

Em 1996, Ferran se julgava com condições de chegar ao título, pois o conjunto da Hall esteve muito competitiva nos testes de inverno. Mas mesmo contando com o poderoso motor Honda e a motivação da sua equipe, que o apoiava incondicionalmente, acabou prejudicado por não usar os pneus Firestone, que começaram a dominar o campeonato. Enquanto isso, Gil continuou com os Goodyear, bem menos competitivos. Ainda erros estúpidos de sua equipe prejudicaram Gil em muitos momentos.

Ele começou a temporada como terminou a do ano anterior: no pódio. Chegou em segundo no acidentado GP de Miami, disputado no recém inaugurado oval de Homestead. Jimmy Vasser conquistou a primeira vitória em 56 corridas na Indy, ultrapassando Gil na 101ª volta, numa manobra polêmica: Vasser poder ter feito à manobra em bandeira amarela, antes da relargada ter sido autorizada, o que é proibido.

Na etapa brasileira, disputada no Rio de Janeiro, no Emerson Fittipaldi Speedway, na primeira aparição da categoria em nosso país, uma pane seca na 80ª volta tira possibilidade do então líder Gil. O problema foi com o pescador de combustível, dispositivo responsável por levar o líquido para o motor, mesmo com o computador de bordo indicando ainda dois galões de metanol. O piloto tinha esperança vencer as duas provas seguintes, Surfer's Paradise e Long Beach, disputadas em circuitos de rua, foram nesse tipo de pista que sua equipe tinha se destacado em 1995. Infelizmente, foram mais duas decepções.

Na Austrália, quando era o quinto, depois de sofrer dois acidentes, abandonou na antepenúltima volta, graças ao erro da equipe ao calcular o consumo de combustível, o que causou outra pane seca. Mais uma vitória escapa de suas mãos na Califórnia, a poucas voltas do final, pela quebra duma mangueira que conecta o turbo ao motor. Ainda assim, completou o percurso em quinto.

Um dos grandes destaques nas primeiras provas, Ferran desta vez não teve carro para andar na frente na milha de Nazareth. Para piorar, ao deixar os boxes após uma parada, foi atingido por Adrian Fernandez e abandonou. Na U.S. 500, em Michigan, chegou em nono, depois de se envolver com outros 10 carros, em um espetacular acidente na volta de apresentação. No Grande Prêmio de Milwaukee, Gil marca pontos com o nono lugar, mas teve atuação discreta, justificada pelos problemas em acertar o carro.

No circuito de rua de Detroit terminou em terceiro apesar do erro ao sair dos pits. Ele esqueceu de desligar o limitador de velocidade quando voltou para a pista. Ao perceber o engano, desligou o sistema no meio de uma curva, com o pé no acelerador. Aí ele rodou, caindo de segundo para quarto, mas depois ganhou uma posição ao passar Paul Tracy. Em Portland, volta ao pódio. Desta vez, foi segundo, após boa briga com o compatriota Christian Fittipaldi.

Um dos grandes destaques nas primeiras provas, Ferran desta vez não teve carro para andar na frente na milha de Nazareth. Para piorar, ao deixar os boxes após uma parada, foi atingido por Adrian Fernandez e abandonou. Na U.S. 500, em Michigan, chegou em nono, depois de se envolver com outros 10 carros, em um espetacular acidente na volta de apresentação. No Grande Prêmio de Milwaukee, Gil marca pontos com o nono lugar, mas teve atuação discreta, justificada pelos problemas em acertar o carro.

No circuito de rua de Detroit terminou em terceiro apesar do erro ao sair dos pits. Ele esqueceu de desligar o limitador de velocidade quando voltou para a pista. Ao perceber o engano, desligou o sistema no meio de uma curva, com o pé no acelerador. Aí ele rodou, caindo de segundo para quarto, mas depois ganhou uma posição ao passar Paul Tracy. Em Portland, volta ao pódio. Desta vez, foi segundo, após boa briga com o compatriota Christian Fittipaldi.

A grande glória daquela temporada ocorreu o mesmo local que, um ano antes, o imprudente Scott Pruett o fez perder uma vitória certa: o aeroporto Burke Lakefront de Cleveland. Um choque na traseira de André Ribeiro na largada quase estragou a corrida de Gil. Mas no confronto dos reabastecimentos, ele venceu a espetacular batalha contra o italiano Alessandro Zanardi, parando somente duas vezes, nas voltas 20 e 54, três depois do italiano.

Ao contrário de Gil, que planejou sua estratégia junto com o engenheiro, Bill Pappas, e o dono da equipe, Jim Hall, Zanardi não tinha a experiência necessária para opinar na sua tática de corrida. Com isso o italiano teve de fazer um terceiro pit stop na 80ª volta, faltando dez para a bandeira quadricula, e mesmo sendo bem mais rápido que o brasileiro, não conseguir se impor na larga pista localizada sobre o lago Erie.

No trágico GP de Toronto, no qual morreram o piloto norte-americano Jeff Krosnoff,e o bandeirinha Gary Arvin, Gil, que vinha atrás de Krosnoff e viu todo o acidente, ficou em estado de choque. "Foi o acidente mais terrível que já vi na minha vida", afirmou. Sua atuação foi muito ruim: perdeu o bico do carro, ficando parado nos pits por três voltas para trocá-lo e terminou em 18º lugar.

Nas 500 milhas de Michigan, seu ídolo Émerson Fittipaldi sofreu um violento acidente na largada, constatou-se uma fratura na sétima vértebra cervical e colapso de 30% no pulmão esquerdo, o fazendo anunciar sua aposentadoria no fim daquela temporada. Ferran abandonou com uma suspensão quebrada. A possibilidade de brigar pelo campeonato diminuiu após a desastrosa largada do GP de Mid-Ohio. Ele perdeu o ponto de freada no final da reta, acertando a traseira do PacWest Maurício Gugelmin. Gil ficou por três voltas nos pits, fez reparos e trocou outra vez a asa dianteira do Reynard, ficando pela terceira vez consecutiva fora da zona de pontuação.

Em Elkhart Lake, mais uma batida na largada tira Ferran da disputa pelo título. Ao disputar a liderança, novamente a falta de paciência do brasileiro o tirou de uma corrida ao bateu em Zanardi. Finalmente, depois de um período de acidentes e quebras, fez uma boa atuação em Vancouver. Mesmo economizando metanol nas voltas finais, terminou como quarto colocado. Na última prova, em Laguna Seca, abandonou logo na 15ª volta, com a suspensão traseira esquerda quebrada. Despediu-se da Hall com a sexto lugar na classificação. Uma enorme decepção frente às expectativas iniciais de lutar pelo título.

Desde junho corria o boato de que a Hall não renovaria o patrocínio com a fábrica de lubrificantes Pennzoil, fechando as atividades para 1997. O compromisso, assinado em 1990, venceu no fim de julho e existia uma cláusula de renovação condicionada a um título que a Hall nunca conquistou. A empresa só manteve a parceria com a equipe Patrick, por causa de Scott Pruett. Gil tinha a opção de ficar com Jim Hall por mais uma temporada, somente se a equipe renovasse com o parceiro ou se conseguisse outro investidor. Como as negociações não evoluíram Ferran acabou assinando com a Walker. Na nova equipe, o piloto continuava utilizando pneus Goodyear e chassi Reynard, levando consigo Bill Pappas e os motores Honda.

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