terça-feira, 9 de março de 2010

Galeria da Fama: Mario Andretti (parte 1)

Mario Gabrielle Andretti nasceu no dia 28 de fevereiro de 1940 na cidade de Montona, Itália. Essa região, conhecida como península de Ístria, posteriormente foi anexada pela antiga Iugoslávia e hoje pertence à Croácia. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando a Ístria passou ser território iugoslavo, sua família, assim como a de outros italianos, resolveu fugir da região em 1948. Eles passaram os sete anos seguintes em um campo de refugiados. Finalmente, em 1995, a família Andretti se estabeleceu em Nazareth, Pensilvânia, Estados Unidos. Em 2000, a Associated Press, juntamente com revista Racer, o nomearam "Piloto do Século". Nesse mesmo ano entrou para o International Motorsports Hall of Fame.

Casado com a norte-americana Dee Ann desde 1961, pai de Michael, Jeff e Barbie, Mario teve uma carreira das mais ecléticas de um piloto: títulos na Fórmula 1 e na Indy; vitórias nas 500 milhas de Indianápolis e nas 500 milhas de Daytona, as duas principais provas norte-americanas de monosposto e de turismo; ainda temos as passagens bem-sucedidas no Mundial de Esporte Protótipo, em ovais de terra e no Dragster. Por conta desses atributos, muitos o consideram principalmente nos Estados Unidos, como um dos maiores pilotos da história do automobilismo.

Em 1959, Andretti começou a correr com um velho Hudson Hornet, que fora comprado por seu tio Louis Messenlehner, em pistas de terra próximas a Nazareth. Com 17 anos, mas fazendo-se passar por 21, os irmãos alinharam. Mario a ganhar na primeira vez que entra numa pista de competição, enquanto na segunda corrida, o carro foi guiado por Aldo, que acabou sofrendo um acidente, desistindo das competições. Nos três anos seguintes, Mario vence 20 provas de Midget.

Depois de cinco temporadas vitoriosas nos Midgets, sem nunca ter encontrado um adversário no seu nível, chegando até mesmo em 1963 a ganhar três corridas em dois estados diferentes no mesmo dia, uma em Flemington, Nova Jersey, e as outras em Hatfield, Pensilvânia, Mario parte em 1964 para as competições do United States Automobile Club (Usac), a principal entidade norte-americana de automobilismo no período.

Sua estréia na Fórmula Indy ocorre no GP de Trenton, pilotando pela Dean Van Lines, onde termina na 11ª posição, após ter largado em oitavo. Já em sua terceira corrida sobe no pódio, ao ser terceiro no mítico oval de Milwaukee. No ano seguinte, obtém a sua primeira vitória, no GP de Hoosier. Leva o Estreante do Ano das 500 milhas de Indianápolis, ao terminar em terceiro. Para completar, sagra-se campeão, superando ninguém menos que A.J. Foyt, vencedor de quatro dos últimos cinco campeonatos. Aos 25 anos, Mario era o mais jovem a ser campeão da Indy. Nessa época, se naturaliza norte-americano. Em 1966, torna-se bicampeão, com oito vitórias e nove poles.

Piloto versátil e muito competitivo, Mario participa de várias categorias diferentes ao mesmo tempo, indo dos monopostos aos protótipos, passando também pelo turismo. Em 1967, disputa as 500 milhas de Daytona da Nascar, acabando por vencer a prova. Faz a pole position em Indianápolis, e chega em segundo - façanha que se repetirá em 1968. Outro destaque é a sua primeira vitória nas 12 Horas de Sebring.

Logo ele também disputa a Fórmula 1, modalidade que consagrou seu ídolo de infância Alberto Ascari. Em 1968, a convite de Colin Chapman, leva um Lotus 49B na pista de Watkins Glen, à pole position no GP dos Estados Unidos, mas na corrida seria obrigado a abandonar devido a problemas de embreagem. Mesmo com essa ótima atuação, continua priorizando a Indy.

Sua maior glória ocorreu em 1969, quando venceu pela única vez na sua extensa carreira, as 500 milhas de Indianápolis o que, juntando mais oito vitórias, proporcionaram-lhe o tricampeonato da Fórmula Indy depois de dois vices consecutivos. Mesmo com a conquista na Indy 500, Mario sente certa frustração em relação à Brickyard. Motivos ele tem de sobra, pois quando se sabe que ele é o segundo piloto que mais liderou voltas nessa prova só perde para Al Unser. A diferença é que esse venceu quatro vezes.

Em 1987, Mario largou na pole position e liderou dois terços da corrida, entretanto abandonou. Na edição de 1981, foi declarado vencedor, já que Bobby Unser fora punido por fazer ultrapassagens sob bandeira amarela. Após uma briga judicial que durou seis meses e de pagar uma multa de US$ 40 mil, Unser reconquistou a vitória. Sua má sorte em Indianápolis é histórica e parece se perpetuar no clã dos Andretti: em 1992, seu filho liderava com tranqüilidade, quando o carro quebrou faltando 13 voltas. Enquanto isso seu neto Marco perdeu a corrida na última volta em 2006.

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