quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lola revela seu conceito para 2012




A fabricante inglesa Lola é a última a mostrar sua proposta para substituir o atual Dallara, presente desde 2003. A Lola esteve presente na Fórmula Indy entre 1965 até 2006. Seu histórico é dos mais brilhantes, com três vitórias em Indianápolis e diversos títulos com os grandes pilotos, incluindo: Sebastien Bourdais, Christiano da Matta, Nigel Mansell e Michael Andretti. É evidente que uma semana depois da apresentação do modelo Delta Wing, o conceito inglês pareça convencional. No entanto, os chassis Lola B12/00 e B12/01 (praticamente idênticos na maioria dos detalhes) revelam muitas inovações.

É esses elementos que podem fazer a balança pender em favor da Lola. A Indy Racing League está fazendo o possível, nestes tempos difíceis, para reduzir os custos operacionais dos equipamentos para manter a estabilidade financeira das equipes, além de também atrair novos investimentos. Exatamente nessa questão é onde a Lola mais se difere dos concorrentes.

O objetivo da fabricante é de que a Indy Lights também utilize o mesmo chassi da categoria principal, a Indy. Os projetistas desenvolveram o carro para que a célula de sobrevivência, o bico e o chassi sejam os mesmos. Assim, uma equipe da Indy Lights teria de comprar somente um pacote de especificações para ascender à Indy. Esta solução poderia atrair um número maior de carros a disputar o grid das 500 milhas de Indianápolis.

Os dois protótipos da Lola divergem de seus concorrentes Dallara, Swift e Delta Wing em outro quesito: aerodinâmica. Olhando de longe, parece ser um carro convencional, mas essa impressão logo se desfaz quando analisamos de mais perto. O fluxo de ar não é conduzido somente embaixo do assoalho, agora é usando também nas extremidades, que atuam como autênticos difusores. A idéia aqui é aumentar o desempenho ao mesmo tempo em que se reduz a turbulência causada pela presença de aerofólios e apêndices aerodinâmicos.

O requisito mais importante dentre as soluções propostas pela Lola diz respeito à segurança. Os pilotos receberão uma melhor proteção no capacete com um encosto de cabeça que tem sua altura aumentada. Na corrida, este conceito também reduz significativamente os riscos de uma decolagem, como as duas experimentadas por Dario Franchitti em 2007. As rodas traseiras ficam protegidas, tal como nos karts, pelo alargamento da parte inferior da asa.

Com a divulgação desta quarta e última proposta, a IRL dispõe de uma variedade de soluções desde a mais clássica até a mais futurista. Por enquanto, Dallara e Lola parecem os projetos com maiores probabilidades de serem os aprovados. Mas quem sabe se, tal como é defendido pela Delta Wing, esses quatro chassis não possam competir entre si nas pistas em 2012?

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