sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Coluna do Hyder - Fabio "Hyder" Azevedo

Erro decisivo

A falha na estratégia da Penske em Chicago pode ter custado o título para Will Power desta temporada. Assim, a Ganassi é a favorita ao tricampeonato. Mesmo com Power tendo uma atuação destacada, com o grid de largada tendo três carros da Penske entre os quatro primeiros, e mesmo com o time dominando as ações nas primeiras voltas, no momento da quadriculada, quem comemorou foi o Chip Ganassi e o Dario Franchitti. Não tem como tirar os méritos do velho Chip. Em matéria de ousadia, ele sempre foi fantástico. Não como piloto, medíocre que era, mas em suas facetas de empresário, chefe de equipe e estrategista.

As três corridas finais serão em ovais. Então, a tendência é que a Penske esteja em maus lençóis em relação à rival histórica. Nessas, Power ainda não possui a quilometragem necessária para se destacar, ao contrário de Franchitti. Graças a sua experiência, aliada ao comando firme de Chip, o escocês levará grande vantagem em relação ao time comandado por Roger Penske. Entretanto, não devemos duvidar da capacidade de reação do Roger e sua turma, liderada pelo competente Tim Cindric. Aguardem, pois teremos emoções garantidas até a última volta em Miami.

Gostaria de comentar dois assuntos destacados nos últimos dias. Primeiramente, uma grande notícia. A alta cúpula diretiva da IRL rumou para Europa, com objetivo de apresentar em reuniões reservadas, com as principais montadoras e equipes do Velho Continente, além da Dallara, fornecedora dos chassis da Indy, as novas diretrizes e regulamentos da categoria a partir de 2012.

A esperança é que em breve nomes tradicionais do automobilismo estejam envolvidos com a Indy de alguma maneira. Mais uma demonstração de visão empresarial avançada do atual presidente da IRL, bem diferente do estrelismo exacerbado e ignorante do antigo mandatário Tony George, que tanto mal fez a automobilismo dos Estados Unidos.

Outra informação positiva veio de Dennis Reinbold, proprietário de equipe, afirmando que os todos estão atuando em conjunto e sem revanchismo com a direção da categoria, opinando nos assuntos tecnológicos e essencialmente nos financeiros. Isso é muito bom, pois o que não se quer são mais briguinhas estúpidas. Até porque a Indy Car Series não sobreviveria a uma nova cisão como aquela ocorrida em 1996.

Bem diferentes foram os boatos que diziam que os times estariam insatisfeitos com a atual presidência argumentando que não teriam sido consultados sobre o projeto do novo escolhido. Uma parcela diminuta de chefes de equipe, alinhadas com Tony George, ainda torce o nariz para Randy Bernard, o vaqueiro que lotou as arenas de rodeio pelos Estados Unidos, ser o todo-poderoso de uma problemática empresa familiar que quer se tornar uma companhia lucrativa.

Outro assunto chato é a briga velada entre Terry Angstadt e a Penske. Quem acompanha a Indy com certo tempo, sabe o que acontece com burocratas que batem de frente com poderosos chefes de equipe como Roger Penske. Espero que a influência negativa de Angstadt, uma semente ruim plantada faz algum tempo na Indy por Bobby Rahal e Pat Patrick e regada com carinho por Tony George, não se dissemine nesse novo ambiente que está sendo formado. Esses, dentre tantos outros, foram nocivos demais para a categoria. Que fiquem onde estão sem atrapalhar o crescimento da Indy.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

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