terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O legado de Greg Moore (parte 3)

Após outra excepcional temporada em 1998, onde ele demonstrou ser um dos poucos pilotos capazes de desafiar o italiano Alessandro Zanardi, principalmente na primeira metade do campeonato. No restante do ano seu desempenho foi prejudicado pela pouca competitividade do seu motor Mercedes. O motor alemão sofreu com falta de potência e durabilidade na maior parte do ano, prejudicando as chances de título de Greg. Além disso, ele se envolveu em alguns acidentes, o que lhe custou pontos preciosos na reta final da competição.

Seu grande momento correu na etapa do Brasil. Por 41 voltas, Moore e Zanardi travaram um duelo emocionante pela vitória, considerando um dos grandes momentos nos quase 100 anos de história da Indy. Quando faltavam cinco voltas para o fim, o canadense, utilizando-se da presença do retardatário Arnd Meier, tomou a primeira posição que era de Zanardi com um lance audacioso. Moore atrasou a freada em 15 ou 20 metros, enquanto Zanardi ficou em cerca de dez metros. Eles estavam a 335 km/h, rumaram para curva 1 com aproximadamente 180 km/h e Greg saiu na frente, mesmo estando no lado externo do traçado, cheio de detritos e com os pneus bem gastos. Surpreso, Zanardi travou as rodas, quase batendo com seu pneu dianteiro direito no traseiro esquerdo de Moore. Assim ele ruma para vitória sob aplausos fervorosos um público brasileiro em completo êxtase.

Outra conquista épica ocorreu em julho no oval de Michigan na corrida que foi considerada a melhor do campeonato, também lembrada pela morte de três pessoas em virtude de um pneu que se desprendeu em alta velocidade do carro do mexicano Adrian Fernandez. Greg superou por 0s259 a dupla da Ganassi formada por Zanardi e Jimmy Vasser usando a inteligência. Na penúltima volta, notou o efeito que o vácuo provocado por uma asa redutora de velocidade, que tinha sido tornada obrigatória nos superovais, facilitava as ultrapassagens, deixou Vasser passá-lo para dar o troco na volta decisiva. Funcionou. Moore veio mais embalado para a primeira curva, tomou a liderança, mantendo-se assim nas três curvas finais.

Não foi surpresa para ninguém que antes do fim da temporada a equipe Penske estava interessada em contratar Greg Moore no lugar de André Ribeiro. O brasileiro se mostrou um fiasco ainda maior do que o chassi PC 27, um projeto de John Travis, ex-Lola, que só se destacava pela beleza. Porém Gerald Forsythe, patrão de Greg, não aceitou nenhuma negociação, assegurou que o canadense ficasse em seu time por mais um ano.

2 comentários:

Ylan Marcel disse...

Rapaz, não sei se vc conhece o Motorizado? Estou buscando sua divulgação. Se vc pudesse incluir o link dele em seus favoritos, ficaríamos muito gratos. Sempre que podemos, damos uma atenção especial à Indy! Um abração!

Blog do Hyder disse...

Opa.

belo Blog.. mto legal mesmo... apenas uma sugestão.. o John Travis era apenas um aerodinamicista já que este projeto do PC27 e PC28 eram do Nigel Beresford e Nigel Bennet...