quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Indy apresenta diretrizes dos novos carros



Durante o ano passado, a Fórmula Indy foi uma categoria que busca evoluir. Entre as mudanças na estrutura organizacional e no calendário, agora é a vez dos carros passarem por renovação. A temporada 2012 promete ser um ponto de virada para o monoposto norte-americano. Novos chassis e motores objetivando reduzir os custos operacionais e de reposição das peças. Para isso ocorrer de fato, existe dois grupos em conflito: de um lado está a Delta Wing, liderada por um grupo de chefes de equipe da Indy, cujo projeto vai ser apresentado hoje. No outro extremo, projetos mais convencionais desenvolvidos por Dallara, Swift e Lola. A primeira que divulgou seus estudos foi o fabricante italiano, que revelou três diferentes tipos de carros.

A proposta da Dallara atende às diretrizes definidas pelos comissários técnicos da IRL, compreendendo uma série de pontos. O novo chassi deverá atender aos padrões de segurança atuais, explorando novas tecnologias, para melhorar a resistência aos impactos em todas as partes do carro. Ele deve permitir ao público corridas emocionantes sem, entretanto, produzir turbulência, não podendo afetar o comportamento dos demais carros na pista. A IRL quer que os trabalhos visem à redução dos custos para os participantes do campeonato, uma prioridade, diante da atual situação econômica mundial. A Dallara promete uma redução de 55% nas despesas através de suas soluções. O objetivo foi conseguido, em parte, pela redução do número de componentes específicos para cada tipo de circuito.

Outro requisito é que o chassi seja fabricado nos Estados Unidos, de preferência no estado de Indiana. Atualmente ele é produzido na Itália. O novo modelo deve reduzir seu peso em relação ao atual para uma maior eficiência, mas gerando a mesma pressão aerodinâmica, podendo dessa maneira, ter alguma tecnologia aproveitada no mercado automobilístico. Deve-se oferecer mais espaço para a exibição de patrocinadores no carro e por criar uma identidade visual facilmente reconhecível. Finalizando, a Indy quer esse novo bólido reitere seu compromisso ecológico, utilizando energias renováveis. Todos os três estudos mostrados pela Dallara satisfazem plenamente as especificações da categoria. Graças principalmente pela perda significativa de peso no monoposto, o motor terá menos potência que o atual. Discute-se várias opções como um V6 ou talvez um 4 cilindros turboalimentado, desenvolvendo cerca de 350 cavalos de potência.

Enquanto isso, a norte-americana Swift apresentara sua visão sobre esse novo regulamento técnico. Tal qual aos italianos, eles lançaram duas propostas diferentes: um desenho tradicional e outro mais futurista. O conceito conservador se assemelha bastante aos existentes na Fórmula Nippon, com formas inovadoras, sobretudo na parte frontal e na asa traseira. As entradas de ar remetem aos do Panoz DP1, modelo que disputou a última temporada da Champ Car. A solução mais de vanguarda não possui um aerofólio dianteiro, pois o bico e a asa se fundem em uma única peça, com as rodas dianteiras sendo encobertas por duas pontas laterais. Na traseira, a cobertura está presente, sendo na verdade uma extensão da carenagem. O motor, no entanto, fica exposto.

O projetista da Swift Chris Norris disse que a meta era resolver os problemas de turbulência aerodinâmica provocadas pela proximidade dos carros num oval. "O conceito da Swift para a Indy vai incorporar a tecnologia pioneira para melhorar a ultrapassagem, algo que chamamos de "Impulso do Cogumelo", em referência ao formato de cogumelo da aerodinâmica de um dos carros. Isso foi utilizado de maneira eficaz no projeto da Fórmula Nippon, e acredito que podemos ter esta tecnologia na Indy", explicou.

Para Brian Barnhart, presidente de competição da Indy, não se pode negar o tamanho do desafio proposto aos fornecedores de chassi. "Nosso carro é o mais complexo no mundo do automobilismo por causa da variedade de circuitos em que corremos. Deve atingir velocidades próximas as 378 km/h em Indianápolis, e proteger os pilotos e espectadores em caso de acidentes graves. Ele é utilizado em ovais longos, médios, curtos e em circuitos mistos e de rua".

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