sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coluna do Hyder - Fabio "Hyder" Azevedo

Detalhes

Estamos no meio do ano e a Indy Car chega a terras canadenses. A primeira etapa ocorreu em Toronto. Uma cidade belíssima onde temos uma pista temporária, preparada há mais de 25 anos, para receber a intrépida trupe da atual Indy Car Series e antigamente a finada Champ Car World Series. Enquanto escrevo esta coluna, existe um lindo Labrador assistindo o GP da Inglaterra de F1 ao meu lado num lugar maravilhoso cercado de pessoas muito especiais. Domingão de folga, final da Copa do Mundo, sem eventos oficiais.

Falam-se muito de conquistas tecnológicas da F1 para o mundo das competições, detalhes que provocam ganhos de desempenho micro ou mini. Mas esse é o trabalho que deve ser focado. Nos detalhes. Mas muitos destes detalhes já são de cunho normal nas corridas da América. Nem tanto o defletor duplo que Ross Brawn e seu time utilizaram na conquista do certame da F1 em 2009. Um elemento simples na história automobilística ocorreu em Indianapolis, a meca do automobilismo foi a introdução dos espelhos retrovisores. Antes desta simples, mas fantástica invenção, todos os carros carregavam um mecânico para orientar o piloto.

Mas o que a F1 não consegue fazer funcionar é a adição de um conceito simples em corridas: ultrapassagens. O que vemos é uma procissão sem nenhum objetivo, salvo um ou outro lampejo de determinado piloto ou pista. Ao contrário, na Indy Car, isso é algo costumeiro já que os carros são iguais e o foco está no espetáculo. Lembro de etapas como as saudosas Michigan e Fontana onde os carros faziam uma tripla linha de alinhamento para poder ultrapassar. E isso durante três horas de prova. Atualmente temos uma disputa muito interessante entre equipes como Penske, Ganassi e Andretti, entretanto sempre existem algumas boas surpresas. Isso não ocorre na F1 onde a Red Bull (sem essa de RBR) domina com um carro quase conceito, de soluções simples, porém altamente eficazes.

A Indy pode não ter o glamour que a categoria do Velho Mundo possui, mas existe algo muito mais interessante que é o fator diversão. Quem assiste uma corrida da Indy tem a certeza que terá emoção, ultrapassagem e, com certeza, muito menos frescuras que vemos atualmente com a turma de Fernando Alonso e Cia. Além do que na América as equipes e os pilotos são bem mais acessíveis que o que vemos na Europa, onde o segredo industrial, a política e os interesses comerciais e financeiros são alguns dos fatores que transcendem o esporte.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

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