terça-feira, 28 de setembro de 2010

Coluna do Hyder - Fabio "Hyder" Azevedo

Expresso japonês

No Twin Ring Motegi esperava mais disputas na pista. Ao invés disso, tivemos mais uma pilotagem sem a agressividade de Will Power num oval, diferente do que o momento do campeonato exige. Ainda faltou uma estratégia de equipe mais eficiente por parte da Penske que até o momento não conseguiu deter o avanço espetacular de Dario Franchitti nas últimas três provas.

Motegi teoricamente permite a formação de uma linha de até quatro carros perfilados de uma vez. Entretanto, a corrida foi decidida quando ainda faltavam 33 voltas para o final, no momento que os primeiros colocados completaram sua parada de reabastecimento definitiva. Daí para frente uma procissão motorizada se seguiu. Novamente uma corrida sonolenta na Terra do Sol Nascente. Façamos justiça: este ano tivemos outros ovais que nos apresentaram um espetáculo igualmente pobre.

Caso realmente se confirme o retorno de Fontana ao calendário da Fórmula Indy no próximo ano, após muito tempo nós teremos uma autêntica corrida em oval para fazer frente em emoção e disputas aos circuitos de Indianápolis e do Texas. É impossível não se recordar da vitória de Adrián Fernández em 1999 quando falamos do Auto Club Speedway. Naquela ocasião, o simpático mexicano era piloto do time dirigido por Pat Patrick e que utilizou o sofrível chassi Swift 010.c na maior parte das etapas do ano. Não tinha modo de fazer aquela “coisa” andar. Então o Jim McGee, brilhante engenheiro que estava no time naqueles tempos, resolveu tomar uma atitude corajosa: ele misturou peças do carro titular com o Reynard reserva com duas temporadas de uso.

Como o motor Ford XF era muito potente com o carro construído por Adrian Reynard e os ajustes para ovais médios da Patrick eram absurdamente bons, não deu outra. Foi um susto para todos os demais. Contam as más línguas que foi naquela corrida que o Carl Haas decidiu abandonar o projeto Swift, o que ocorreu no final do ano, e concentrou todas as atenções para a Lola, um caso de amor antigo.

Um acordo de patrocínio assinado entre Apex-Brasil, representando os produtores brasileiros, e Indy Racing League dará o nome de "Cafés do Brasil Indy 300" à última etapa da Fórmula Indy, que será realizada no dia 2 de outubro em Homestead, na Flórida (Estados Unidos). O objetivo dessa ação mercadológica é aumentar a visibilidade no mercado daquele país, atualmente dominado pelos produtores colombianos.

Então, confesso, que às vezes, ficou em dúvida, como o também manifestou o Blog GP, qual seria a melhor estratégia à Apex-Brasil: apoiar um piloto durante uma temporada completa ou patrocinar um Grande Prêmio? A questão é se realmente temos bons pilotos brasileiros querendo correr na Indy necessitando dessa verba. Os nossos bons pilotos estão com o orçamento definido, enquanto os demais... Melhor deixar para lá!

Com as mudanças orquestradas pelos dirigentes no calendário da categoria vejo grandes possibilidades de sucesso para Indy daqui para frente. Apenas lamento a saída de Watkins Glen. Sempre gostei dessa pista e a achava importante estrategicamente por ser próxima a uma das mais importantes cidades do mundo: Nova Iorque.

Aproveito para dedica essa coluna a Cristiane, esposa do Christian Fittipaldi. A pequena Manoela chegou à semana passada e desejo toda a felicidade do mundo ao amigo Christian e sua família que cresceu. De minha parte, digo que sofro uma grande pressão para que eu entre definitivamente no time dos "homens sérios", mas no momento estou avaliando cuidadosamente algumas propostas... (risos)

Grande abraço a vocês amigos leitores. Estarei de volta após a decisão no Homestead-Miami Speedway, quando saberemos quem abocanhou o título.

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