quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Power é o novo cara da Penske

Na última vez em que Roger Penske contou com três carros em uma temporada inteira da Fórmula Indy, seus pilotos fizeram picadinho da concorrência. Isso foi em 1994, quando Unser Jr., Emerson Fittipaldi e Paul Tracy venceram 12 das 16 corridas e terminaram nas três primeiras colocações do campeonato. Atualmente é difícil de imaginar um domínio parecido, especialmente se levarmos em consideração a força da Ganassi e da dupla de pilotos do time formada por Dario Franchitti e Scott Dixon, vencedores dos três campeonatos mais recentes.

Mas com a confirmação do australiano Will Power ao lado de Hélio Castro Neves e Ryan Briscoe para todo o ano de 2010, Chip Ganassi deve estar coçando com preocupação os poucos fios de cabelo que ainda lhe restam. Fica a expectativa de uma grande e equilibrada disputa pelo título envolvendo esses cinco personagens.

Power, que disputou algumas corridas pela Penske em 2009, após ser contratado para substituir Castro Neves durante o julgamento do brasileiro por evasão fiscal, foi recompensado pelo excelente desempenho e ganhou uma vaga em tempo integral, graças ao acordo fechado entre a Verizon Wireless, empresa da área de telecomunicações, com Roger Penske, chefão da equipe.

O mais tradicional time da Indy aproveitou a coletiva para comunicar que os três carros da equipe serão patrocinados pela Verizon, indicando que fechou ao fim a parceria de 19 anos com os cigarros Marlboro, marca do grupo Altria.

O australiano de 27 anos, de imediato, mostrou ser rápido quando estreou em 2006, correndo para Derrick Walker, ainda na Indy organizada pela extinta Champ Car. Ele amadureceu rapidamente, o que ficou evidente em suas duas vitórias em 2007 e na conquista de Long Beach no ano seguinte. Foi Walker, que o aproximou da Penske, no outono de 2008. Derrick - que desde 2008 procura investidores para que possa reviver sua equipe na Indy - disse a Penske que com a indefinida situação jurídica de Hélio ele precisaria de um bom piloto para preencher a vaga em caso de necessidade e que Will seria uma excelente opção.

É evidente que se Power não tivesse feito um excelente trabalho, a Penske não teria ampliado a estrutura para três carros, pois Roger raramente erra na escolha de pilotos. Por enquanto, ele se recupera do acidente sofrido nos treinos livres para etapa de Sonoma em agosto passado, quando fraturou duas vértebras da região lombar ao bater em Nelson Philippe após o francês rodar na saída da curva 4. A previsão é de ele estar em totais condições físicas para os testes coletivos a serem realizados em janeiro do ano que vem.

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